Lembranças das noites quentes de verão romance Capítulo 19

Resumo de "El cantante": Lembranças das noites quentes de verão

Resumo de "El cantante" – Uma virada em Lembranças das noites quentes de verão de Roseanautora

"El cantante" mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Lembranças das noites quentes de verão, escrito por Roseanautora. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

Charles pegou minha mão e foi em direção à porta, destrancando com a chave. Voltamos ao ambiente de música alta e fumaça de cigarros, regado à bebidas e pessoas que falavam todas ao mesmo tempo, quase gritando. Fomos até o bar e ele chamou um dos barman’s, falando algo no seu ouvido. O jovem rapaz sorriu e lhe entregou um chaveiro contendo algumas chaves, me observando curioso e sorridente.

- Vamos! – Ele disse, me puxando entre a multidão.

Enquanto eu o seguia, sentindo sua mão firme na minha, Charles foi cercado por algumas mulheres. Me aproximei dele, colocando a cabeça no seu ombro, enquanto enlaçava sua cintura, deixando claro que “eu” estava com ele.

- Sua performance foi excelente hoje. – Uma delas disse, com voz languida.

Eram mulheres bonitas e bem vestidas, as três beirando os trinta anos.

- Obrigado. – Ele disse gentilmente, sem se afastar de mim.

- Desde quando Charles não canta bem? – outra falou – Não sei como você ainda não foi descoberto. Assim que alguém importante e entendedor de música pôr os olhos sobre você, vai ficar famoso.

- A parte ruim é que vai esquecer o Cálice Efervescente... E tudo que já fez aqui dentro. – A loira olhou na minha direção, provocante.

- Há coisas que são inesquecíveis... – Eu disse, sorrindo, tentando não ceder às provocações.

- Sim... Como uma garota vestida de noiva num sábado à noite num bar. – A primeira olhou para mim, tentando avistar-me quase atrás do corpo do cantor, com um meio sorriso no rosto.

- Ninguém me disse que hoje era festa à fantasia – a segunda observou seriamente – Se soubesse eu teria me vestido à caráter.

- Ninguém lhe disse porque não é dia de festa à fantasia. – Charles falou de forma tranquila, tentando não ofendê-las.

- O vestido é real – respondi – Sou uma noiva que acaba de sair da igreja, deixando o futuro marido no altar.

- Pelo vocalista da Dreams? – Uma delas começou a rir, tapando a boca, fingindo se dar conta da indiscrição.

- Garotas, acho melhor a gente encerrar esta conversa por aqui. Afinal, vocês não sabem o que está acontecendo... – Charles disse imediatamente, apertando minha cintura de encontro ao seu corpo.

- Eu não sabia que você curtia meninas mais novas, Charles. Até então sempre preferiu mulheres mais maduras. – Uma delas disse, sorrindo com o canto dos lábios.

- Vai ver ele quer ter uma experiência nova. – Outra observou.

- Não passa pela cabeça de vocês que talvez “eu” queira ter uma experiência nova? – Falei, não me contendo.

- Não foi nossa intenção provocá-la, menina.

- Eu não sou uma menina... Sou uma mulher. – Respondi, em tom alto, para que fosse ouvida.

- Talvez Charles está querendo reviver o passado... – Uma comentou com a outra, para que eu ouvisse.

- Isso vai acabar com você, Charles. E sabe muito bem disso. Chegou a ver se ela tem mais de dezoito anos? Caso não tenha, você está fodido, meu amigo... Ainda mais do que já esteve a vida toda.

- Eu não pedi sua opinião, Sofia. Nem lhe devo satisfações. – Charles disse, seguindo caminho pelo meio delas, me levando pela mão.

Tudo que eu queria era sair dali imediatamente. Sentia um misto de raiva, curiosidade, ciúme... Que não sabia explicar.

Assim que passamos pela porta e respirei o ar puro da rua, me senti um pouco mais tranquila.

Charles seguiu pela lateral do bar, que ficava na completa escuridão.

- De que passado elas falavam? – Perguntei, mesmo não querendo.

Tentei me conter ao máximo, mas não consegui.

Charles parou e virou-se bruscamente, fazendo com que meu corpo chocasse contra o dele. Nos encaramos e ele pareceu procurar respostas para minha pergunta.

- Quer mesmo falar sobre isso? E agora?

- Por que não?

Ele abaixou-se, colocando um joelho no chão, pegando minha saia com tules que caiam em camadas.

- Charles... Eu acho que... Não seria prudente transarmos aqui. – Me ouvi falando, enquanto abria as pernas e fechava os olhos, incerta se eu realmente queria ouvir minha sanidade falando alto.

Ele começou a rir e puxou com força alguns dos babados de tule, arrancando parte da saia, deixando o vestido acima dos meus joelhos. Levantei os braços, confusa, encarando-o.

- Não vou fodê-la aqui, garotinha. Não agora. Só estou deixando você mais confortável para subir na moto.

Dei um passo para trás, deixando parte da saia no chão. Ele pegou o tule branco nas mãos, levantando e olhando na minha direção:

- Precisa disso ainda?

Neguei com a cabeça.

Ele seguiu andando e fui atrás dele. Percorremos toda a extensão do Cálice Efervescente do lado de fora, até chegarmos aos fundos do lugar. Tinha uma lâmpada amarelada e fraca, que iluminava duas motos e um carro popular.

- Qual é a sua? – Perguntei, curiosa, ao ver a moto vermelha e a preta.

- A preta.

A preta era maior, mais robusta e alta.

- Nunca subi numa moto... Em toda a minha vida. – Confessei, apreensiva.

Ele pegou a chave no bolso e subiu na moto, girando-a, acelerando com o pé e fazendo um som ensurdecedor enquanto sorria na minha direção. Tapei os ouvidos com as mãos, atordoada.

Charles estendeu a mão na minha direção:

- Prometo ter cuidado... E cuidar para você não cair. Tirando isso, não terei piedade de você, garotinha.

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