Lembranças das noites quentes de verão romance Capítulo 166

Despertei envolta nos braços e pernas de Charles Bailey. Sim, parecia um sonho novamente. Era melhor eu ir acostumando que era real, que estávamos juntos e que seria assim para sempre.

Eu poderia levantar, mas preferi ficar ali, acordada, sentindo a respiração quente dele no meu pescoço, mesmo adormecido, segurando-me como se eu pudesse escapar dele.

Suspirei, ainda incrédula de que eu estava completa e feliz, depois de tanto tempo.

Senti um beijo no meu pescoço e sorri, sem mover-me.

- Bom dia, meu amor! – Ouvi a voz dele ainda sonolenta no meu ouvido.

- Creio que seja uma das melhores manhãs que já acordei. – Confessei.

Charles virou-me para si, a cabeça repousava no braço, que apoiava com o cotovelo no travesseiro. Os olhos verdes pareciam mais claros e envolventes. A claridade vinda da janela o deixava ainda mais lindo, com o peito nu e os cabelos bagunçados.

- Vai ser ainda melhor, acredite.

- Devo ficar curiosa?

- Sim... – sorriu – Tenho permissão para beijá-la pela manhã, minha mulher e mãe dos meus filhos?

Eu comecei a rir e toquei seu rosto:

- Tem permissão... Para qualquer coisa.

- Hum, isso me deixa confiante...

Os lábios pousaram nos meus, de forma leve. Mas logo a língua adentrou na minha boca, exigindo que eu a deixasse explorar todos os cantos que encontrasse. Minhas mãos seguraram seu pescoço, trazendo-o para ainda mais perto de mim. Ouvi o gemido dele, abafado pela minha boca, enquanto sentia seu pau endurecer-se contra meu corpo.

Ajeitei-me na cama e quando percebi ele estava sobre mim, ainda sem encerrar o beijo perfeito, com o qual fui despertada. As mãos de Charles começaram a passear pelo meu corpo, sob a camisola fina. A calcinha foi retirada sem pressa, o pé dele deslizando-a para baixo depois que ela passou dos joelhos.

Minhas mãos exploraram suas costas quentes e endurecidas. A bunda redonda e perfeita me fazia ficar ainda mais excitada. Os dentes dele começaram a morder meus lábios suavemente, fazendo minha boceta encharcar-se.

Senti o dedo tocar meu ponto de prazer, circulando-o de forma firme, fazendo escapar outro gemido incontido de mim.

Agora ele me encarava, enquanto os dedos me estimulavam, minhas pernas entreabertas para que ele pudesse tocar-me da forma como quisesse. Mordi o lábio ao sentir dois dedos entrarem na minha intimidade, a boca dele convidativa, enquanto me fitava como se quisesse devorar-me.

- Você é linda, Sabrina. – A voz saiu fraca, embargada de desejo e luxúria.

- A... Porta... – Consegui dizer, sem ter certeza se ele entenderia.

Charles levantou e foi até a porta, passando a chave na fechadura. Quando voltou, abriu as minhas pernas e enfiou-se entre elas, sem penetrar-me:

- Papai e mamãe? – Perguntou, divertidamente.

- Acho que é bom... Pra variar um pouco. – Concordei, enquanto passava as pernas nos quadris dele, que se encaixaram ao meu corpo, penetrando-me de forma firme.

As estocadas já começaram fortes, sem dó nem piedade. A visão de meus seios movendo-se a cada vez que seu pau entrava e saía de dentro de mim, excitava-me. Eu não costumava aguentar por muito tempo sem gozar. Aliás, eu poderia gozar só da forma como ele me olhava.

Apertei com força seus ombros, cravando as unhas em sua pele quando gozei, selando minha boca com força para não gritar. O gemido dele foi contido também, comprimindo os lábios, encharcando-me com seu líquido morno.

O corpo de Charles ficou sobre o meu. E não sei como, mas não pesava. Nos abraçamos, esperando até que as respirações voltassem ao normal.

Charles rolou para o lado, gemendo de forma leve.

- Tudo bem? – Perguntei.

- Acho que você me arrancou um pedaço... – Ele riu, fazendo cara de dor.

Olhei suas costas arranhadas e com vergões e imediatamente desculpei-me:

- Perdão, meu amor... Eu não queria machucar.

- Valeu a dor... Foi bom... – Ele deu-me um beijo antes de levantar.

- Onde vai?

- Onde “vamos” é a pergunta. Levante-se e vista-se. Melody e Yuna também irão com a gente.

Suspirei:

- O que você está inventando, “el cantante”?

- Eu? Nada... Imagina.

Fui tomar um banho antes de vestir-me. Minha cabeça estava a mil, com o show que Charles cancelou, quando iniciaria na J.R Recording, como desmascarar o culpado pela prisão de Charles...

Quando saí do quarto, Melody já estava no colo do pai, no sofá, enquanto ele lhe dava suco na boca, usando uma colher para retirar do copo.

Dei um beijo na minha filha e perguntei:

- Medy está virando um bebê?

- Uhum... – Ela concordou, rindo.

Cruzei os braços observando a cena. Os dois estavam se divertindo. Senti o braço de Yuna sobre meu ombro:

- Ela quer chamar a atenção... – falou baixo – Resgatar o tempo que perdeu longe dele. Isso quer dizer a época de bebê também.

- Pode me abraçar se quiser. – Olhei para Yuna, rindo.

- Nem pensar... Eu não gosto de abraçar você.

- Gosta sim... – Tentei abraçá-la, mas ela deu um passo para trás, também rindo.

- Yuna, tenho uma surpresa para vocês. – Charles falou.

- Para mim também? Tem certeza?

- Tenho sim – ele sorriu – Você esteve com minhas garotinhas o tempo todo. Seremos gratos para sempre.

- Não fiz por gratidão... Era o certo.

- Não é qualquer pessoa que acolhe um desconhecido da forma como você me acolheu – a olhei, seriamente – Minha irmã, sangue do meu sangue, que deveria ter me ajudado, puxou meu tapete. Você o ajeitou... Impedindo que eu escorregasse nele e caísse. Me ensinou sobre valores... E família.

Ela me abraçou. Eu ri. Era raro Yuna ter um ato de emoção ou afeto do nada.

- Ok, todas prontas... Vamos lá, garotinhas. – Charles levantou-se, já com Melody no colo.

Um carro nos pegou na saída do Hotel. Enquanto nos encaminhávamos para o local da tal surpresa, perguntei:

- “El cantante”, você não tem um carro?

Ele virou-se para mim e riu:

- Pasme: eu não tenho um carro.

- Como faz?

- Uso as pernas... Ou a moto.

- A mesma?

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