Lembranças das noites quentes de verão romance Capítulo 187

- Eu penso que... Não quero os presentes. Eu pedi para o Papai Noel o meu papai e ele trouxe. Não preciso de mais nada... Não ouviram a minha mamãe? Ela disse “não”. E “não” é “não”.

- Mas diga a ela que você quer ver o vovô e a vovó... Por favor. – Ele quase implorou.

- Eu não quero mais ver vocês – ela foi firme – Nunca mais.

- Não pode dizer “nunca”. Você só tem cinco anos. – Ele balançou a cabeça, confuso.

- Jordan, deu! Ela já lhe deu a resposta que você queria. Agora vamos embora. – Calissa tentou puxá-lo.

Ele me encarou e depois olhou para Melody, os olhos um pouco menos raivosos. Acenou para ela e virou as costas, indo com Calissa para o carro.

Fechei a porta e fui até Melody, abraçando-a, não contendo as lágrimas. Ela estava alguns degraus acima de mim e alcançou meus cabelos, alisando-os:

- Não chore, mamãe. Eu amo você.

- Eu também amo você. – Limpei as lágrimas.

- Vamos pedir pizza? – Sugeriu, talvez para tentar me alegrar.

- Pode ser... – examinei seus olhinhos verdes, preocupada – O que você ouviu da conversa.

- Um pouco – confessou – E não quero mais ver os dois, mamãe.

- Mas... Por quê?

- Vovô é muito rude com você. E quem fala assim com a minha mamãe... Eu não devo gostar.

- Melody, você é o que eu tenho de mais importante na vida. Não há um só dia que eu não agradeça aos céus por você. Obrigada... Por ser a minha filha.

- Obrigada por ser a melhor mamãe do mundo. – Ela gritou, levantando os braços, rindo, os dentinhos minúsculos e brancos perfeitamente enfileirados na boca carnuda.

A enchi de beijos:

- Agora vamos pedir uma pizza. E deixo você escolher os sabores.

- Vamos ligar para o papai?

- Vamos. Mas primeiro... Eu preciso de um banho. E acho que comida. – Comecei a rir, sentindo meu estômago roncar.

- Mamãe, o bebê está com fome. – Ela começou a rir do som produzido pela minha barriga.

Subimos e tomei um banho rápido, enquanto ela me esperava no quarto. Pedimos a pizza e durante o tempo que eu penteava os cabelos, fizemos chamada de vídeo para Charles.

- Olá, garotinhas. – Ele estava dentro de um carro, mas não dirigindo.

- Papai! – Ela gritou.

- Olá...

- Tudo bem, Sabrina? – Ele pareceu perceber minha tristeza imediatamente.

- Tudo certo. – Menti.

- Nós pedimos pizza. E mamãe me deixou escolher os sabores. O bebê está com fome. – Melody o pôs a par de tudo.

- Que ótimo. Eu tenho uma surpresa para vocês.

- Surpresa? Eu amo surpresas! Mas não vou perguntar o que é. Porque senão não é surpresa. – Ela disse ao pai.

- Exato. Estou morrendo de saudades. – Ele me olhou.

- Nós também.

- Eu preciso desligar. Assim que der, ligo de volta.

- Sua cara está péssima. – Observei.

- Estou cansado. – Ele confessou.

- Durma bem. E sonhe conosco. – Acenei e Melody jogou beijos.

Ele desligou. Terminei de pentear meus cabelos e procurei um desenho animado para nós duas olharmos no celular até vir nossa comida.

Alguém bateu na porta novamente. Olhei para ela:

- Agora é a pizza.

Ela levantou, pegando minha carteira e descendo comigo, para fazer o pagamento:

- Eu confiro o troco, mamãe.

- Ok, você confere. – Concordei.

Quando abrimos a porta, Charles estava lá, escorado, uma mala ao seu lado, a jaqueta de couro pendurada no braço, os cabelos bagunçados, a barba por fazer...

- Surpresa! – Sorriu.

Nos penduramos nele, as duas ao mesmo tempo.

Deus, eu precisava tanto dele! E parecia que “el cantante” sabia, pois chegou exatamente na hora.

Deixei Melody falar primeiro, pois ela tinha muitas novidades. A pizza veio e continuamos na sala, optando por comer ali.

- Eu gostei da segunda escola que tia Yuna me levou. Tinha salas grandes. E tem futebol uma vez na semana. Eu gosto de futebol.

- Quer me dizer o que houve? – Charles perguntou, enquanto pegava Melody no colo, aninhando-a ao seu corpo.

- Agora não. Depois...

- Ok.

Charles fez ela dormir em minutos. A pôs na cama e quando voltou, eu já estava deitada.

- Preciso tomar banho. Você me acompanha?

Respirei fundo e sentei na cama:

- Acho que não preciso de banho, e sim de sexo, “el cantante”.

- Eu preciso de sexo... E de você. – Ele veio até a cama, pegando-me no colo, enquanto passava o rosto no meu, a barba me fazendo cócegas.

Me pôs no chão, escorando-me na parede, enquanto retirava a parte de baixo do meu pijama.

- Estou horrível... – Falei, fechando os olhos, sentindo um frio na barriga.

- Está linda... Você sempre está linda. E ficar longe de você é horrível... – Ajoelhou-se à minha frente, enquanto retirava a camiseta, jogando no chão.

- Ficamos tanto tempo longe... Que agora parece que isso não está certo... – Falei, num fio de voz.

- Exatamente... – tocou minha boceta, sob a calcinha branca em renda – Seu cheiro me excita... E não consigo ficar longe do gosto que você tem...

Gemi quando a língua dele me tocou, sobre a calcinha.

- Estou com saudade da minha melodia preferida. – Mordeu-me o clitóris, sem retirar o tecido fino que nos separava.

- Isso é simplesmente... – Não consegui terminar a frase, puxando com força os cabelos dele.

- Simplesmente saboroso... – A língua quente contornou toda a calcinha, tocando minha pele, descendo lentamente pela virilha.

A respiração quente na minha boceta fazia eu me excitar ainda mais. Retirei a parte de cima da roupa, ficando completamente nua.

Charles me contemplou demoradamente antes de retirar a calcinha, sem pressa. Depois enfiou-se entre minhas pernas, abrindo-as levemente:

- A visão do paraíso... – A voz estava fraca, carregada de luxúria.

- Bem-vindo... O paraíso é todo seu... – Mordi o lábio, sentindo meu corpo contorcer-se antes mesmo de ele me tocar.

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