Resumo do capítulo Melody (II) de Lembranças das noites quentes de verão
Neste capítulo de destaque do romance Romance Lembranças das noites quentes de verão, Roseanautora apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
Suspirei e esperei.
Ouvimos batidas leve na porta e duas enfermeiras entraram:
- Com licença. Vamos levar a futura mamãe até a sala para a ultrassonografia.
Sentei imediatamente na cadeira de rodas, antes que elas me ajudassem. Tudo que eu queria era sair correndo dali.
- Quem gostaria de acompanhá-la? – uma delas perguntou, com um sorriso no rosto. – Caso queiram ir os três, o doutor pode trocar a sala, por uma maior.
Olhei na direção deles e ninguém se manifestou. J.R olhava para a janela, sem expressão. Calissa seguia com o telefone na mão, sem dizer nada. Mariane já estava sentada novamente, indecisa sobre ir ou ficar desde que havia chegado.
- Eu... Vou sozinha. – Falei, quebrando o silêncio constrangedor.
Limpei as lágrimas e deixei que uma delas me conduzisse pelo corredor completamente branco e limpo, quase como se estivesse chegando ao céu.
Quando entrei na sala, elas me ajudaram a deitar na maca e passaram um gel sobre a minha barriga. Estava gelado. Eu ainda não conseguia parar de chorar e não sabia se era pela verdade que eu havia contado ou por saber que estava grávida. Sequer tinha chegado à conclusão se era bom ou ruim o que estava acontecendo comigo.
A sala ficou à meia-luz e um médico entrou:
- Bom dia, senhorita Rockfeller. Vou fazer sua ecografia e também serei o seu obstetra, caso não se importe e ainda não tenha alguém em mente.
- Não tenho ninguém em mente, doutor.
Ele sorriu e sentou-se de frente ao equipamento:
- Será um prazer atendê-la.
- Obrigada. – Limpei as lágrimas.
- É normal se emocionar assim – ele tentou me tranquilizar – Além das tonturas, enjoos, você realmente fica mais emotiva. Então chorar não é incomum. E todas as pacientes dizem que a primeira ecografia é a mais interessante.
Olhei na tela, que estava completamente nítida em função da quase escuridão. Assim que ele pôs o aparelho no meu ventre, vi o feto tão pequenino que certamente cabia na palma da minha mão.
- Este é o coração – mostrou-me com uma pequena seta na tela – Pernas e braços começando a despontar. Estamos certamente na sexta semana de gestação.
Exatamente naquele momento, eu conheci o meu amor verdadeiro. E sabia que seria capaz de qualquer coisa por aquele serzinho que começava a se formar dentro de mim.
- Vamos ouvir o coração?
- É possível?
- Sim, é possível. – Ele sorriu e me mostrou os batimentos, fortes e intensos.
“É assim que eu fico quando penso no seu pai, bebê.” Foi o que passou pela minha cabeça.
Eu já estava completamente apaixonada por aquela criança; o meu bebê.
Fechei os olhos e fiquei ouvindo a melodia própria que ele produzia, seu som único, tocando exclusivamente para mim.
- Vai ser uma menina. – Falei imediatamente, quando abri os olhos novamente.
Ele riu:
- Em duas semanas é possível fazer um exame de sexagem fetal. Então poderá saber se é menino ou menina. O certo é que não são dois.
- Melody... – Falei, com a voz fraca, sorrindo em meio às lágrimas.
O médico arqueou a sobrancelha, confuso.
Fui até o balcão e a atendente disse:
- A senhorita está liberada. Se quiser, podemos já deixar marcada sua próxima consulta.
- Eu...
- Sabrina?
Eu não precisei virar, pois sabia quem era. Reconhecia aquela voz, ouvida por quatro longos anos.
Senti um frio na barriga e meu coração acelerar. O que ele estava fazendo ali?
- Quer deixar marcado? – A atendente repetiu a pergunta.
- Não... Eu marco depois.
Virei e encarei Colin. Vestia uma calça caqui com camisa gola polo branca. Um look esportivo com social, típico dele: “em cima do muro”.
- O que está fazendo aqui?
- Eu falei com seu pai.
- Ainda assim não entendo sua presença.
- Ele... – Colin olhou para os lados e percebeu algumas pessoas, então pegou levemente meu braço, me conduzindo pela recepção – Que acha de tomarmos um café?
Logicamente eu diria não. Mas quando ele mencionou a palavra “café”, meu estômago deu sinal de vida, implorando por comida.
- Eu aceito. – Sim, pela comida.
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