Lembranças das noites quentes de verão romance Capítulo 192

Resumo de Me deseje boa sorte (II): Lembranças das noites quentes de verão

Resumo de Me deseje boa sorte (II) – Lembranças das noites quentes de verão por Roseanautora

Em Me deseje boa sorte (II), um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Lembranças das noites quentes de verão, escrito por Roseanautora, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Lembranças das noites quentes de verão.

- Qual o problema dela com você?

- O problema dela é que eu consegui ganhar dinheiro. É só isso que ela quer. Kelly é uma mulher que não se preocupa com nada a não ser ela mesma. Não criou sequer o próprio filho e ainda foi capaz de me destruir perante ele.

- Eu... Não sei o que dizer.

- Que sou um azarado? Um idiota, burro, por ter colocado a casa no meu nome? Porque é isso que sou, Sabrina.

- Não... Você é só um cara que tenta ver o lado bom das pessoas, mesmo elas não tendo.

- O dinheiro é uma coisa muito louca... – ele riu de forma triste – Eu não falo com minha mãe há anos... Na verdade, desde que saí com Guilherme ainda bebê da casa dela, procurando um lugar para nós dois. Acredita que ela me ligou na semana passada?

- Isso... É bom ou ruim?

- Seria bom se ela se preocupasse de verdade com o que aconteceu comigo durante todos estes anos. Mas acredite, minha mãe me chamou de Charlie... Eu nem me chamo Charlie, entende? É o nome que criaram para mim, para diferenciar um pouco do meu. Imaginei se ela sabe que eu me chamo Charles...

- Claro que ela sabe... – Toquei a mão dele, incerta sobre o que pensar sobre a mãe dele.

- Sabe o que mais ela falou?

- O quê?

- Que a casa dela está caindo aos pedaços. Se por acaso eu poderia dar um jeito nisso.

Engoli em seco, tentando conter o choro.

- Mal ela sabe que meu próprio filho me tirou o pouco que eu tinha. Agora você entende por que às vezes eu demoro para tomar decisões? Porque tem coisas que não parecem reais. Nunca esperei muito das pessoas... Até conhecê-la, Sabrina. Se entregou a mim... Confiou em mim, sem sequer saber quem eu era.

- Talvez tenha sido a primeira loucura da minha vida... – Eu ri.

- Lembro do seu boquete mal feito... – Confessou divertidamente.

- Mal feito? – Arqueei a sobrancelha, surpresa.

- Me machucou... Estava completamente sem jeito.

- Mas você gozou.

- E doeu pra caramba os seus dentes no meu pau.

- Meu Deus! – Pus as mãos na frente do rosto, envergonhada.

- A segunda vez foi perfeita... – Ele alisou minha perna, sorrindo.

Depois de um tempo, eu disse:

- As pessoas podem ser horríveis, Charles. E não precisa haver uma explicação para isso. Colocam dinheiro, status, inveja... Tudo acima do amor.

- Por isso eu sou tão grato por “nós”, entende?

- Sim, eu entendo. Mas se deixarmos tudo como está, seguirão nos atacando.

- Eu sei, meu amor. Isso encerra hoje.

- Eu... Posso saber o que você tem em mente?

- Não. – Falou seriamente.

Chegamos na capital e Charles estacionou o carro em frente à sede do maior canal de TV aberta de Noriah Norte.

Pegou-me pela mão e entramos no edifício, onde ele foi recebido pela recepcionista:

- Senhor Bailey... É um prazer tê-lo no nosso canal, com exclusividade.

- Obrigado.

- Seja bem-vinda, senhora Bailey.

Eu sorri, acenando com a cabeça. “Senhora Bailey”? Meu Deus, aquilo soou como uma canção aos meus ouvidos.

Apertei a mão de Charles, enlaçada na minha, enquanto seguíamos a recepcionista, caminhando pelo piso limpo, brilhante e escorregadio, até um dos inúmeros elevadores.

Para minha surpresa, paramos no último andar: vigésimo. Ingressamos diretamente numa porta de vidro automática, que ficava logo em frente. Descemos dois degraus largos, feitos do mesmo piso que parecia vidro, chegando à plataforma de onde eram apresentadas as principais notícias.

Quando vi Rosy Strassbaum, a apresentadora do telejornal mais assistido no país, fiquei imóvel, sentindo meu coração bater intensamente.

Ela veio até nós, sorrindo. Usava um conjunto de terno e calça cinza escuro, com uma camisa branca por baixo. Os cabelos estavam presos num coque impecável e o rosto adornado por óculos de grau com armações finas em prata.

- Charles Bailey, meu querido Charlie B... – Abraçou-o com intimidade.

- Bom revê-la, Rosy.

“Bom revê-la?” Como assim, “el cantante”?

Ela se afastou um pouco dele, que me apresentou:

Quando ele saiu de trás do biombo, de terno xadrez com camisa branca, os cabelos bem penteados, a barba rala, parecia um homem sério... E lindo de morrer. Fiquei analisando-o, sem me dar em conta que o devorava com os olhos, percorrendo o pescoço liso, abdômen perfeito sob a camisa bem passada, um leve volume sob a calça.

- Pareço apetitoso, senhora minha “esposa”? – Debochou.

Me peguei mordendo o lábio, sem perceber.

- Eu... Gostaria de ser fodida por você aqui e agora. – Confessei.

Ele riu, olhando no relógio:

- Sinto muito, mas vou ficar a lhe dever isso. Tenho um compromisso com hora marcada.

- Você... Vai fazer o que estou pensando?

- Vou. É o que me resta.

- Como... Conseguiu este canal? E com Rosy Strassbaum? Já vi artistas consagrados tentarem e se darem mal. Ela é extremamente seletiva e antipática... Mas foi gentil com você.

- Ela levou as filhas num show de Charlie B. Deixei-as ir ao camarim depois, distribui autógrafos e tirei fotos com todas, realizando o sonho das meninas.

- Só das meninas? Ou... Também da mãe. – Fiquei enciumada.

- Só das meninas. Digamos que a mãe não era tão fã... Na verdade, Rosy era só uma mãe querendo agradar as filhas. Como sempre fui muito carismático, bondoso... E admiro muito o trabalho dela, quis fazer a gentileza. Afinal, sou mais que este belo rosto com olhos verdes. – Debochou.

Eu não disse nada, sentindo uma leve pontada no estômago.

- Se lhe interessa saber, ela é casada... Há muitos anos. Então, creio que seja feliz... Só não tenho certeza se tanto quanto nós... – Veio até mim, enlaçando-me com seus braços, me imobilizando.

Ouvimos batidas na porta e uma mulher entrou:

- Você entra em cinco minutos, Charlie B.

- Estou pronto.

Ele pegou minha mão e sorriu, nervosamente:

- Me deseje boa sorte. Vai ser difícil. Estou nervoso.

- Boa sorte. Eu amo você.

Ele me deu um beijo leve nos lábios e se foi, me deixando com o coração batendo tão forte que parecia querer deixar meu corpo e ir atrás dele.

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