Lembranças das noites quentes de verão romance Capítulo 96

Resumo de 168 horas: Lembranças das noites quentes de verão

Resumo de 168 horas – Lembranças das noites quentes de verão por Roseanautora

Em 168 horas, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Lembranças das noites quentes de verão, escrito por Roseanautora, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Lembranças das noites quentes de verão.

Se Yuna disse que não poderia contar, Melody realmente não contaria, pois levava muito a sério o que a “tia emprestada” falava.

- Eu... Vou indo. – Gui tentou me entregá-la, sem sucesso.

Melody grudou-se nele, as pernas enroladas em seu corpo:

- Gui, vamos tomar chocolate quente todos juntos? Eu, você e minha mamãe. – Ela pegou a minha mão, fazendo-me aproximar-se deles.

A respiração de Guilherme ainda estava ofegante. Eu tentava me recompor e pôr os pensamentos em ordem.

- Filha, é tarde, muito tarde. Gui tem aula amanhã e precisa dormir e descansar.

- Mas amanhã é sábado. – Ela lembrou.

Revirei os olhos e sentei no sofá. Guilherme sentou ao nosso lado, com ela ainda no colo.

- Mamãe, eu quero um copo bem cheio de chocolate quente.

Peguei a térmica que ele havia trazido e fui até a cozinha, enchendo as canecas. O cheiro estava bom.

Me vi pondo água atrás do pescoço, tentando apagar completamente o fogo que me consumia há minutos atrás.

Respirei fundo, apoiando-me no balcão da pia e segui, com as canecas de chocolate fumegantes.

Sentei-me no sofá e eles estavam com a televisão ligada, olhando um filme infantil, que Melody já havia assistido no mínimo umas vinte vezes, só naquele mês.

Melody estava sentada no sofá e Gui ao lado dela. A pus no meu colo e assoprei o líquido da caneca dela, tentando esfriar seu chocolate.

Os olhinhos dela estavam vidrados no filme, mas vez ou outra ela contava para Gui o que iria acontecer, ou falava junto do personagem, já tendo decorado exatamente todo o diálogo.

Bebeu seu chocolate, sem dizer nada, pois estava muito concentrada.

Vi a caneca de chocolate na altura da minha boca. Gui a segurava, para eu conseguir beber:

- Prove enquanto está quente. – Ele disse.

Aceitei o gole do líquido escuro, cremoso e doce. Estava maravilhoso. Encontrei seus olhos, que estavam fixos nos meus, esperando por um veredito.

- Obrigada... Está muito bom.

- Fico feliz que tenha gostado. – Sorriu, de uma forma tão natural, ficando ainda mais lindo, em nada parecendo aquele garoto forçado da escola.

Enquanto Melody repousava sobre meu colo, Guilherme segurava a caneca para eu beber. Aquilo me deixou encantada e sentindo-me segura e acolhida, depois de tantos anos.

Sim, ele era um garoto de 18 anos. Eu com 18 anos fui mãe. E a maternidade, que veio junto com a expulsão de casa, me pondo num choque de realidade, me fez amadurecer e crescer.

Eu fui acolhida por Yuna e Do-Yoon. E se não fosse os dois, jamais teria conseguido. Me ajudaram financeiramente e me ensinaram a ser uma pessoa melhor. Cuidaram da minha filha e acreditaram que eu superaria todos os obstáculos.

Mas sempre me senti solitária. E talvez por este motivo fiz uma espécie de bolha ao redor de mim e Melody. E decidi que viveria com e para ela. E me pus de lado... Esqueci que eu não era só Sabrina Mamãe... Eu era Sabrina mulher. E me anulei completamente. Por cinco anos eu não saí, não bebi, não fiz nada do que uma pessoa normal da minha idade faria.

- Bom dia! – Fiquei parada onde estava, não conseguindo me mover.

Ficamos um tempo assim, nos olhando, cada um imerso nos seus próprios pensamentos. No meu caso, a cabeça estava vazia. Me faltavam palavras ou ações para aquele momento constrangedor.

- Ela... Ainda está dormindo. – Ele disse, talvez para puxar conversa.

- Sim... Você... Quer usar o banheiro? – Ofereci.

- Sim... Obrigado.

Ele entrou e fechou a porta. Fui até a cozinha e preparei um café, leite e arrumei a mesa, pondo alguns biscoitos decorados com confeitos, cereais matinais de chocolate e açucarados.

Guilherme escorou-se no batente da porta e cruzou os braços, os olhos passeando pelo meu corpo:

- Você consegue acordar ainda mais linda!

- Gui, por favor, não!

- Eu nem acredito que você dormiu nos meus braços, Sabrina.

- Olha só, isso não deveria ter acontecido.

- Se Melody não tivesse chegado, você sabe que teria acontecido. E não minta que não queria... Porque eu sei que queria, tanto quanto eu.

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