Lembranças das noites quentes de verão romance Capítulo 71

Resumo de Nasce o amor: Lembranças das noites quentes de verão

Resumo de Nasce o amor – Lembranças das noites quentes de verão por Roseanautora

Em Nasce o amor, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Lembranças das noites quentes de verão, escrito por Roseanautora, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Lembranças das noites quentes de verão.

Os meses seguintes foram divididos entre lavagens de louça, passeios à praça com leitura de livros e faculdade. Passei a ocupar meu tempo e com isso, esquecer parte da dor e da saudade do meu passado.

Minha ligação com Melody sempre foi intensa, desde que a vi pela primeira vez, pela tela do aparelho de ultrassom. Eu fui capaz de abrir mão de tudo por ela e agora sabia o que era amor materno. E cheguei a me pegar pensando em como reagiria no lugar de minha mãe, quando J.R mandou-me embora. Teria eu reagido da mesma forma? Sequer tinha minha filha fora do útero e já não imaginava deixá-la partir, sem dinheiro, sem seus pertences, praticamente jogada para fora de casa, grávida.

Naqueles meses, não houve tentativa de aproximação por parte da minha família. Também não tive notícias de Charles. Ele simplesmente desapareceu, embora sua lembrança permanecesse dentro de mim. Não haviam mais fotos na internet, sequer postadas por fãs. Nem tentativas de um encontro através de uma música...

Melody nasceu alguns dias antes da data prevista, de parto normal.

A gravidez, assim como a vinda dela ao mundo, foi tranquila, dentro do possível. Estar na casa de Yuna e Do-Yoon me trouxe uma coisa que há muito eu não tinha: paz.

Jamais imaginei sentir tanta dor como a do nascimento dela. No entanto, assim que a vi sobre meu corpo, ainda com vestígios de sangue, o cordão umbilical ligado ao meu, não tive dúvidas de que minha filha era o que de mais importante existia na vida.

Depois que fui para o quarto, encontrei Do-Yoon e Yuna esperando por nós. Embora não entendessem muito bem o sentido de serem padrinhos, eles se importaram com Melody desde o início e me ajudaram em tudo que puderam. Certamente eu não optaria por batizar minha filha, visto que não frequentava a igreja e não era praticante de nenhuma religião. Yuna me fez perceber que não era necessário seguir esta tradição porque todo mundo fazia. Eu tinha opções e já sabia que seguir protocolos não fazia mais parte da minha vida atual.

Agora eu era Sabrina Rockfeller, porque não podia tirar o sobrenome com o qual nasci. Mas tinha uma filha, uma responsabilidade, um amor maior que tudo: Melody Rockfeller.

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- Você precisa conseguir um trabalho. – Do-Yoon disse enquanto balançava o carrinho, fazendo Melody dormir.

- Eu sei. E preciso começar a procurar imediatamente. A questão é... O que vou fazer com Melody?

- Poderíamos nos revezar. – Yuna sugeriu.

- Como assim? – Arqueei a sobrancelha, curiosa com a ideia dela.

- Eu posso reorganizar meus horários no hospital. E trocar meu turno para noite. Poderia ficar com ela durante o dia.

Se fosse a um tempo atrás eu diria que aquilo era impossível. Mas agora, olhando minha filha adormecida no carrinho, sabia que era necessário ter dinheiro.

- Eu estou em casa durante a noite. – Do-Yoon falou – Então, independente do horário que você conseguisse um trabalho, alguém estaria disponível para Melody.

- Acho que vou transferir o turno da faculdade para noite. Demoraria um tempo a mais para me formar, mas poderia trabalhar durante o dia. A questão é: isso é possível?

- Estudar à noite? Demorar para se formar? – Yuna questionou.

- Me refiro à trabalhar e estudar, concomitantemente.

Os dois riram:

- Sim, é possível – Do-Yoon respondeu – E saiba que muitas pessoas fazem isso.

- Certamente não tem filhos. Porque, pensando bem, eu não teria tempo livre para Melody.

- Teria os finais de semana. – Yuna lembrou.

- E os trabalhos e horários de estudo para as provas da faculdade?

- Pode fazer no intervalo do trabalho.

Suspirei:

No dia seguinte, ligaram para Yuna e fui chamada para uma entrevista. Foi a primeira vez que me candidatei a uma vaga e a dona da loja não escondeu a admiração pelo meu conhecimento em moda. Fui contratada para o primeiro emprego.

Acordei mais cedo que o normal, ansiosa para o primeiro dia. Yuna chegou quando eu e Do-Yoon saíamos.

- Não esqueça a mamadeira no horário – alertei – Ela se acalma e dorme quando canto para ela.

- Sou péssima em cantar.

- Ela não vai saber, não se preocupe. – Sorri, dando mais um beijo na bochecha macia e sensível da minha filha.

- Precisa encontrar logo o pai dela, para que ele assuma a responsabilidade da canção. – Do-Yoon brincou.

Suspirei, sorrindo tristemente. Mal ele sabia que tocar naquele assunto me destruía de uma forma inexplicável. Tudo que eu queria era a voz de Charles cantando para nossa filha dormir. Eu sequer conseguia lembrar com exatidão da música que ele havia feito para mim, pois não tinha mais celular. E inexplicavelmente ela foi apagada das redes pouco tempo depois.

Eu ainda me perguntava se Charles poderia ter achado que eu não apareci naquele dia porque não quis. E se isso passou pela cabeça dele, me entristecia, pois deveria estar magoado comigo, sendo que fiz o impossível para chegar ao meu destino... Mesmo com tudo indo contra. A questão é que cheguei... Mas tarde demais.

Onde estaria meu “el cantante” naquele momento?

Do-Yoon tocou meu ombro, com delicadeza:

- Me desculpe... Não queria fazê-la ir tão longe.

- Às vezes é impossível me manter aqui... Quando tudo que quero é estar no passado, junto dele. – Confessei.

- Você tem um pedaço dele. – Yuna olhou para Melody.

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