Colin era inteligente. Tentar enganá-lo era pior:
- Sim – confessei – Ser processado por você seria pior do que o valor que ele vai perder.
- Sabe que isso vai me trazer problemas com meu pai, não é mesmo?
- Não deveria. É o seu trabalho e estou pagando pelos seus serviços.
- Apesar de não se encontrarem mais com tanta frequência, meu pai tem muita estima pelo seu. E sabe que Jordan está falido.
- Como alguém consegue perder tanto dinheiro do nada? – Yuna questionou-se – E como a pessoa que se diz sem dinheiro tem tantos empregados na praia, vivendo uma vida como se a falência fosse somente boatos?
Suspirei:
- Pretendo entrar oficialmente na J.R Recording amanhã ou depois. E sim, não acho normal tudo que ele perdeu em tão pouco tempo.
- Como eu disse, ele nunca foi muito cuidadoso com o dinheiro.
- Ainda assim, Colin. Sempre foi um patrimônio gigantesco. Meu pai é conhecido no mundo inteiro.
- O que você está insinuando?
- Não estou insinuando nada... Só acho que não está certo isso.
- Vai trabalhar na J.R Recording?
- Sim. Exigi isso do meu pai. Estou desempregada, em função do que houve.
- E o fato de ela ter feito o que fez com o garoto na sala de aula... Pode trazer-lhe alguma consequência? – Yuna perguntou, preocupada.
- Não. Guilherme Bailey tem 18 anos. Se vai contra as regras da escola, o que eu tenho certeza que sim, ela foi demitida e pronto. Eu gostaria de olhar este vídeo.
- Eu não tenho ele.
- A garota deve ter e precisará mostrá-lo judicialmente.
- Eu... Não gostaria que você assistisse. – Falei, envergonhada.
- Não estou aqui como seu... Ex... Conhecido... Amigo... Afinal, o que somos? – Ele ficou confuso.
- Acho que tudo um pouco... Ex, conhecido... E amigo. – Sorri.
- Estou aqui como seu advogado, então precisarei assistir ao vídeo.
- Isso quer dizer que vai me ajudar?
Colin suspirou e bebeu o resto do café da xícara, de uma vez:
- Sim.
Toquei a mão dele, feliz:
- Obrigada, Colin.
- Eu nem sei porque estou fazendo isso... Vou arranjar complicação com meu pai.
- Yuna, pode me responder uma coisa? – Olhei para minha amiga.
- Eu? – ela ficou surpresa – O quê?
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