Gemi alto e tentei me concentrar para não gozar. Não sabia qual era a brincadeira, mas era difícil de cumprir a regra.
- Posso gozar?
- Mas... Eu nem comecei. Mudando as regras do jogo, garotinha! Você vai gozar três vezes. Agora... Quando eu enfiar minha língua na sua boceta gostosa... E depois com meu pau dentro de você.
Sim, eu gozei só com as palavras safadas dele e seu dedo na minha boceta, sobre a calcinha. Arqueei o corpo trêmulo, sentindo cada centímetro do meu dele contrair-se de prazer.
- “El cantante”... Você está acabando comigo. – Confessei, ofegante.
Ele sorriu e desceu até a renda da minha calcinha, lambendo minha extensão sob o tecido. Peguei a tequila que estava ao meu lado e bebi, deixando o líquido escorrer pela minha boca.
Charles abriu minhas pernas e a visão que eu tinha quando olhava para frente era simplesmente esplêndida: um par de olhos verdes me encarando enquanto a língua explorava cada centímetro da minha intimidade.
- Tira esta porra logo! – Gritei, ansiosa, sentindo uma leve tontura da tequila fazendo efeito.
Charles sorriu e rasgou a calcinha, jogando longe. A partir daí, sua língua trabalhou perfeitamente em mim e recebi autorização para gozar pela segunda vez.
Meu coração batia violentamente e eu sentia que o ar podia faltar nos meus pulmões. Percebi que ele pegou uma embalagem de preservativo e abriu, colocando-o habilidosamente:
- Ouvi dizer que você gosta de chocolate, garotinha...
Levantei o corpo, sentando novamente sobre a mesa, sentindo o aroma de chocolate exalando da camisinha.
- Chocolate era meu alimento preferido... – falei calmamente – Até conhecer o seu corpo... – Olhei na direção do seu pau ereto, esperando pela minha boca.
- Quando você começou a namorar com ele? – Charles perguntou, curioso.
Me remexi no colo dele, ouvindo o som do estalar da poltrona, sabendo que era hora de contar um pouco sobre meu passado e presente.
Estávamos na sacada. Eu sobre o colo dele, que amparava meu corpo no seu, abraçando-me. Uma colcha fina cobria nossos corpos nus e perfumados depois de um banho com muito sabonete. Minha cabeça descansava em seu ombro enquanto meus olhos fitavam a escuridão do mar à nossa frente. Havia embalagens de chocolate e garrafas de cerveja espalhadas pelo chão.
- Começamos a namorar quando eu tinha 14 anos.
- Quatorze? – ele ficou impressionado. – Mas... Era muito jovem.
- Falou o homem que engravidou uma menina aos 16.
- Mas eu não venho de uma família como a sua...
- Isso não justifica.
- Seu pai aceitou?
- Meu pai e o dele eram melhores amigos. Eu conhecia Colin... Mas ele havia ficado alguns anos estudando no exterior. Quando voltou, nos reencontramos... Então...
- Você gostava dele antes de ter partido para estudar?
- Não. Mas se disser que nunca gostei dele, estaria mentindo. Por isso dói tanto... Porque ele era bom comigo. Sempre pareceu me amar de verdade.
- E você o amava? Ainda o ama?
- Acha que se eu o amasse estaria aqui com você neste momento, Charles? – Levantei a cabeça na sua direção, encarando-o.
- Foi tudo muito rápido entre nós... E talvez... Esteja me usando para se vingar dele.
Eu gargalhei:
- Você se sente usado? – Perguntei seriamente.
Ele passou o polegar pelos meus lábios, os olhos fixos neles. Depois me deu um beijo suave:
- Não.
- Enfim, não posso fingir que não estive quatro anos com Colin, porque eu estive. Passamos por muitas coisas juntos.
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