Lembranças das noites quentes de verão romance Capítulo 61

Resumo de Preciso de ajuda: Lembranças das noites quentes de verão

Resumo de Preciso de ajuda – Lembranças das noites quentes de verão por Roseanautora

Em Preciso de ajuda, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Lembranças das noites quentes de verão, escrito por Roseanautora, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Lembranças das noites quentes de verão.

- Eu preciso pegar uma coisa... E não foi você quem me deu. – Falei.

- Diga o que é e Min-ji buscará para você.

Olhei-o firmemente, as lágrimas contidas, a dor queimando meu peito, extravasando na minha alma.

Me dei em conta de que Min-ji estava próxima, as mãos para frente, entrelaçadas, observando tudo. Sorri na direção dela, sabendo que a dor que a governanta sentia era talvez a mesma da minha mãe.

- O que quer que eu pegue, senhorita Sabrina? – Ela perguntou com a voz baixa.

- A jaqueta preta de couro.

- Sei qual é. – Ela disse subindo imediatamente.

Fiquei ali, parada. Minha mãe aproximou-se e deu-me um beijo. Olhei o cordão no chão, sabendo que certamente ninguém juntaria. Iria para o lixo, junto com todas as minhas coisas. Ninguém precisava de nada meu... Tudo era para me ferir, me magoar, acabar comigo.

Ainda assim, eu não tiraria a minha filha. Toquei meu ventre e sorri, tentando não passar a dor que sentia naquele momento para ela.

Min-ji desceu com a jaqueta nas mãos e meu pai disse:

- Acompanhe-a até a porta, Min-ji.

- Sim... Senhor... – A voz dela falhou e pude ver os olhos marejados.

- Eu vou ficar bem... – Garanti, olhando para minha mãe.

Virei as costas, na certeza de que jamais seria capaz de perdoar Jordan Rockfeller, meu pai, pelo que estava fazendo para mim e minha filha.

Quando cheguei na porta, Min-ji entregou-me a jaqueta e abraçou-me com força:

- Pus dinheiro no bolso da jaqueta... – Cochichou no meu ouvido.

Tentei contestar, mas ela pôs o dedo na minha boca:

- Não diga nada...

- Obrigada por tudo, Min-ji.

- Tem... O endereço dos meus filhos em Noriah Sul. Está no bolso. Compre uma passagem e vá para lá. Eles poderão ajudá-la.

- Obrigada. – Falei novamente, certa de que não precisaria da ajuda dos filhos dela, que moravam em outro país.

Fui andando pela estrada que levava até a o portão principal, que era uma das entradas da propriedade. Eu nunca havia pisado os pés ali. Só havia passado de carro. Nunca me dei em conta do tamanho das árvores e das flores silvestres que nasciam sem serem plantadas. A natureza era perfeita... E a vida também. Eu ficaria bem, assim como minha filha. Encontraríamos Charles e tudo daria certo.

Assim que passei o portão de ferro, me deparei com a estrada quase deserta. O sol estava quente e minha pele começou a arder. Não havia sequer protetor para passar. Nos mais de trinta graus, pus a jaqueta, para proteger meus ombros e braços dos raios solares.

Fui andando sem rumo, sem saber o que fazer exatamente. A única certeza que eu tinha era de que precisava chegar na praia.

Não tinha um celular para chamar um táxi. Andava pela lateral, esperando um carro passar para pedir uma carona.

Pus a mão no bolso e tinha um maço de dinheiro enrolado. Não era muito, mas para quem não tinha nada, quase um tesouro. Min-ji era inteligente, gentil e bondosa. E me amava, assim como eu a estimava. Junto havia um bilhete escrito às pressas, com um número de telefone e endereço dos filhos.

Não, eu não iria para Noriah Sul. Meu destino era partir com Charles, para qualquer lugar. Ele me protegeria... E também à nossa filha.

- Eu sei que você é uma menina. – Toquei minha barriga, sorrindo em meio à decepção e tristeza de tudo que estava acontecendo.

Eu não estava sozinha. Tinha aquela pessoinha se formando e crescendo dentro de mim. Não importava o que acontecesse, eu jamais ficaria sozinha novamente.

- Senhor, eu preciso chegar ao meu destino. – Falei.

- Eu avisei que o carro estava ruim.

- Mas... Eu tenho que chegar na praia... É urgente. Chame outro táxi para mim, por favor.

- Precisa me ajudar a tirar o carro do meio da pista. Vamos empurrá-lo para a lateral.

Arqueei a sobrancelha, confusa:

- Isso... É brincadeira?

- Claro que não. Eu não consigo sozinho.

- Eu... Não posso. Estou grávida.

Ele respirou fundo, bravo, pouco se importando:

- Então pegue o volante. Vou empurrar e você põe o carro no acostamento.

Aquela proposta era melhor do que eu empurrar o carro. Aquele homem devia ser louco. Ninguém conseguia mover um carro estragado do lugar, a não ser um caminhão guincho.

Abri a porta e me dirigi para o banco do motorista. Girei a chave e o carro não ligou. Olhei para o lado e percebi que tinha marchas manuais e três pedais. Para que servia o terceiro pedal? Como fazer?

Antes que eu perguntasse, um carro parou e dois homens desceram, ajudando o motorista a empurrar. Não sei se eles eram muito fortes, mas conseguiram fazer aquela coisa andar, movendo toneladas de ferro com seus próprios corpos. Só que rápido demais. Fiquei nervosa e em vez de pôr para o lado, como o homem havia pedido, segui reto e o carro começou a ir rápido demais.

Oscilava entre ligar o motor e parar e eu pisei no pedal do meio, que achei que era o freio, mas não funcionou. Comecei a gritar, não tendo ideia de como parar aquela coisa.

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