Resumo de Quatro anos depois (II) – Lembranças das noites quentes de verão por Roseanautora
Em Quatro anos depois (II), um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Lembranças das noites quentes de verão, escrito por Roseanautora, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Lembranças das noites quentes de verão.
- Feliz em se livrar da gente? – Yuna reclamou.
- Um pouquinho. – Brinquei.
- Achei que você não fosse comprar a casa... – Do-Yoon observou.
- Foi quase um ano para aceitar parcelar. – Yuna riu.
- Esta parte ainda me perturba. Tenho medo de deixar a dívida para minha filha.
- Não exagere. – Yuna subiu a escada estreita, que levava para o segundo andar.
- Eu... Estou pensando em comprar um imóvel para mim também. – Do-Yoon falou baixo.
- Eu... Não sei se o parabenizo ou dou os pêsames. – Fui sincera.
- Por quê?
- Primeiro, porque a dívida será eterna. Segundo, porque Yuna vai matar você.
- Acho que ela vai permitir.
- Permitir?
- Ela é a mais velha. – Ele sorriu de forma tímida.
- Que se foda essa parte da tradição, Do-Yoon. Vocês moram em Noriah Sul. Visitam seu país de origem uma vez no ano.
- Você é muito desbocada.
- E você medroso. E não falo só da compra da casa. Falo de Lianna também.
- Falando nisso... – ele sorriu, fazendo com que eu me abanasse com a própria mão, não só pelo calor, mas também pelo belo homem que ele era – Eu vou assumir um novo cargo na escola.
- Promoção?
- Mais ou menos. Vou ir para a parte de supervisão escolar.
- Do-Yoon, que notícia boa. Você merece, pelo tempo que dedica a esta escola, os alunos, os seus colegas de profissão.
- Eu vou assumir este cargo junto com a professora de Matemática.
- Legal. Melhor seria se fosse com Lianna, não acha?
- Também... Mas a questão é que vai abrir uma vaga para professor de Matemática.
Olhei-o, enrugando a testa:
- Deus, eu gritaria neste momento. Mas não vou criar falsas expectativas, afinal, eu sou Sabrina.
- Acho que a Sabrina azarada ficou lá atrás. Você se ergueu, dona madame. Tem uma casa própria, uma filha linda, um emprego...
- Não posso reclamar da vida... Nem do emprego. Me formei, graças às aulas particulares... E a sua ajuda. E também o emprego noturno. E fora a elaboração de provas para concursos, que também gera uma renda extra.
- Trabalhar na Escola Progresso é um privilégio de poucos. O salário é altíssimo e você não encontrará nada melhor... Ao menos em Noriah Sul.
- Acha que não sei? Exatamente por isso que não quero me empolgar. E, antes de chegar lá, perder o táxi, ou derrubar café na diretora, ou dizer uma bobagem sem intenção... Quem sabe rasgar a calça na bunda ao sentar. – Comecei a rir.
Ele balançou a cabeça e riu:
- Posso indicar seu nome?
- Pode sim.
- A entrevista é amanhã.
- Já? Eu sequer estudei antes.
- Não há prova. É entrevista.
- Por isso mesmo. Eu sou péssima nisso e você sabe muito bem.
- E Do-Yoon e tia Yuna também podem participar das nossas noites?
- Podem... Mas já vou adiantando que nem sempre vou querer dividir você.
As camas haviam sido montadas, mas as roupas seguiam em caixas, pois não demos conta de arrumar tudo e eu ainda tive aulas para dar naquela tarde. Quando olhava para o estado de tudo, imaginava que levaria meses para organizar o nosso espaço.
Separei a roupa e vi o vidro com a “casa” da tartaruga ao lado do travesseiro:
- Medy, você não pode dormir com a tartaruga.
- Por quê?
- Porque é uma tartaruga.
- Por que não posso dormir com ela por ser uma tartaruga?
- Ah, Medy, não sei explicar. Mas não pode.
- Mas tem que haver uma explicação.
- Eu acho que você é superdotada, só pode.
- O que é superdotada?
- Preciso aprofundar meus estudos sobre isso. Mas igual, você não pode dormir com a tartaruga – Falei, enquanto trocava a roupa dela.
- Antes de sairmos, precisamos colocá-la um pouquinho no sol, porque você chega tarde e então não haverá mais sol para ela.
- Ok, vou colocar ela no sol enquanto você escova os dentes. Vou deixar seu chocolate pronto e espero você lá embaixo. Verifica se está tudo na mochila antes de descer.
- Posso não escovar os dentes... Só hoje?
- Não... Deve escovar os dentes, todos os dias.
Desci com a tartaruga e sua casa de vidro. Abri a porta dos fundos e a pus diretamente no sol. Aliás, seria um dia daqueles: no mínimo uns quarenta graus. Estávamos no auge do verão em Noriah Sul.
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