Lembranças das noites quentes de verão romance Capítulo 23

- Você... Realmente está me pedindo isso? – Ficou confuso.

- Se não quiser ou não se sentir à vontade, tudo bem.

- Não sei se isso é uma brincadeira... Mas se for, ainda assim minha resposta é sim, Sabrina. Se você se sente à vontade com isso... Vai fundo.

Eu sorri, provocante:

- Neste caso, quem vai fundo é você.

Ficamos nos encarando um tempo, questão de segundos, como se aquela conexão fosse necessária e indispensável aos nossos olhos. Como eu poderia mal conhecer aquele homem e me sentir tão à vontade com ele? Era como se Charles conseguisse ver através dos meus olhos, da minha roupa, desnudar-me com um simples olhar.

Talvez eu nunca entendesse de fato o que acontecia entre nós. Ainda assim não queria que aquilo acabasse nunca. Por mais que soubesse que mais cedo ou mais tarde teria que partir e voltar a vida real, tinha necessidade de poder mentir para mim mesma que duraria para sempre.

Ele começou a masturbar-se enquanto me observava. Fiquei olhando-o, sentindo a excitação tomar conta não só da minha intimidade, mas de cada pedaço do meu ser.

Enquanto Charles se tocava com uma mão, a outra alcançou meus lábios, descendo lentamente pelo queixo, pescoço e colo.

Fechei meus olhos e gemi quando ele apertou meu seio sob o tecido do vestido. Me dirigi ao seu membro, que obedecia ao comando dele naquele momento e retirei sua mão, colocando-a atrás da minha cabeça, sabendo que ele me entenderia com um simples olhar.

Quando enfiei seu pau na minha boca e comecei a sugar, a mão do cantor empurrou minha cabeça em direção ao seu corpo, enquanto um gemido alto foi ouvido na sala, ecoando no cômodo amplo e com poucos móveis. Intensifiquei os movimentos com minha boca, finalmente sentindo a força dele, que me fazia ir o mais profundamente possível. A precipitação do seu orgasmo veio em forma de um tremor intenso, seguido do jato morno e viscoso, que desceu diretamente pela minha garganta. Fiz questão de engolir até a última gota, não deixando nada para trás.

Quando levantei a cabeça, senti meus lábios inchados e sorri, ao ver o estado de prazer no qual ele se encontrava, os olhos inebriados de luxúria e mais brilhantes que o normal.

Charles novamente tocou meus lábios. Suas pernas envolveram meu corpo e ele puxou-me para cima de si, completamente nu.

Senti seu corpo quente e alisei a lateral do abdômen, demorando um tempo na nádega e deslizando pela coxa coberta de pelos macios. Minha cabeça estava deitada sobre seu peito e eu não só ouvia, mas sentia o coração dele batendo forte.

- Acho que você é capaz de me causar um infarto, garotinha... Pois sei que está sentindo o quanto meu coração está batendo por você.

Sorri, ainda aconchegada a ele, sem dizer nada, só vivendo o momento, terno, doce, gostoso, intenso, cheio de paixão e desejo.

As mãos dele começaram a alisar meus cabelos, vagarosamente. Não lembro de ter me sentido tão segura durante a minha vida. E sentia aquela sensação ali, nos braços daquele homem que conheci na noite passada. Nunca me imaginei mulher de uma noite. Minha vida amorosa e sexual foi sempre ao lado de Colin. E muitas vezes critiquei minha irmã por dormir com homens que mal conhecia. No entanto, naquele momento, era eu no lugar que tanto julguei. E o mais incrível é que o desejei desde o primeiro momento que o vi, naquele palco, afinando a guitarra.

Repentinamente Charles levantou-se e eu acabei rolando pelo sofá. Com todas as luzes acesas e sem explorar nem conhecer nada da casa, me vi no colo dele, que andava em direção à escadaria em madeira nobre, tão lustrosa que chegava a arder os olhos.

Já no primeiro degrau, aconcheguei-me ao peito dele e pus meus braços em volta de seu pescoço. Enquanto ele subia a escada em forma de “L”, com paredes vazias, completamente clean, conduzindo meu corpo de forma segura e firme, me ouvi dizendo, sem pensar antes:

- Começo a temer meus sentimentos por você, Charles.

Ele não disse nada, mas eu ainda conseguia sentir seu coração junto de mim e tive a impressão de que acelerou. Não tenho certeza se eu esperava uma resposta, pois nem sequer devia ter confessado aquilo em voz alta.

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