Resumo de Onde ele está? (II) – Capítulo essencial de Lembranças das noites quentes de verão por Roseanautora
O capítulo Onde ele está? (II) é um dos momentos mais intensos da obra Lembranças das noites quentes de verão, escrita por Roseanautora. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
O restante da semana eu me dividi entre a faculdade, fugir de Colin e tentar encontrar meu cantor na internet.
Charles tinha algumas fotos, uns poucos vídeos gravados por fãs... Mas nada além do Cálice Efervescente. Não tinha rede social ou perfil pessoal. O que eu queria? Encontrar o endereço e telefone dele num acesso mundial? A parte boa é que descobri que na quinta-feira o Cálice Efervescente abria.
E até quinta eu não vivi... Sobrevivi.
Recusei o motorista naquele dia e fui para faculdade no meu próprio carro. E não assisti a aula da noite. Fui para o bar de beira de estrada, com o nome escrito em letras neon.
Assim que estacionei meu carro na frente, chamando a atenção de todos que estavam próximos, meu coração acelerou.
Tentei fingir naturalidade e não me preocupei com os olhares curiosos da mulher saindo da Ferrari num bairro suburbano. Saber que eu veria o amor da minha vida fazia com que nada mais tivesse importância naquele momento.
Entrei no bar, sentindo o aroma já não mais tão estranho, de certa forma até familiar. Fui diretamente até o palco e não havia nenhum instrumento ali. Confusa, me dirigi até o bar, tentando identificar o barman que havia emprestado a casa para nós naquela noite.
- Sabrina?
Olhei para o homem claro, alto, de olhos mel, que sorria para mim. Sim, era um dos barman’s.
- Oi... Sou eu.
- Charles pediu para lhe entregar uma coisa.
Ouvir o nome dele me fazia acreditar que não havia sido um sonho e que ele realmente existia.
Enquanto o homem andava e eu o seguia, perguntei:
- Onde ele está? Não vai tocar hoje?
- Não... Ele foi demitido. Não toca mais no Cálice Efervescente.
Parei, sentindo meu coração bater descompassadamente e o chão como se estivesse abrindo naquele momento, me engolindo.
- Como assim demitido? – Gritei, para ser ouvida.
- Ele discutiu com o dono.
Fiquei muda, sem conseguir pronunciar uma palavra sequer. Ele me entregou um papel dobrado:
- Guardei... Ele tinha certeza que você viria.
- Sim, mas... Por que ele não veio? Tudo bem que não toca mais, mas poderia...
Enquanto ele me olhava eu percebi que de nada adiantava questioná-lo. Balancei a cabeça e sorri:
- Obrigada.
O homem que não acreditava no amor, na relação a dois e nem na fidelidade está de joelhos: amando, prestes a viver eternamente ao lado de uma só pessoa e certo de que jamais irá “foder” outra mulher a não ser você. Talvez você esteja contando os dias, as horas, os minutos ou os segundos de tudo. Eu só fico a me questionar: é possível enlouquecer por uma mulher em tão pouco tempo? E a resposta é sim. Aguardo ansiosamente sua ligação.”
Sorri, sentindo uma lágrima molhar o papel. Peguei meu celular e digitei o número que ele deixou. Meu coração parecia que explodiria dentro de mim.
A chamada caiu direto na caixa de mensagens.
Frustrada, tentei inúmeras vezes, sem resultado. Pus o bilhete dobrado dentro da capa do aparelho celular e fui para o carro.
Assim que girei a chave, observei a noite limpa e clara, sem nuvens. Tinha tantas estrelas no céu que parecia a praia onde estive com ele.
Sorri e dirigi para lá. Era como se estar naquele lugar o trouxesse para mais perto de mim. E eu precisava senti-lo ou morreria.
Enquanto guiava o carro pela autoestrada quase deserta, abri a bolsa e retirei a carteira de dentro, pegando a concha que Charles me deu. Beijei-a e pus no bolso do blazer.
Parecia que de moto era mais perto o trajeto. Ou estar sozinha fazia parecer mais longe.
Eu já disse que sempre segui limites de velocidade e placas sinalizadoras? Naquela noite não era o caso. Eu queria chegar depressa na “nossa casa”, sentir meus pés afundando na areia e ouvir o barulho do mar. Queria estar olhando a estrela mais brilhante quando ouvisse a voz dele do outro lado da linha.
Olhei o limite de velocidade:
- Sabrina, você está passando dos 120 km/h. O que seu pai diria disso? – Comecei a rir sozinha, enquanto minha mão tentava alcançar o celular na bolsa.
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