Lembranças das noites quentes de verão romance Capítulo 75

Resumo de Quatro anos depois: Lembranças das noites quentes de verão

Resumo do capítulo Quatro anos depois do livro Lembranças das noites quentes de verão de Roseanautora

Descubra os acontecimentos mais importantes de Quatro anos depois, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Lembranças das noites quentes de verão. Com a escrita envolvente de Roseanautora, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

Mil quatrocentos e sessenta e seis dias depois, eu pus a chave na fechadura da minha casa própria.

Antes que eu entrasse, Melody passou por entre minhas pernas, correndo pelo espaço vazio do cômodo da sala e cozinha, que eram conjugados.

- E então? – Perguntei-lhe.

- Eu amei... – ela sorriu, os dentes branquinhos brilhando e parte da gengiva aparecendo, de tanto que abriu os lábios – Amei! – Gritou.

- Não grite, Medy.

- Mas faz eco, mamãe... Tente também.

- Não.

- Ah, mamãe...

Deu um grito estridente, que ecoou pelo vazio da casa. Começamos a rir. Peguei-a por trás e comecei a fazer-lhe cócegas, enquanto ela tentava se desvencilhar, embora estivesse gostando.

Ela jogou-se no chão e eu ajoelhei-me sobre ela, seguindo com as cócegas e depois a enchendo de beijos na bochecha e pescoço.

Eu sempre achei que nenhum aroma fosse melhor do que certos perfumes importados. Estava enganada. Cheiro de filho era a melhor essência do mundo. Se pudesse, eu guardava num frasco e usaria sem moderação, diariamente.

- Eu já disse que amo você hoje? – Perguntei.

- Eu acho que... – ela fez um mistério – Só umas vinte vezes.

Levantei e a ajudei a ficar de pé também:

- Vamos lá, garotinha. Temos que desembalar tudo... E... – olhei no relógio – Dentro de duas horas tenho aula marcada. Sabe que não posso atrasar.

- Por que você trabalha tanto, mamãe?

- Sabe que já me fiz esta pergunta? – peguei-a no colo novamente, encarando-a – E a resposta é: infelizmente os adultos precisam fazer isso.

- Mas... Por que os adultos precisam fazer isso?

- Para adquirir coisas, comprar comida, sobreviver... E se der tempo, viver de vez em quanto ou comprar uma casa, parcelada, que talvez você nem estará viva quando chegar o dia da última prestação.

- O que é prestação?

- Ah, Deus... Quem sabe você vai lá ver se o seu quarto já chegou e começa a abrir as embalagens?

- Vamos reciclar?

- Ok, vamos reciclar. – Revirei os olhos.

A campainha tocou e eu ri:

- Nossa primeira visita.

- Eu abro. – Ela correu na frente, abrindo a porta e jogando-se nos braços de Yuna.

Do-Yoon estava junto.

- Entrem, visitas. Sejam bem-vindos. – Fiz uma reverência.

Eles retiraram os sapatos na porta. Percebi que eu não havia retirado os meus.

- Mamãe, esquecemos os sapatos! – Melody retirou os dela, pondo na porta.

- Bem, a casa é de vocês. Então, teoricamente, estão livres de retirar os sapatos. – Do-Yoon observou.

- Mas se fizermos isso não estaremos protegendo nosso lar da possível contaminação da rua. – Melody falou rapidamente.

- Foram cinco anos que vocês me obrigaram a retirar os calçados. Agora querem que eu volte ao hábito antigo? Nem pensar. Entrem.

- É um animal dócil e dá pouco trabalho. Vocês têm um belo quintal na frente e nos fundos. Ela pode ficar livre.

Meneei a cabeça, pensativa:

- Eu não sou muito boa em cuidar de animais. Quando era pequena tive um peixe... E matei ele.

- Posso apostar que foi sem querer.

- Sim, foi. Mas sofri a morte dele como se fosse uma pessoa.

- A tartaruga não vai morrer, não se preocupe. – Yuna me tranquilizou.

- Mamãe, o que acha de chamarmos ela de Tuga?

- Tuga? Eu acho... Criativo.

Mal tinha tempo para cuidar de Melody. Agora teria que cuidar da tartaruga também. Mas ver a felicidade dos olhos da minha menina fez minha resistência ir embora em segundos.

- Ela precisa de sol diariamente. – Do-Yoon explicou – Aqui na sacola já tem comida. Água precisam encher sempre que necessário esta tigela que fica no ambiente dela.

- Ok. Mamãe vai me ajudar, Tuga e você será feliz na nossa casa. – Melody saiu com o animal para o quintal dos fundos.

- Do-Yoon, preciso que instalem os ares condicionados imediatamente. O calor está insuportável e dormir nestas noites quentes será difícil.

- Já vou ligar para o instalador. Se ele não conseguir colocar todos, pelo menos os dos dormitórios.

- Sim, me ajudaria.

- Vamos desembalar os móveis... Depois passamos para os objetos pessoais de vocês. – Yuna sugeriu.

- Nossos objetos pessoais são poucos... Ainda não acredito que depois de cinco anos eu consegui deixar a casa de vocês. – Dei um pulo de alegria.

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