- Já temos problemas suficientes.
- Não... Já tivemos. Não temos mais. Podemos acabar com isso tudo e você sabe.
- Só mais um pouquinho... – Virei na direção dele e deitei a cabeça no seu peito.
Ele alisou meus cabelos:
- É difícil para mim... Não consigo olhar na cara dela.
- Só mais alguns dias... Precisamos saber o que acontece de fato entre esta família. E quem armou para você.
- Acha mesmo que ela não sabe sobre nós, Sabrina? Eu sinto que não consigo disfarçar... Chego a me conter para não tocá-la, meu amor... Ou chamar Melody de “minha filha”.
- Ainda estou enjoada... – Reclamei.
- Estou aqui... Nem que seja para segurar seus cabelos. – Ele beijou meu pescoço.
- Eu estou com sono... Quero papai e mamãe. – Melody falou, nos olhando da porta.
Começamos a rir e voltamos para a cama. Charles cantou e eu alisei o rostinho dela até que dormisse novamente.
Levantei e fui em direção ao banheiro.
- Onde vai? – Charles perguntou.
- Escovar os dentes. Ouvi dizer que há escovas e creme dental por aqui.
Escovei os dentes exaustivamente, sabendo que ele estava tão próximo e imaginado que poderia pelo menos lhe dar um beijo roubado, já que não conseguimos nos tocar desde que nos encontramos.
Saí na porta e procurei com os olhos pelo quarto e ele não estava mais ali. Fiquei chateada, me sentindo abandonada e posta de lado.
Até que ele entrou novamente, fechando a porta atrás de si e passando a chave. Me encarou e ficamos um tempo imóveis, em silêncio, experimentando a sensação de estarmos juntos, num mesmo ambiente, praticamente sozinhos.
- Estou tentando me conter. – Falei.
- Não faça isso. Eu menti que iria para praia.
- Acha... Que ela acreditou?
- Acha que eu me importo?
- Temo por Melody... Ela sabe qual é nosso ponto fraco.
- Fui para cadeia por um crime que não cometi... Voltar não me custa... Tampouco cometer o crime. Ninguém encosta na minha filha... Nem na minha mulher... Minhas garotinhas...
Andamos ao mesmo tempo, um na direção do outro. Quando nos aproximamos ele pegou meu rosto entre suas mãos:
- Não tem ideia de quanto sinto falta da sua boca... Do seu gosto... – Beijou meus lábios de forma leve, fechando os olhos e acariciando meu nariz com o dele.
A cabeça de Charles desceu pelo meu pescoço e ele aspirou meu cheiro:
- Sonhei com sua pele...
Respirei fundo e peguei-o pela mão:
- Venha... Não podemos ficar aqui, por causa de Medy.
Entramos no banheiro e tranquei a porta:
- Eu sei que estamos cometendo um erro... – retirei a blusa dele e joguei no chão, tocando seu peito – Mas eu pouco me importo... – mordi seus mamilos, numa ânsia por seu corpo, incontrolável – Me foda, “el cantante”, me faça gozar...
- Se não está grávida, vai ficar agora, meu amor. Porque vou gozar tantas vezes dentro de você que pedirá para eu parar... E não, definitivamente não estamos cometendo um erro.
- Jamais vou pedir que pare... Sou viciada em você... E na forma como me fode, “el cantante”. Sou sua... Só sua... E meu corpo lhe pertence.
Charles mordeu meu lábio inferior e a mão adentrou na minha calça facilmente, encontrando minha intimidade úmida.
- Mal começamos e você já está assim, garotinha?
- Não viu nada... – Toquei seu membro sob a calça confortável, sentindo sua dureza – Não quero rápido... Quero devagar... Senti-lo completamente... Diferente daquela vez no camarim.
- Vou fodê-la de todas as formas, meu amor... Rápido, devagar... Forte, fraco... Meu pau vai entrar de todas as formas na sua boceta. E depois você vai sentar no meu colo, na sacada... E veremos o sol nascer... Juntos. E desta vez não haverá preces para o dia não chegar... Porque sabemos que nada nem ninguém irá nos separar... Nunca mais.
- Não faça promessas que não pode cumprir...
Ele retirou minha blusa sem pressa, apreciando meu corpo, os seios nus, sem sutiã.
- Sou louco por você, Sabrina... Eu te amo.
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