Ele abriu minhas pernas e deixou o vestido desenrolar sobre ele, cobrindo-o por completo. Fechei os olhos ao sentir sua língua na extensão da minha intimidade, enquanto um dedo apertava meu clitóris, fazendo-me gemer alto.
- Me desculpe... – Falei imediatamente.
- Por que desculpas? – a língua saboreou a umidade excessiva da minha boceta. – Só pode desculpar-se por demorar tantas horas para voltar... Por isso pede desculpas? – A língua entrou na minha cavidade profundamente, fazendo-me gemer novamente, sem conseguir conter-me.
- Pelo... Gemido alto... – Falei, a voz quase não saindo.
- Pode gemer o quanto quiser, garotinha. E gritar também... Aqui ninguém nos ouve... E eu confesso que estou a gostar dos seus gemidos... Verdadeiros, intensos.
- Não viu nada... Foram contidos... Por muito tempo. – Me ouvi dizendo.
- A visão daqui de baixo é perfeita, garotinha. Eu poderia morar por aqui... – Mordeu levemente minha bunda.
- Charles... Você está me enlouquecendo... – Falei, arranhando com as unhas a parede em alvenaria.
- Enlouqueça, Sabrina... Quero que enlouqueça como fez comigo... Numa noite em que não dormi, vendo somente você na minha frente...
Me vi sorrindo, sentindo o coração dar saltos dentro do peito. Charles enfiou sua língua profundamente e meu gemido incontido o fez fazer movimentos de entra e sai, literalmente me fodendo com sua língua perfeita.
Aquilo me proporcionava um prazer sem igual. Sim, eu já havia recebido sexo oral, mas jamais Colin usou a língua para me foder daquela forma.
Desde sempre, meu fogo foi maior que o de meu ex-noivo, quase marido. Fogo este que ele não queria ou não dava conta de apagar. Eu tentava prolongar o prazer e não gozar com a língua de Charles me penetrando de forma pecaminosa e inescrupulosa. Mas não consegui. Cheguei ao orgasmo em minutos, grunhindo um gemido mais parecido com um grito, que não me fez ficar envergonhada. Eu não compararia mais Colin e Charles porque simplesmente era impossível. Era como se eu beijasse e fizesse sexo pela primeira vez na vida. E sabia que aquilo era apenas o começo.
Quando ele saiu de dentro da minha saia gigantesca, os lábios brilhantes do meu gozo, olhei nos seus olhos, sentindo o coração descompassado e as pernas completamente amolecidas. Minhas mãos caíram ao longo do corpo, sem forças para qualquer outro movimento.
- Me beija, Charles... – Pedi, semicerrando os olhos, ofegante.
Imediatamente ele grudou os lábios nos meus, apossando-me da minha língua, como se fosse o dono de cada parte de mim. Nosso beijo era tão entrosado e sincronizado que parecia que havíamos feito um ensaio para aquilo sair tão perfeito.
Fui retirando a camisa dele, que auxiliou, levantando os braços. Mas a falta de vontade de deixarmos nossas bocas separadas deixou o tecido branco enrolado no pescoço de Charles, esperando pela oportunidade de ser deixado de lado.
Desta vez fui eu quem senti seus dentes mordendo meu lábio inferior, enquanto as mãos deslizam pelas minhas costas, sob o vestido delicado.
Charles encerrou nosso beijo, pegando-me gentilmente pelos cabelos, enquanto os enrolava em torno de sua mão, posicionando-me do outro lado do corredor, sobre duas caixas altas, certamente cheias de alguma bebida alcoólica.
Senti minha saia sendo levantada com ansiedade, auxiliando enquanto segurava os tules que impediam nossos corpos de se tocarem. Ao perceber que ele abriria o zíper, virei rapidamente:
- Quero fazer isso... – Olhei nos seus olhos.
Ele ajudou-me a levantar e retirou a camiseta que estava enrolada em seu pescoço. Abri o botão de metal do jeans surrado e desgastado com leves rasgões. Lentamente desci o zíper, me deparando com a cueca preta boxer, com o volume iminente. Encarei-o e o ouvi perguntando:
- Você é virgem, Sabrina?
- Não. – Falei imediatamente.
Ele passou o dedo polegar sobre meus lábios enquanto o verde intenso seguia naquela direção. Percebi ele morder o lábio inferior ao dizer, rouco:
- Jamais deixarei que alguém toque sua boca novamente, Sabrina.
- Mas você pode tocá-la... – beijei o dedo dele – Com seus lábios, seus dedos ou... – Olhei para seu membro, descendo a calça dele devagar.
- Você vai acabar comigo, garotinha.
- Quero que “você” acabe comigo, Charles... Ainda mais. – Sorri.
Charles virou-me novamente de costas e pegou meus cabelos. Passou a mão pela minha intimidade e disse:
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