Lembranças das noites quentes de verão romance Capítulo 172

Abri a porta e Melody jogou-se sobre mim, dando os braços, a procura de um colo de mãe.

- Meu Deus, você não me ouve, Sabrina? – Charles ficou bravo quando me viu pegando-a.

- Não vai me proibir de dar colo para a minha filha, “el cantante”... Jamais... – Aspirei o cheiro que vinha do pescoço dela, uma mistura de pijama, soninho, leite e amor...

Ela riu, certamente pelo toque na sua pele sensível do pescoço. Sentei com ela na poltrona, sabendo que Charles precisava de um tempinho para se recompor debaixo da coberta.

Melody olhou o pai e disse:

- Eu amo você, papai.

- Por Deus, vou acordar assim todos os dias, com os dois amores da minha vida? Não sei se mereço tanto...

Ele sentou-se na cama, com as pernas para fora do colchão, pegando a filha dos meus braços.

Quando aconchegada a ele, Melody me olhou:

- Amo você, mamãe.

- Sua menina travessa... – Fiz cócegas na barriga dela, que começou a gargalhar.

- Que acha de ir conhecer a gravadora que contrata o papai?

- Eu posso? – Os olhinhos dela brilharam.

- Claro que sim... E depois poderia ir comigo até sua casa, em Noriah Sul. Assim nós passaríamos um tempo juntos e pegaríamos pelo menos as coisas mais importantes suas e da mamãe.

- Eu quero... – Levantou os braços, feliz.

- E eu vou com Yuna para ver meu advogado... No final da tarde.

Ele suspirou:

- Não tenho opção a não ser aceitar, não é mesmo?

- Colin é uma boa pessoa...

- Traiu você.

- Cada vez tenho mais certeza que ele foi manipulado pela minha irmã.

- Não importa... Nesta parte sou grato à Mariane... Ou esta hora eu ainda estaria pensando na garotinha de véu, que estraçalhou meu coração numa noite de sexta-feira.

- Já estaria casado com outra mulher esta hora.

- Não estaria... Foi você... Desde o primeiro momento.

Nossos olhos se encontraram e eu senti um frio na barriga. Seria eterno o frio na barriga que eu sentia quando ele me olhava de forma profunda?

- Papai e mamãe se amam... – Melody levantou os braços novamente, como costumava fazer quando estava muito feliz.

Ver o sorriso nos olhos da minha filha, finalmente ao lado do pai, me trazia uma tranquilidade e paz de espírito que não tinha explicação.

- Sim, papai e mamãe se amam... E somos uma família feliz agora. – Falei, tocando seu rostinho delicado.

- Então vamos escovar os dentes e trocar de roupa... Vou ligar para um amigo e providenciar um avião para nós.

- Eu gostei de andar de avião... – Ela disse, levantando do colo dele.

- Que bom... Vai ser só nós dois no avião. O que acha disso?

- Legal. – Gritou, levantando os braços de novo, rindo.

- E meu carro? – Perguntei.

- Vou providenciar tudo para que ele seja trazido para cá.

- Papai, e o seu gatinho? – Melody olhou-o, curiosa.

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