Resumo de 168 horas (II) – Capítulo essencial de Lembranças das noites quentes de verão por Roseanautora
O capítulo 168 horas (II) é um dos momentos mais intensos da obra Lembranças das noites quentes de verão, escrita por Roseanautora. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
- Por sorte fomos interrompidos. Porque isso é uma loucura.
- Não, não é.
- Você... Quer café? – Ofereci.
Ele pegou um biscoito e analisou, sorrindo:
- Tem formato de elefante... E confeitos.
- Medy adora animais.
- Você é uma mãe maravilhosa, Sabrina. Melody tem sorte.
Servi-me de café e leite e bebi, enquanto o questionava:
- E a sua mãe?
- Por aí... Aparece vez ou outra. Minha avó é a referência que tenho de família, mãe e pai.
- Eu... Sinto muito.
- Eu não. – Ele disse, mordendo o biscoito, enquanto o analisava.
- Mas... Eu soube que você chegou a morar com a sua mãe.
- Sim, quando ela temeu que meu pai conseguisse a guarda. Só fingiu que era uma boa mãe e se preocupava comigo.
- Melody é tudo que eu tenho, Gui. Por ela eu mato e morro. E não quero que ela pense que nós... Bem, que nós estamos juntos. Ela é pequena... E cria expectativas.
- Eu posso superar as expectativas dela com relação a nós dois, Sabrina – ele sorriu – Podemos ser um casal. Eu sei que ela aprovaria.
- Não... Não agora.
- Como assim? Por que não “agora”?
- Porque nós encontramos o pai dela.
Ele ficou me olhando, enquanto a boca parava de mastigar imediatamente:
- Vocês encontraram com ele?
- Ainda não. Mas é questão de tempo.
Ele veio na minha direção e eu fui andando para trás, até ficar entre o corpo dele e a pia.
- Sabrina, eu sou louco por você.
Eu não disse nada. Meu coração disparou e senti minhas bochechas ruborizarem.
- Eu penso em você a porra do tempo inteiro – a voz ficou mais alta – Desde a hora de acordo até quando vou dormir. E você está até nos meus sonhos. Ir à escola ficou mais interessante desde que você chegou. Eu gosto do seu cheiro, da forma como se veste, de como tenta fingir ser forte o tempo todo... Eu sou louco pela forma como você trata sua filha e todo carinho e atenção que tem com ela.
- Você está tentando transmitir seus sentimentos com relação à sua mãe para mim, Gui.
- Eu não desejo minha mãe, Sabrina. Não confunda as coisas. Eu não disse isso.
- Nós não podemos, Guilherme. Isso é loucura.
- Eu sonho com seu corpo nu debaixo de meu... A pele macia e quente ao alcance das minhas mãos. Senti seu gosto e sei o quanto você é perfeita. Eu fico de pau duro só de pensar em você, porra. E me imagino fodendo-a de todas as formas: em cima de você, você sobre mim, metendo em você de quatro... Eu já gozei inúmeras vezes imaginando seus olhos nos meus quando chega ao orgasmo. Consigo visualizar seu rosto, sua boca, seu gosto, seus gemidos...
- Minha melodia... – Me ouvi dizendo, tão longe que talvez nem fosse capaz de voltar.
Sim, eu fui jogada imediatamente naquela casa de praia, com um moreno de olhos verdes e barba bem desenhada, que me comia literalmente de todas as formas que Gui mencionava. Vi o rosto dele enquanto me possuía enlouquecidamente, me fazendo chegar ao orgasmo inúmeras vezes.
Senti minha calcinha inundar de desejo e sabia que “el cantante” estava cravado não só no meu coração, mas também na mente, no corpo e na alma.
Nada nem ninguém poderia me fazer esquecê-lo.
- Gui, eu preciso de um tempo para assimilar tudo que está acontecendo. – Falei, tentando afastá-lo.
Se era uma esperança que eu lhe dava? Não sei. Mas precisava que ele se afastasse para eu conseguir raciocinar, sem pressão. E naquele momento, dizer não era o mesmo que sim. Ele estava cego. E me parecia que era de paixão.
- Eu vou ficar com pena do Gui.
Arqueei a sobrancelha:
- Como assim?
- Porque eu gosto do Gui... E o Gui gosta de você... E você gosta do meu papai...
- A vida não é muito justa às vezes, não é mesmo?
- Não mesmo... Por isso você precisa comprar comida para o meu hamster. Precisa ser justa com ele.
Dobrei a primeira esquina, rapidamente, fazendo-a rir quando o corpo inclinou-se levemente com a volta que demos.
- Vamos comprar comida para o seu hamster. Isso é a prioridade do dia.
- Oba! – Ela levantou os braços para cima, feliz.
Compramos a comida e voltamos para casa. Já era final de tarde e eu só queria esperar pelos 7 dias, 168 horas para encontrar “el cantante”.
Estacionei o carro e Melody desceu correndo com a ração do hamster, abrindo a porta e subindo as escadas.
- Não corra, Medy. Você precisa descer as escadas caminhando. Pode cair e se machucar. – Gritei, tentando ser ouvida.
Fui guardar algumas compras e organizar os ingredientes que Do-Yoon usaria no jantar, já que convidamos ele, Lianna e Yuna para comerem em nossa casa.
- Mamãe? – Melody gritou do alto da escada.
- O que foi? – Perguntei enquanto guardava os itens de geladeira.
- Não precisa mais ração.
- Por quê?
- Meu hamster morreu de fome.
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