Resumo de Colin e Sabrina (II) – Lembranças das noites quentes de verão por Roseanautora
Em Colin e Sabrina (II), um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Lembranças das noites quentes de verão, escrito por Roseanautora, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Lembranças das noites quentes de verão.
- Não é sobre perdão, Colin. É sobre não haver mais casamento... Nunca mais.
- Isso não pode, entende? Eu me arrependi. Eu pedi desculpas... Me diga qualquer coisa que queira que eu faça e juro que farei.
- Quero que pare de me ligar. E me deixe em paz.
- Sabrina...
- Eu estou apaixonada por outra pessoa, Colin. – Me ouvi falando.
- Apaixonada por outra pessoa? Como assim? Isso não é possível.
- Sim, é possível, Colin. Acabou.
Dizendo isso eu deixei a sala, fechando a porta e subindo para o meu quarto.
Sentia-me um pouco tonta e por isso deitei na cama, imediatamente, enquanto via o teto rodar. Não sei porque, mas tinha um sorriso bobo nos meus lábios.
- Ele é um idiota!
Fiquei ali um tempo, esperando que tudo girasse mais devagar para eu conseguir levantar. Ouvi uma batida na porta e vi duas Min-Ji na minha frente.
- Min... Você duplicou?
- Não... Você bebeu algo muito forte. Eu trouxe um chá. – Ela ajudou-me a sentar na cama, recostando-me sobre a cabeceira.
- Não é tontura da bebida... É estranho... Diferente.
Bebi o chá quente, sem açúcar.
- O senhor Monaghan vai ficar para o jantar. – Ela disse.
- Então retire meu lugar à mesa, por favor.
- Já retirei. Imaginei que diria isso. Expliquei que não se sentia bem.
- E... Minha irmã?
- Alegou indisposição e enxaqueca. Sua mãe recebeu uma ligação de uma amiga e saiu. Então será seu pai e seu ex noivo no jantar.
- Posso apostar que minha mãe mandou alguém ligar para ela.
- Eu também. – Min sorriu.
- Pode me dar um analgésico? – pedi.
- Claro. Vou buscar.
Ela foi até o closet e voltou com dois comprimidos. Engoli com o restante do chá.
As próximas quatro semanas que passaram eu fui para a faculdade todos os dias. Porém não assisti as aulas, pois nem matriculada estava mais.
Claro que eu contaria ao meu pai. Isso se não tivesse dado um grande problema com a J.R Recording, onde um grande astro do pop processava meu pai e exigia o rompimento do contrato de gerenciamento de carreira. A questão envolveu também os Monaghan. Isso me deixou um pouco tranquila e me sentindo menos vigiada.
Ao final da quarta semana, J.R precisaria viajar para encontrar o tal artista, a fim de chegarem a uma trégua e os nomes de ambos sairem da imprensa.
Aproveitei a viagem dele e na noite de sexta-feira pedi para o motorista fazer o trajeto do Cálice Efervescente.
Me senti uma prisioneira nas últimas semanas e assim que achei que estava segura, decidi procurar o amigo de Charles e pegar qualquer informação nova. Sabia que certamente ele havia passado pelo bar. O amigo que emprestou a casa para nós deveria ter o número novo dele.
Quando o motorista estacionou na frente do bar, não havia nenhum carro próximo. E as letras em neon estavam apagadas. Desci e ele veio atrás de mim:
- Senhorita, sinceramente, não quero confusão com o seu pai. Eu preciso deste emprego.
- Se precisa deste emprego, venha comigo e seja cego, surdo e mudo. Porque só eu posso mantê-lo nesta função e sabe muito bem disto. – Falei, sem me preocupar muito.
A porta do Cálice Efervescente estava com várias fitas adesivas amarelas coladas.
- Acho que alguém morreu aqui. – Falei, assustada.
- O local está restrito. Não pode ser acessado.
Tentei encontrar alguma placa ou aviso escrito, mas não havia nada.
Me dirigi à lanchonete onde a atendente não costumava ser muito simpática. A parte boa é que tinha mais pessoas frequentando o lugar do que da última vez que estive ali. Talvez isso a deixasse um pouco mais sorridente e feliz.
- Oi... – Falei, vendo o segurança quase grudado do meu lado.
- O que quer? – Ela levantou os olhos do celular, me encarando.
- Quero... – olhei para o cardápio que estava exposto na parede – Quero um milk shake de chocolate com calda dupla...
- Senhorita Rockfeller... O que houve? Posso ajudá-la de alguma forma?
- Não... Infelizmente não pode. Está tudo perdido... Tudo. Eu nunca mais vou vê-lo de novo, entende? Porque o mundo todo decidiu que tudo, absolutamente tudo daria errado para nós dois.
Doía tanto dentro de mim que não lembro de ter sentido aquilo antes. Tentei tantas vezes ser forte e não desistir, mas agora parece que era o fim da linha.
O motorista sentou ao meu lado e me ofereceu lenços de papel, que aceitei. Fiquei ali, chorando ao lado dele, que ficou em silêncio, só me protegendo da forma que podia, enquanto eu me debulhava em lágrimas.
Depois de chorar tudo que pude, levantei e pedi para ele me levar de volta para casa.
Assim que cheguei, com os olhos inchados e doloridos, louca pela minha cama, vi meu pai sentado na sala principal, bebendo uísque.
- Pai... Boa noite. – Falei, surpresa ao vê-lo àquela hora em casa, sendo que deveria estar viajando.
- Eu estava esperando por você, Sabrina.
- O que eu fiz agora?
Senti meu coração acelerar e uma leve moleza nas pernas.
- Por que você cancelou a matrícula na faculdade?
Respirei fundo e senti um forte enjoo. Me veio à mente o milk shake a as unhas malfeitas da mulher, roídas nas pontas... O dinheiro passando de mão em mão... O chocolate...
- Pai... Eu achei que você estivesse viajando.
- E eu que você estava na faculdade de Direito, a qual eu pago.
- Eu não quero mais fazer Direito.
- E vai fazer o que, afinal?
- Eu... Não sei... Não tenho certeza ainda. Talvez Matemática. Eu só sei que Direito eu não quero. – Enfim, confessei.
- Quem é o homem que está por trás disso tudo? Vai me falar ou me fazer dar-lhe outro castigo, minha filha?
- Estou farta... Cansada... Não aguento mais.
- Quem é ele? – J.R pegou meus pulsos com força e senti tudo girar, meu corpo desabando vagarosamente, sem que eu conseguisse mantê-lo de pé.
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