Lembranças das noites quentes de verão romance Capítulo 74

- Não mesmo. É uma menina que se acha dona de tudo e todos. E usa do poder da família para conseguir o que quer.

- E o garoto? É namorado dela?

- Vivem uma relação conturbada, mesmo tão jovens. Idas e vindas, relacionamento tóxico. Guilherme Bailey é o tipo de aluno que faz questão de ser reconhecido por seu péssimo comportamento. No entanto, as notas são boas.

- Guilherme Bailey... Eu já corrigi provas dele também. Escreve bons textos... Parece maduro para a idade. Quando eu leio as escritas dele, não parece que o jovem tem 14 anos.

- Ele tem 15. Ficou um ano longe da escola, pois morou com a mãe em outro país. Ela não o matriculou no exterior e o garoto perdeu um ano.

- Que mãe irresponsável.

- Sim... Mas Gui segue tirando notas boas... E tentando fingir que é um péssimo menino.

- Mas não é?

- Não, não é. Mas Rachel é uma menina difícil. Ambos são conhecidos por todos da escola, tanto alunos quanto professores.

- Casal popular. – Afirmei.

- Exato.

- Eu sinto muito por Rachel tê-lo envolvido nisso tudo. Mas ainda acho que deve se declarar para Lianna.

- Jamais eu conseguiria fazer isso.

- Convide-a para jantar... Faça a comida... Vai ser legal, você vai ver.

- Talvez um dia eu crie coragem.

Olhei no relógio:

- Eu vou indo... Quero que Melody pegue um pouco de sol.

- Vá... E me desculpe.

- Vamos esquecer isso, ok?

- Obrigado.

Andei até a praça. Não era tão perto, mas eu já estava acostumada com o trajeto, desde que Melody estava na minha barriga.

O sol estava fraco e a tarde com temperatura agradável, o que fazia com que tivesse bastante crianças usando o playground e famílias fazendo piquenique.

Passei um tempo debaixo de uma árvore frondosa, sentada, conversando com Melody e lendo histórias infantis para ela. Mesmo bebê, ela prestava atenção em tudo e reconhecia minha voz, sorrindo.

Quando o sol começou a se pôr, pensei em voltar. Mas mudei de ideia ao ver minha querida Min.

Min-Ji vinha mensalmente ver os filhos. E eu aproveitava este tempo para matar a saudade dela.

Abracei-a carinhosamente. Ela voltou-se para Melody, pegando-a no colo:

- Esta menina está cada dia mais linda. – Elogiou.

- Ela não tem nada a ver comigo. É a cara do pai, acredite.

- Vejo semelhanças com você quando era pequena.

Sentei novamente no banco e Min fez o mesmo, ainda com Melody nos braços.

- Eu soube que as tentativas de emprego não deram muito certo.

- Não mesmo, Min.

- Me diverti com cada demissão. Ri muito...

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