Resumo de Siga aquele carro (II) – Capítulo essencial de Lembranças das noites quentes de verão por Roseanautora
O capítulo Siga aquele carro (II) é um dos momentos mais intensos da obra Lembranças das noites quentes de verão, escrita por Roseanautora. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
Colin era inteligente. Tentar enganá-lo era pior:
- Sim – confessei – Ser processado por você seria pior do que o valor que ele vai perder.
- Sabe que isso vai me trazer problemas com meu pai, não é mesmo?
- Não deveria. É o seu trabalho e estou pagando pelos seus serviços.
- Apesar de não se encontrarem mais com tanta frequência, meu pai tem muita estima pelo seu. E sabe que Jordan está falido.
- Como alguém consegue perder tanto dinheiro do nada? – Yuna questionou-se – E como a pessoa que se diz sem dinheiro tem tantos empregados na praia, vivendo uma vida como se a falência fosse somente boatos?
Suspirei:
- Pretendo entrar oficialmente na J.R Recording amanhã ou depois. E sim, não acho normal tudo que ele perdeu em tão pouco tempo.
- Como eu disse, ele nunca foi muito cuidadoso com o dinheiro.
- Ainda assim, Colin. Sempre foi um patrimônio gigantesco. Meu pai é conhecido no mundo inteiro.
- O que você está insinuando?
- Não estou insinuando nada... Só acho que não está certo isso.
- Vai trabalhar na J.R Recording?
- Sim. Exigi isso do meu pai. Estou desempregada, em função do que houve.
- E o fato de ela ter feito o que fez com o garoto na sala de aula... Pode trazer-lhe alguma consequência? – Yuna perguntou, preocupada.
- Não. Guilherme Bailey tem 18 anos. Se vai contra as regras da escola, o que eu tenho certeza que sim, ela foi demitida e pronto. Eu gostaria de olhar este vídeo.
- Eu não tenho ele.
- A garota deve ter e precisará mostrá-lo judicialmente.
- Eu... Não gostaria que você assistisse. – Falei, envergonhada.
- Não estou aqui como seu... Ex... Conhecido... Amigo... Afinal, o que somos? – Ele ficou confuso.
- Acho que tudo um pouco... Ex, conhecido... E amigo. – Sorri.
- Estou aqui como seu advogado, então precisarei assistir ao vídeo.
- Isso quer dizer que vai me ajudar?
Colin suspirou e bebeu o resto do café da xícara, de uma vez:
- Sim.
Toquei a mão dele, feliz:
- Obrigada, Colin.
- Eu nem sei porque estou fazendo isso... Vou arranjar complicação com meu pai.
- Yuna, pode me responder uma coisa? – Olhei para minha amiga.
- Eu? – ela ficou surpresa – O quê?
- Colin... Olhe para mim. Certamente nenhuma peça cabe mais. Além de eu ter engordado, estou grávida. E as roupas são antigas... Eu... Não quero. Pode doar.
- Retirá-las de lá será como matar você...
- Precisa fazer isso. – Olhei-o seriamente.
Yuna estava vindo de volta. Olhei para a rua e vi um casal sentado do lado de fora, nas mesas postas na calçada. Sim, se passaram mais de cinco anos... Mas eu os reconheci, porque a cara deles ficou gravada na minha mente, depois de tê-los visto na loja de conveniência do posto de gasolina, quando só estávamos Charles e eu, naquela fatídica madrugada. Foram eles que roubaram a carteira e o celular de “el cantante”.
O homem me encarou e percebi que também me reconheceu, pois ficou um tempo imóvel. Falou algo e a mulher olhou diretamente para mim.
- Sabrina, está tudo bem? Estou falando com você e não responde... – Yuna perguntou.
Eu levantei e o casal fez o mesmo. Enquanto me dirigia para a porta, eles correram para o carro.
- Colin, vamos atrás daquele casal. – Falei imediatamente.
- Você... Está louca?
- Não, não estou... Precisamos ir atrás deles. São ladrões... Eles roubaram as coisas de Charles... Tenho que falar com eles.
- Não, não vou fazer isso.
Passei a mão na chave do carro dele que estava sobre a mesa e saí correndo.
O que eles faziam na mesma cidade, tantos anos depois? O que fizeram das coisas de “el cantante”?
Colin pegou a chave da minha mão e tomou o lugar do motorista. Me dirigi até o banco ao lado dele e Yuna foi para o de trás.
- Colin, siga aquele carro! – Gritei enquanto ouvia o som do motor deles e a derrapada na estrada, fugindo em alta velocidade.
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