Lembranças das noites quentes de verão romance Capítulo 173

Resumo de Siga aquele carro: Lembranças das noites quentes de verão

Resumo do capítulo Siga aquele carro do livro Lembranças das noites quentes de verão de Roseanautora

Descubra os acontecimentos mais importantes de Siga aquele carro, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Lembranças das noites quentes de verão. Com a escrita envolvente de Roseanautora, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

Eu e Yuna descemos do carro exatamente 17 horas, o horário combinado, no ponto de encontro com Colin.

Ele já nos esperava, na porta da loja de conveniência, ansioso. Quem ia para um encontro informal com a ex, numa cidade do litoral, num calor de quase 30° usando terno e gravata? Colin.

Assim que viu, o sorriso irradiou nos lábios dele. Colin Monaghan sempre foi um homem bonito e chamava a atenção das mulheres, não só pela beleza, mas também pelo sobrenome que carregava. Poderia viver com todo luxo que o cercava de nascença, sem fazer nada da vida. Ainda assim optou por seguir a carreira que o pai projetou para ele e hoje comandava todos os negócios da família. E muito bem, por sinal.

- Que bom revê-la, Sabrina.

Dei um beijo no rosto dele e apresentei:

- Esta é Yuna, minha amiga.

Os dois apertaram as mãos, polidamente:

- É um prazer conhecê-la, Yuna.

Ela não disse nada. Típico de Yuna: sem conversa, só analisando.

- Bem... Vamos ficar por aqui? – Colin olhou para os lados, certamente pensando num lugar onde poderíamos ficar.

- Quem sabe damos uma volta e encontramos uma cafeteria ou algo do gênero? – Sugeri.

- Ótimo. – Concordou.

Ele pôs os óculos escuros e nos levou até o seu carrão importado, que valia mais que a minha casa parcelada a perder de vista.

- Colin abriu a porta da frente para mim, mas acomodei-me atrás, acompanhada de Yuna. Ele ficou confuso e sentou-se no banco do motorista, ligando o carro enquanto nos observava pelo espelho retrovisor.

Não sei exatamente o motivo, mas nunca consegui sentir ódio de Colin pelo que ele fez no dia anterior ao casamento. Talvez porque nosso passado tenha sido tranquilo e de muito carinho, apesar do que houve.

Fiquei a lembrar que compramos uma casa sem sequer perguntar o preço, pois aquilo não nos importava. Contratamos uma pessoa para decorá-la, e ele escolheu os móveis e eletrodomésticos da melhor qualidade... E em momento algum eu pensei que tudo custava dinheiro. Jamais perguntei o preço de cada item que escolhi para o lugar. Ele nunca me cobrou nada, absolutamente nada.

Rodamos por duas quadras e encontramos uma pequena cafeteria. Tinha mesas na calçada e na parte interna, a qual Colin escolheu em função do ar condicionado. O lugar era bem pequeno, mas aconchegante.

Assim que sentamos, observando o pouco movimento pelas grandes janelas envidraçadas, Colin falou:

- Não sei como você encontrou esta praia... É estranha.

- Estou morando aqui.

- Morando?

- Sim... Com Charles. Ele é o pai de Medy... E do filho que eu espero. – Pus a mão na barriga, percebendo a decepção imediata dele.

- Você... Casou?

- Não. Estamos morando juntos. Afinal, casamento não significa muito, não é mesmo?

Ele suspirou:

- O que você quer de mim, Sabrina?

- Eu quero três coisas de você, Colin: processar uma garota que jogou meu nome na lama com um vídeo, requerer minha parte por direito na J.R Recording e nas propriedades de J.R Rockfeller... E que você não siga sendo o advogado de Guilherme Bailey e Kelly contra Charles Bailey, conhecido como Charlie B.

- Charles Bailey... É... – Ele enrugou a testa.

- É ele.

- Charles... Eu nunca esqueci o nome quando você falou, anos atrás. Mas jamais pensei que pudesse ser... O homem contra o qual eu movia o processo.

- Ele é inocente... Ele só quer o filho.

- Ciúme, inveja? Mas... Quem seria capaz de destruir a vida de outra pessoa por este tipo de sentimento?

- Mariane Rockfeller. – Yuna disse.

- Me fale sobre as duas primeiras questões: o processo contra a pessoa que mencionou e os seus direitos sobre os bens dos Rockfeller.

Expliquei a ele tudo que houve, sendo que durante este tempo tomamos três cafés e eu fui ao banheiro quatro vezes, por ter bebido além disso, duas garrafas de água.

- Por que eu? – Colin me olhou seriamente.

Mirei seu semblante firme, os olhos castanhos claros brilhantes, os óculos escuros repousando no alto da cabeça, a roupa completamente limpa e bem passada, como se ele tivesse saído da lavanderia naquele momento, então respondi:

- Porque você é melhor advogado que eu conheço.

Ele respirou fundo antes de dizer:

- Quanto à garota, vamos ter que entrar contra a família, visto que, segundo você, ela ainda não completou a maioridade. Tem as ameaças, o emprego que ela fez você perder, a exposição em público, o vídeo contendo cenas... Bem, explícitas, mostrado a todos.

- Não sei se explícitas... Porque não houve nada, entendeu?

- Mas as imagens não deixam isso claro. – Yuna me olhou.

- Não? – Colin olhou para ela.

- Não. Dá sim a entender que fizeram sexo. – Ela confirmou.

Colin escorou-se para trás na cadeira, me encarando:

- E quer eu como seu advogado contra seu pai porque sabe que isso será a pior coisa para ele, não é mesmo?

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