Lembranças das noites quentes de verão romance Capítulo 160

Descansei minha cabeça no ombro de Charles enquanto meu coração desacelerava e o ar voltava aos meus pulmões. O corpo ainda estava levemente trêmulo.

Sentia o peito dele mover-se com as batidas intensas do coração. Sorri, sabendo que meu “el cantante” sentia o mesmo que eu, o prazer e o amor a cada toque mútuo.

- Eu amo você, Charles. – Falei, sem mover-me de onde estava, sentindo-me segura como nunca em toda a minha vida.

- Eu amo você, Sabrina. E vou amar para sempre. E não importa mais o que você peça... Esqueça seus planos, pois não vou mais me separar de você e Medy.

- Promete? – Encarei-o, percebendo a tranquilidade em seus olhos verde-esmeralda.

- Prometo.

Beijei-o carinhosamente, sentindo seu gosto misturado à Champagne, o cheiro de sexo e luxúria tomando conta do quarto.

Meus dias de glória haviam chegado. Ele era tudo que eu queria, desde o início. E depois de anos, estava ali, junto de mim e de nossa filha, realizando nosso desejo, o pedido dela ao Papai Noel.

- Charles, é Natal! – Falei, saindo de cima dele, empolgada.

- Nosso primeiro Natal juntos, garotinha.

- Sim... Nós quatro. – Toquei meu ventre.

Ele veio na minha direção e pegou-me no colo, levando-me diretamente ao box do banheiro.

O box era grande, ocupando mais da metade do espaço. O banheiro era todo branco, fosco, com uma bancada branca com cuba em vidro. O espelho gigante ficava acima da bancada, na parede.

O chuveiro era bom e a temperatura agradável. Nem nos meus sonhos imaginei ser banhada pelo amor da minha vida, tomando cuidado com cada centímetro da pele, demorando-se em lugares que achava que lhe agradavam mais, atrevendo-se a lamber algumas regiões.

Do lado de fora, certamente ouviam-se risos... Carregados de alegria e amor.

Ele desligou o chuveiro e transportou-me para a cama novamente, ainda úmida.

- Quer dizer que não vou mais andar agora? – Brinquei, enquanto deliciava-me com o toque macio dos lençóis no meu corpo nu.

- Não enquanto eu estiver com desejo de você. – Lambeu meus seios.

- Hum, ainda não enjoou, senhor Bailey?

- Não enjoo da minha garotinha, a mulher da minha vida... Nunca...

Beijou-me com ardor. Enquanto o beijo ficava mais intenso, sua língua tomando conta da minha boca de uma forma enlouquecedora, novamente pegou-me no colo, levando-me para uma poltrona no canto do quarto.

Saiu, nu, indo à mesa, pegando o copo de tequila. Encarou-me, o sorriso no canto dos lábios, o corpo enlouquecendo-me a cada movimento que fazia.

Eu sabia exatamente o que ele queria. Pus os braços sobre as laterais da poltrona e abri as pernas, descansando a cabeça no encosto enquanto sentia ele virar o líquido sobre meu corpo vagarosamente, o líquido descendo pelo colo, no meio dos seios, passando pela barriga, umedecendo minha boceta quente.

- Vou comer você com tequila. – Avisou, enquanto abria minhas pernas e ajeitava seu corpo entre elas.

Peguei a rodela de limão do copo e pus na boca, convidativa.

Ele lambeu meu colo, descendo pelos seios, saboreando cada gota do líquido que fazia parte da nossa história, depois encontrando o limão na minha boca, azedo e ao mesmo tempo cítrico, o acalento depois do amargor misturado ao doce do meu corpo.

Cada centímetro da minha pele foi lambido por seus lábios quentes e envolventes.

Quando a tequila acabou, o pus sentado na poltrona e em seguida sentei-me em seu colo, de costas. Ajeitei seu pau até entrar por inteiro dentro de mim e dei-me ao luxo de novamente ser preenchida de um prazer indescritível que era o contato dele no meu corpo.

As mãos de Charles seguraram meus seios enquanto nossos corpos se chocavam, o som do atrito causado espalhando-se pelo quarto, misturado aos nossos gemidos intensos, lânguidos, uníssonos.

Gemi, chorosa, quando cheguei a mais um orgasmo, sentindo Charles encharcar-me mais uma vez com seu sêmen morno.

Deixei meu corpo descansar sobre o dele, que me abraçou, enquanto o rosto ficava ao lado do meu. Nossas respirações estavam aceleradas e ficamos ali, juntos, sem pressa, até voltarmos da viagem que nossos corpos fizeram para o mundo do prazer e luxúria.

- Dorme comigo, “el cantante”? – Perguntei, sem mover-me de onde estava.

- Quando reservei os quartos, pensei nisso, garotinha! Eu, você... E Medy no outro.

- Conseguiu planejar isso mesmo na correria que foi a noite? – Comecei a rir.

- Você está sempre nos meus planos, garotinha... Não importa o que aconteça ou o tempo que eu tenha.

Levantei:

- Preciso tomar banho... Estou grudando... - Senti tequila por todos os meus poros.

- Vou ajudá-la a ensaboar-se... – Ele sorriu, descansando o rosto na mão, que se apoiava com o cotovelo na lateral da poltrona.

- Nem pensar... – Saí correndo e tranquei a porta, certa de que se ele fosse me ajudar, voltaríamos a transar.

Assim que terminei meu terceiro banho desde as poucas horas que cheguei ao Hotel, deitei na cama, ainda com os cabelos úmidos. Esperei até que Charles viesse do banheiro.

Ele deitou ao meu lado e virei para ele, encarando-o. As mãos de “el cantante” me acariciaram o rosto:

- Quero casar com você.

Senti meu coração acelerar novamente e um frio percorrer o estômago.

- Quero ser sua esposa, “el cantante”.

Nossos lábios novamente se encontraram num beijo doce e cheio de amor. Colei meu corpo nu ao dele, que passou as pernas sobre mim, imobilizando-me.

Parecíamos um só, como acredito que tenha sido desde que nos encontramos, mesmo estando longe um do outro. Simplesmente porque o sentimento que nos ligava era absolutamente inexplicável e grandioso.

Adormeci nos braços de “el cantante”, como sonhei por tanto tempo. O cheiro dele entrando na minha narina, sua pele quente me provando que ele era real... E estava ali, comigo.

Despertei quando Charles se mexeu na cama. Abri os olhos e ele sorriu, retirando minha cabeça do seu braço.

- Que horas são? – Perguntei, completamente preguiçosa.

- Oito horas... Pode dormir, meu amor. Estão batendo na porta... Vou ver quem é.

- Mas... Não deveriam avisar por telefone? Você pediu algo? – Fiquei confusa, levantando.

- Não precisa levantar, Sabrina. Não há de ser nada. Descanse.

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