Resumo do capítulo Dezoito anos de lembranças de Lembranças das noites quentes de verão
Neste capítulo de destaque do romance Romance Lembranças das noites quentes de verão, Roseanautora apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
- Preciso de você, Colin.
- O que houve? Onde você está? De quem é este número?
- Vou passar minha localização. Pode vir até aqui?
- Estou indo imediatamente.
- E... Poderia pagar o taxista que me trouxe?
- Peça que ele me envie os dados pelo telefone. E que aguarde com você até eu chegar.
- Ok... Obrigada.
Desliguei e entreguei o celular ao homem:
- Poderia... Aguardar comigo até que ele chegue? E... Pode passar os dados que sua corrida será paga. Para o número que liguei, por favor.
- Claro que aguardarei, senhorita.
Levantei e me dirigi para a varanda. Fiquei ali, sozinha, esperando até que Colin chegasse. Já não tinha mais esperanças de reencontrar Charles.
Quando vi o carro de Colin, me senti mais tranquila. Ele era alguém que eu conhecia e tinha intimidade. Já estava destruída e nervosa demais para enfrentar qualquer outra coisa.
Colin ignorou o motorista e veio na minha direção. Assim que o vi, fui até ele e o abracei, sendo correspondida.
- O que houve, meu amor? Você está bem? Fizeram algo com você? – Ele pegou meu rosto entre suas mãos.
- Poderia... Pagar o taxista? – Pedi.
Ele largou-me e andou alguns passos em direção ao homem. Abriu a carteira e retirou várias notas de dentro, entregando-lhe:
- A corrida está paga, inclusive a sua volta. E isto é por ter ficado com ela.
- Não precisava, senhor... – o homem olhou o tanto de dinheiro nas mãos – Obrigado.
Quisera eu ter aquela quantia que Colin dava pelo homem ter me acompanhado. Poderia ter proposto de ficar sozinha e receber o dinheiro.
O taxista se foi e ficou somente eu e Colin ali, na varanda. A noite já havia chegado e o ar vindo da praia estava fresco.
- O que você está fazendo aqui, Sabrina?
- Colin, meu pai me pôs para fora de casa.
- Como assim? E quem mora aqui?
- Eu... Vim atrás do pai do meu bebê.
- O quê? Ele mora aqui?
- Não... Mas também não vou lhe explicar tudo, porque é uma longa história.
- Mas Jordan agiu assim por impulso. Vamos voltar... Vou levá-la de volta e tudo ficará bem. Vou explicar que reatamos e...
Peguei as mãos dele e encarei-o:
- Colin, não reatamos. Eu chamei você... Porque era o único número que eu sabia, além do meu pai. Estou sem celular, sem dinheiro, só com a roupa do corpo. Meu pai não me deixou levar nada de dentro de casa, sequer minhas coisas.
- Sabrina, pense melhor... Eu amo você. E jamais me perdoarei pelo erro que cometi. Se pudesse voltar no tempo... Juro que não faria. Você sempre foi tudo para mim... O meu primeiro e único amor.
- Colin, eu estou apaixonada por outro homem.
- Sabrina, faz pouco mais de dois meses que rompemos. E você ficou grávida de outro. Entende que... Eu não sou o único errado nesta história?
- Não posso permitir que se vá... Você é o que eu tenho de mais precioso, Sabrina.
Toquei o rosto dele e depois o abracei. Senti seu perfume que há tempos atrás me agradava tanto... E agora ainda tinha aroma de “casa”.
- Colin, foram quatro anos importantes para mim. Você me ensinou a beijar... A fazer sexo... – sorri – Experimentamos tantas coisas juntos... Viagens, conhecemos lugares, provamos comidas. Brigamos tão poucas vezes. E talvez por isso eu tenha me decepcionado tanto com o que você fez. Só que não há volta. Eu não o perdoo... E não sei se algum dia vou conseguir olhar para você sem pensar no que fez. Mas ainda assim não sinto ódio. Porque eu gosto de você, entende?
- Não... Eu não entendo.
Suspirei e me afastei:
- Precisa me ajudar. Eu não tenho a quem recorrer.
- Sabrina, me deixe assumir a paternidade desta criança. Vamos criar este bebê juntos e tentarmos ser felizes, como você mesma disse que éramos.
- Meu pai exigiu que eu tirasse o bebê para voltar para casa – toquei meu ventre – Não tem ideia do quanto eu amo este serzinho. Criei uma conexão com ela imediata, desde que a vi pela primeira vez. Não vou desistir dela... Nem do pai. Vim encontrá-lo, mas deu tudo errado. E eu nem sei como explicar-lhe, porque você pensaria que é loucura.
- Mas... É tudo uma loucura. Você me chama no meio da noite... Está numa casa sozinha, no meio do nada. Me diz que ama outro homem... E quer que eu a ajude a ir embora do país. Como eu poderia deixá-la partir, se você é tudo que eu tenho?
- Colin, se me ama tanto quanto diz... Me ajude a deixar Noriah Norte.
- Por que Noriah Sul? Eu... Não entendo.
- É o único lugar que me ofereceram abrigo. Eu... Não tenho outra opção.
- Tem a mim...
- Eu não quero, Colin. Eu preciso seguir em frente... Sozinha.
- E o pai da criança?
- Neste momento eu só estou preocupada com a gestação. Preciso ficar tranquila e acolhida. Por meu pai, eu estaria na rua esta hora. Ele pouco se importou se eu teria o que comer ou onde dormir... Sabendo que carregava um filho dentro de mim... – Senti as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.
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