Resumo do capítulo Isso não acaba aqui (II) de Lembranças das noites quentes de verão
Neste capítulo de destaque do romance Romance Lembranças das noites quentes de verão, Roseanautora apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
Gemi alto e tentei me concentrar para não gozar. Não sabia qual era a brincadeira, mas era difícil de cumprir a regra.
- Posso gozar?
- Mas... Eu nem comecei. Mudando as regras do jogo, garotinha! Você vai gozar três vezes. Agora... Quando eu enfiar minha língua na sua boceta gostosa... E depois com meu pau dentro de você.
Sim, eu gozei só com as palavras safadas dele e seu dedo na minha boceta, sobre a calcinha. Arqueei o corpo trêmulo, sentindo cada centímetro do meu dele contrair-se de prazer.
- “El cantante”... Você está acabando comigo. – Confessei, ofegante.
Ele sorriu e desceu até a renda da minha calcinha, lambendo minha extensão sob o tecido. Peguei a tequila que estava ao meu lado e bebi, deixando o líquido escorrer pela minha boca.
Charles abriu minhas pernas e a visão que eu tinha quando olhava para frente era simplesmente esplêndida: um par de olhos verdes me encarando enquanto a língua explorava cada centímetro da minha intimidade.
- Tira esta porra logo! – Gritei, ansiosa, sentindo uma leve tontura da tequila fazendo efeito.
Charles sorriu e rasgou a calcinha, jogando longe. A partir daí, sua língua trabalhou perfeitamente em mim e recebi autorização para gozar pela segunda vez.
Meu coração batia violentamente e eu sentia que o ar podia faltar nos meus pulmões. Percebi que ele pegou uma embalagem de preservativo e abriu, colocando-o habilidosamente:
- Ouvi dizer que você gosta de chocolate, garotinha...
Levantei o corpo, sentando novamente sobre a mesa, sentindo o aroma de chocolate exalando da camisinha.
- Chocolate era meu alimento preferido... – falei calmamente – Até conhecer o seu corpo... – Olhei na direção do seu pau ereto, esperando pela minha boca.
- Quando você começou a namorar com ele? – Charles perguntou, curioso.
Me remexi no colo dele, ouvindo o som do estalar da poltrona, sabendo que era hora de contar um pouco sobre meu passado e presente.
Estávamos na sacada. Eu sobre o colo dele, que amparava meu corpo no seu, abraçando-me. Uma colcha fina cobria nossos corpos nus e perfumados depois de um banho com muito sabonete. Minha cabeça descansava em seu ombro enquanto meus olhos fitavam a escuridão do mar à nossa frente. Havia embalagens de chocolate e garrafas de cerveja espalhadas pelo chão.
- Começamos a namorar quando eu tinha 14 anos.
- Quatorze? – ele ficou impressionado. – Mas... Era muito jovem.
- Falou o homem que engravidou uma menina aos 16.
- Mas eu não venho de uma família como a sua...
- Isso não justifica.
- Seu pai aceitou?
- Meu pai e o dele eram melhores amigos. Eu conhecia Colin... Mas ele havia ficado alguns anos estudando no exterior. Quando voltou, nos reencontramos... Então...
- Você gostava dele antes de ter partido para estudar?
- Não. Mas se disser que nunca gostei dele, estaria mentindo. Por isso dói tanto... Porque ele era bom comigo. Sempre pareceu me amar de verdade.
- E você o amava? Ainda o ama?
- Acha que se eu o amasse estaria aqui com você neste momento, Charles? – Levantei a cabeça na sua direção, encarando-o.
- Foi tudo muito rápido entre nós... E talvez... Esteja me usando para se vingar dele.
Eu gargalhei:
- Você se sente usado? – Perguntei seriamente.
Ele passou o polegar pelos meus lábios, os olhos fixos neles. Depois me deu um beijo suave:
- Não.
- Enfim, não posso fingir que não estive quatro anos com Colin, porque eu estive. Passamos por muitas coisas juntos.
- Confesso que me apego a isso.
- Quais as chances de ele aceitar o seu relacionamento com um homem que não é da mesma condição social que a sua?
- Zero... – Me ouvi falando, sentindo o coração doer.
Ele pegou meu queixo e fez-me encará-lo novamente:
- Não fale isso ou posso sequestrá-la e nunca mais a deixar sair daqui.
- Eu sempre fiz tudo que eles mandaram... Aceitei Colin muito mais porque sabia que era do gosto da família do que do meu. Eu não me arrependo de nada do que houve entre nós, Charles. E não sei o que você pensa sobre tudo que aconteceu nestes dois dias, mas sinto que não consigo mais viver sem você. É como se estivéssemos juntos a minha vida inteira. E se precisar jogar tudo para o alto, eu farei isso.
- Eu não aceitaria que abrisse mão de nada por minha causa.
Olhei no fundo dos olhos dele e disse:
- Eu estou completamente apaixonada por você, Charles.
- Que porra! Porra, porra, mil vezes porra!
- O que... Houve? – Perguntei, assustada.
- Está amanhecendo, garotinha!
Observei os primeiros raios de sol querendo ultrapassar as nuvens. A lua ainda estava no céu, junto das estrelas. Deixei a lágrima grossa escorrer pelo meu rosto e disse:
- Isso não acaba aqui, Charles.
- Não mesmo, meu amor! Isso não acaba... Nunca mais. Foi forte e intenso demais para terminar.
Amo você! Pensei enquanto aspirava o aroma vindo o corpo dele, sentindo os dedos suaves e doces nos meus cabelos embaraçados e sem brilho.
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