Lembranças das noites quentes de verão romance Capítulo 73

Também não dei certo como atendente de lanchonete, nem caixa de supermercado. Yuna voltou para o turno do dia, enquanto eu me lamentava por não ser capaz de fazer nada que pudesse me render dinheiro a fim de sustentar minha filha.

- Eu sou um fracasso. – Falei para Do-Yoon, enquanto me jogava no sofá, triste.

- Não, não é. Vai encontrar algo que consiga fazer.

Yuna estava brava comigo nos últimos dias, certamente achando que eu estava fazendo de propósito, como se não quisesse me firmar num emprego.

Arrumei Melody e disse, enquanto a colocava no carrinho:

- Eu vou dar uma volta com ela na praça.

- Sim, é bom descansar a cabeça um pouco. Você está se cobrando demais, Sabrina.

- Do-Yoon, você não existe! – Abracei-o carinhosamente.

Quando o soltei, percebi que ele estava ruborizado.

- Me desculpe por tocá-lo desta forma... Mas é uma forma de carinho... E agradecimento.

Ele me encarou e em seguida veio na minha direção, colando a boca na minha, tentando um beijo íntimo completamente desajeitado.

Me afastei e disse, confusa:

- Do-Yoon... Eu... Nós não devemos fazer isso.

- Me perdoe, Sabrina. – Percebi o desconforto dele, que abaixou o olhar.

- Está tudo bem... Mas não me sinto confortável fazendo isso na frente de Melody. – Olhei para minha bebê, que sorriu divertidamente quando percebeu que eu a mencionava.

- Perdão....

- Somos amigos. Eu gosto muito de você e serei eternamente grata por tudo que fez e tem feito por mim. Você paga minha faculdade, tenta me ajudar a encontrar emprego... Cuida da minha filha de uma forma doce e gentil...

- Eu não sei o que deu em mim... Juro.

- Não sei se dei a entender que estava interessada em você... Mas não estou. Eu sou completamente apaixonada pelo pai de Melody... Ainda... Mesmo não tendo certeza se o verei novamente. Não sei se algum dia vou conseguir me envolver com outra pessoa. Você é um homem excelente e se pudesse eu gostaria de me apaixonar por você.

- Eu... Gosto de outra pessoa também.

O encarei, confusa.

- Mas... Tentei ver se eu poderia esquecer este sentimento que me consome.

Sentei no sofá, sem pressa em sair, na tentativa de ajudá-lo:

- Quem é ela?

- Uma colega de trabalho.

- Professora também?

- Sim.

- Já tentou... Dar dicas de que tem interesse nela?

- Não consigo... Fico completamente tímido quando estou perto dela. E tem a questão que somos amigos.

- Se é amigo dela, de certa forma não tem tanta timidez... Devem compartilhar coisas. Ela nunca lhe deu dicas de que sente algo por você?

- Não... Nunca.

- Convide-a para sair.

- Já saímos juntos.

- E por que não rolou nada?

- Eu... Não sei exatamente o que fazer.

- Mas você já teve outras namoradas, não é mesmo?

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