- Preciso de você, Colin.
- O que houve? Onde você está? De quem é este número?
- Vou passar minha localização. Pode vir até aqui?
- Estou indo imediatamente.
- E... Poderia pagar o taxista que me trouxe?
- Peça que ele me envie os dados pelo telefone. E que aguarde com você até eu chegar.
- Ok... Obrigada.
Desliguei e entreguei o celular ao homem:
- Poderia... Aguardar comigo até que ele chegue? E... Pode passar os dados que sua corrida será paga. Para o número que liguei, por favor.
- Claro que aguardarei, senhorita.
Levantei e me dirigi para a varanda. Fiquei ali, sozinha, esperando até que Colin chegasse. Já não tinha mais esperanças de reencontrar Charles.
Quando vi o carro de Colin, me senti mais tranquila. Ele era alguém que eu conhecia e tinha intimidade. Já estava destruída e nervosa demais para enfrentar qualquer outra coisa.
Colin ignorou o motorista e veio na minha direção. Assim que o vi, fui até ele e o abracei, sendo correspondida.
- O que houve, meu amor? Você está bem? Fizeram algo com você? – Ele pegou meu rosto entre suas mãos.
- Poderia... Pagar o taxista? – Pedi.
Ele largou-me e andou alguns passos em direção ao homem. Abriu a carteira e retirou várias notas de dentro, entregando-lhe:
- A corrida está paga, inclusive a sua volta. E isto é por ter ficado com ela.
- Não precisava, senhor... – o homem olhou o tanto de dinheiro nas mãos – Obrigado.
Quisera eu ter aquela quantia que Colin dava pelo homem ter me acompanhado. Poderia ter proposto de ficar sozinha e receber o dinheiro.
O taxista se foi e ficou somente eu e Colin ali, na varanda. A noite já havia chegado e o ar vindo da praia estava fresco.
- O que você está fazendo aqui, Sabrina?
- Colin, meu pai me pôs para fora de casa.
- Como assim? E quem mora aqui?
- Eu... Vim atrás do pai do meu bebê.
- O quê? Ele mora aqui?
- Não... Mas também não vou lhe explicar tudo, porque é uma longa história.
- Mas Jordan agiu assim por impulso. Vamos voltar... Vou levá-la de volta e tudo ficará bem. Vou explicar que reatamos e...
Peguei as mãos dele e encarei-o:
- Colin, não reatamos. Eu chamei você... Porque era o único número que eu sabia, além do meu pai. Estou sem celular, sem dinheiro, só com a roupa do corpo. Meu pai não me deixou levar nada de dentro de casa, sequer minhas coisas.
- Sabrina, pense melhor... Eu amo você. E jamais me perdoarei pelo erro que cometi. Se pudesse voltar no tempo... Juro que não faria. Você sempre foi tudo para mim... O meu primeiro e único amor.
- Colin, eu estou apaixonada por outro homem.
- Sabrina, faz pouco mais de dois meses que rompemos. E você ficou grávida de outro. Entende que... Eu não sou o único errado nesta história?
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