Resumo do capítulo Minha calmaria de Lembranças das noites quentes de verão
Neste capítulo de destaque do romance Romance Lembranças das noites quentes de verão, Roseanautora apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
Contei a Charles o que havia acontecido. Ele ouviu tudo atentamente. Quando acabei, permaneceu em silêncio, parecendo tentar assimilar o que eu havia dito.
- Charles... O que tem a dizer sobre o que lhe contei?
- Eu não quero esta gente perto da nossa filha, Sabrina.
- Eu sei... Por isso mesmo os impedi de tocarem nela. Eles não a merecem.
- Melody... Disse mesmo que não queria vê-los? – vi os olhos dele marejarem – Esta menina é simplesmente fantástica. Linda, inteligente, carinhosa... Deus, será que mereço tanto?
- Sim, meu amor. Você merece. E não só ela... Merece Gui também. E eu sei que ele vai aceitá-lo, mais cedo ou mais tarde. Não há como fechar os olhos para a verdade a vida inteira.
- Ele vai ficar com quase todo meu dinheiro... Talvez eu não o veja por um bom tempo. Era isso que Kelly queria.
- Será que era isso que “ele” queria?
- Infelizmente Gui quer o que Kelly desejar que ele queira.
- Meu pai não acredita que Mariane pode estar roubando-o.
- Mas... Por que Mariane roubaria a própria empresa? Afinal, ela é uma das herdeiras. Seu pai praticamente deixou tudo nas mãos dela. Então... É como roubar de si mesma.
- Para me deixar sem nada?
- Mas isso seria tanta crueldade... Até que ponto faz sentido? O que há por trás das maldades da sua irmã? Porque tem que haver algo forte... A ponto de ela querer destruir a sua felicidade a qualquer preço.
- Eu tento entender também... E cheguei a pensar que poderíamos não ser irmãs de sangue.
- Se fosse assim, qual de vocês não seria a filha legítima?
- Pelo ciúme dela, eu seria a filha verdadeira.
- Se fosse assim seu pai não deixaria Mariane na empresa, colocando a filha legítima para fora de casa.
- Sim... Faz sentido.
- Isso parece loucura. Vocês são muito semelhantes para não serem irmãs de sangue. Deve haver outra coisa, Sabrina.
- Mas o quê?
- Você sabe que a inveja é um dos sete pecados capitais, não é mesmo?
Eu ri:
- Você entende disso, “el cantante”?
- Bem, eu não sei só compor músicas... Conheço algumas outras coisinhas...
- Eu só acho que a inveja é uma merda... Se é um pecado não sei... – Dei de ombros, não sabendo a que ele se referia.
- Falando palavrões, “mamãe”?
Eu comecei a rir, dando um tapa leve no ombro dele:
- Como consegue deixar nossa conversa séria em tom de brincadeira?
- Porque sinceramente, nada me importa mais do que ter você e Medy comigo.
- Você torna tudo tão mais leve... Eu não consigo ficar longe, Charles... Nunca mais.
Ele suspirou, contornando meus lábios com o dedo indicador:
- Eu preciso de dinheiro. Mas não vou viver a vida sendo um escravo da J.R Recording. Já temos a casa... E vou juntar uma grana para comprar o Cálice Efervescente. Depois vou reformá-lo. E fazer dele o que sempre sonhei: um lugar agradável, seguro, com boas bebidas e música de qualidade.
- Promete não mudar a fachada? Nem o nome?
- Prometo. – Me deu um beijo leve nos lábios.
- Você vai conseguir, Charles. Logo ficará ainda mais famoso do que já é e levará multidões aos seus shows. E ganhará muito dinheiro. Já lhe convidaram para comerciais?
- E se eles derem primeiro?
- Melhor eles darem e nós rebatermos, do que jogarmos as nossas e sermos vencidos.
- Esperei por quase seis anos para ter o amor da minha vida novamente... – o olhei – Acho que posso esperar mais um pouco para punir os culpados.
- Eu sei que você consegue, meu amor. Assim como eu vou seguir com os shows, até juntar a grana que a gente precisa.
- Eu amo você, “el cantante”.
Ele tocou minha barriga, já saliente da gravidez:
- Amo vocês.
Despertei com o som do meu celular tocando. Abri os olhos e parou. Antes que eu dormisse novamente, voltou a tocar. Peguei, identificando o nome de Colin.
- Quem é... Esta hora? – Charles espreguiçou-se.
Atendi e o telefone dele começou a tocar também.
- Colin?
- Sabrina, você já viu as notícias de hoje? Acessou a internet?
- Não... – fiquei confusa – Que horas são?
- Sete horas... Hora de levantar. Tome um calmante antes de acessar as redes.
- Colin...
Olhei para Charles, que desligou o telefone, me encarando seriamente.
- Aconteceu... Algo? – Olhei para ele.
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