Resumo de A primeira refeição em família (II) – Uma virada em Lembranças das noites quentes de verão de Roseanautora
A primeira refeição em família (II) mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Lembranças das noites quentes de verão, escrito por Roseanautora. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Dizendo isso, Jordan Rockfeller saiu, deixando o aroma de seu perfume forte e imponente no ar.
- Sabrina, você precisa parar com esta rebeldia contra seu pai.
- Mãe, ele me trata como uma criança.
- Queremos o seu bem, Sabrina. Amamos você.
- Não... Ele não me ama. Ele mesmo confessou que ama a outra Sabrina. E ela não existe mais. Eu cresci...
- Não há dúvidas de que o homem é mais velho do que você... Embora não pudemos ver direito o rosto dele.
- Até você está metida nisto, mãe?
- Não vou deixar um qualquer tomar minha filha. Tivemos muito trabalho para criar vocês. E seu pai sempre deixou bem claro que jamais poderiam se envolver com alguém que não fosse do nosso nível social. Será que não entendem que qualquer um que se aproxima de vocês e que não tem condições financeiras quer algo em troca? Não podem aceitar serem usadas desta forma.
- Mamãe, o que você acha pior: se envolver com um homem que não tenha o mesmo nível social nosso... Ou com o noivo da irmã? – Perguntei, olhando na direção de Mariane.
Mariane levantou, jogando o guardanapo em tecido brilhoso sobre a mesa, em cima do jornal de nosso pai:
- Estou farta. Já pedi desculpas... Não posso fazer mais que isso.
- Mariane... Estou feliz por você. – Disse minha mãe.
- Feliz por ela? Por quê? – Perguntei, estufada.
- Sua irmã ganhou o próprio espaço dentro da J.R Recording e oficialmente receberá os próprios artistas para gerenciar. – Minha mãe disse, orgulhosa.
Olhei na direção dela, que usava um vestido com corte reto e clássico e um blazer da mesma cor. Sapatos pretos com solado vermelho embelezavam e davam vida ao look, que foi completado com um batom vermelho e argolas em ouro, de tamanho médio. Sim, ela estava com cara de empresária da J.R Recording.
Mariane Rockfeller podia ser empresária de artistas... Eu tinha que ser a porra de uma advogada, porque meu pai decidiu assim, sendo que nunca perguntou o que eu realmente queria fazer.
Levantei e joguei meu guardanapo sobre a mesa. Eu estava farta de tudo. Era hora de dar a virada. E viver a minha vida.
Saí, encontrando Min no meio do caminho. Dei um beijo carinhoso nela.
- Onde vai, menina?
- Concretizar minhas decisões, Min.
- Não faça besteiras, querida.
- Não se preocupe.
Fui até o carro, onde o motorista me esperava. Sentei no banco traseiro e peguei meu celular novo na bolsa, com número atualizado, todas as informações anteriores perdidas, pois não salvava na nuvem.
- Para onde, senhorita Rockfeller?
- Faculdade, por favor.
Enquanto ele dirigia, eu comecei a printar as poucas fotos que encontrei de Charles na internet. Não havia nenhuma informação sobre ele que me ajudasse a encontrá-lo.
- Me diga uma coisa... O que faz uma pessoa que quer ser famosa e reconhecida nacionalmente não ter rede social e ser quase um fantasma na internet?
O motorista, e atualmente meu segurança, olhou pelo retrovisor:
- Está falando comigo, senhorita?
- Sim, com você.
- Bem... A senhorita não tem uma rede social.
- Meu pai não deixa.
- Talvez... Alguém não o deixe. Ou... A pessoa tenha medo de alguma coisa... Ou tente esconder-se de algo... Ou alguém.
Arqueei a sobrancelha, olhando a imagem perfeita do meu “el cantante” na tela do meu celular.
- O que você tenta esconder, meu amor?
- Falou comigo, senhorita?
- Não... Estou falando sozinha.
Assim que ele estacionou dentro das dependências da faculdade de Direito de Noriah Norte, a mais conceituada do país, desci. Antes que desse um passo, o motorista estava ao meu lado:
- Estarei na sua casa pontualmente às 18 horas.
- E eu vou esperá-lo, Colin.
- Obrigado, Sabrina... Obrigado por me atender... E... Me deixar falar com você.
Desliguei, sem dar resposta. Sim, era hora de finalizar aquilo para sempre.
No meio da tarde, a gargantilha ficou pronta. Gostei do resultado quando a vi no meu pescoço: delicada e diferente. Havia mandado pôr nossas iniciais no fecho, escritas no ouro.
- Ficou linda! – Disse a atendente da joalheria.
- Também achei... – Falei ao tocar a concha adornando meu pescoço, sentindo Charles mais perto de mim.
Assim que cheguei em casa, tomei um banho e arrumei-me para esperar Colin Monaghan. Chamei inclusive meu cabelereiro, que merecia, por espalhar para boa parte da sociedade de Noriah Norte que Colin tinha pinto pequeno.
Antes das dezoito horas, mirei-me no espelho e vi que estava ótima.
Desci as escadas lenta e elegantemente. Ele estava na sala principal, bebendo com meu pai. Levantou quando percebeu minha presença.
Quando ficamos frente a frente, eu não senti nada além de raiva. Mas mesmo este sentimento era menos intenso do que eu esperava sentir. Imaginei que quando o visse, depois de tudo que houve, teria vontade de arrancar a cabeça dele fora. Mas não...
O que vi foi um homem bonito, magro, com olhos fundos e semblante entristecido. Os últimos dias pareciam ter sido péssimos para ele.
- Sabrina... Você está linda. – Ele veio na minha direção e pegou minha mão, dando um beijo no dorso dela.
- Não posso dizer o mesmo de você, Colin. – Fui sincera.
- É... O que a falta de você faz comigo.
Sorri gentilmente e disse:
- Será que poderíamos conversar na outra sala... Sozinhos?
- Claro... Fiquem à vontade, minha filha. – Disse meu pai, sorrindo feliz, certamente imaginando que iríamos reatar nosso relacionamento.
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