Lembranças das noites quentes de verão romance Capítulo 141

Resumo de Entre irmãs (II): Lembranças das noites quentes de verão

Resumo de Entre irmãs (II) – Uma virada em Lembranças das noites quentes de verão de Roseanautora

Entre irmãs (II) mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Lembranças das noites quentes de verão, escrito por Roseanautora. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

- Não vou bater nele... Não se preocupe. Embora devesse apanhar uma surra para aprender a ser homem.

- Como você? – O garoto provocou, ainda de forma sarcástica.

- Como eu. Jamais toquei uma mulher sem que ela quisesse.

- Minha mãe era uma menina quando você a engravidou.

Charles soltou-o, dando um passo para trás, os olhos ficando tempestuosos:

- Eu tinha dezesseis anos, porra. Eu também era uma criança.

- Mas sabia como fazer crianças.

- Tanto quanto sua mãe. Éramos adolescentes... Nos gostávamos. E chegamos a tentar criar você juntos, mesmo em casa separadas.

- Nada do que vem de você é verdade.

- Nunca me deu uma chance de lhe dizer a minha verdade.

- Charles, por favor. O adulto aqui é você. Vamos encerrar isso. – Pedi.

- Está me chamando de criança agora, Sabrina?

- Não, Gui. Só estou tentando explicar-lhes que aqui não é hora nem lugar para discussões. Já é tarde e...

A porta se abriu e Melody apareceu, com os cabelos amassados e os olhinhos quase fechados. Olhou para nós e levantou os braços na minha direção, pedindo colo.

Mariane entrou no corredor, vindo na nossa direção. Não faltava mais nada.

- Eu... Estou com sono. – Melody deitou no meu ombro.

Mariane simplesmente passou os braços em torno de Charles e o levou para o quarto, trancando a porta com a chave.

No momento que ouvi o som da chave na fechadura, meu coração ficou apertado. Me vi olhando para a porta, morrendo de ciúme e imaginando o que poderia acontecer ali dentro.

- Acha que ele nunca dormiu com ela? – Gui me perguntou.

- Respeite a minha filha. – Falei, entrando no meu quarto e fechando a porta.

Pus Melody na cama e deitei ao lado dela, tentando me acalmar. Não sei o que me deixava pior: Gui tentar me beijar a força, como um moleque, ou Charles sozinho com minha irmã no quarto. Não pensei que aquilo fosse mexer tanto comigo.

- Eu quero água. – Melody disse, ainda sonolenta, sentando na cama.

Fui até o aparador e pus água da jarra no copo, entregando-lhe.

Ela bebeu tudo e devolveu o copo vazio:

- Não vá fazer xixi na cama. – Ri.

- Não... – Ela deitou de novo.

Eu deitei no travesseiro, ao lado dela e a cutuquei com meu dedo, chamando sua atenção:

- Estive pensando, docinho... Que talvez seu pai deveria cantar para você dormir.

- Mas... Ele cantou várias músicas para mim... – Ela virou para o outro lado.

Fiquei atrás da porta, ouvindo-a bater na porta do quarto do pai. Não demorou muito para Charles abri-la:

- Medy?

- Charlie B., pode cantar uma música para eu dormir? – Ela falou com voz doce, daquelas que ninguém conseguia negar, principalmente o papai babão.

- Claro que sim, meu anjinho.

- Sabe que horas são? – Mariane perguntou-lhe.

- Não importa que horas são... É uma fã me requisitando. E você sabe o quanto sou dedicado com as fãs. – Ele disse, pegando Melody no colo.

- Isso é sério? – Ela perguntou, furiosa.

- Podemos entrar no seu quarto, será? – Charles perguntou.

- Sim, na minha caminha. – Melody exigiu.

Corri para o banheiro, vendo os movimentos deles em direção ao quarto. Fechei a porta e liguei o chuveiro. Talvez devesse mesmo tomar um banho. Retirei a roupa e fui para baixo da água. Regulei na temperatura gelada. Não conseguia ouvi-los dali, mas imaginava que “el cantante” já estava cantando para a filha, como ela tanto sonhou, por anos. E eu prometi a mim mesma que não iria chorar. Nós duas merecíamos aquilo. Foi muito tempo esperando por ele nas nossas vidas.

Não foi proposital, mas não havia roupas limpas no banheiro, porque o banho não foi planejado. Enrolei-me numa toalha e saí, com os cabelos úmidos, depois de ter borrifado um pouco do meu perfume favorito no colo.

Abri a porta e dei de cara com Charles cantando para Melody, sentado na nossa cama.

- Eu não acredito nisso!

Vi a voz de Mariane sentada sobre uma cadeira, próxima da porta que dava para a sacada.

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