Lembranças Perdidas romance Capítulo 134

Uma figura rosa voou do balanço quebrado e rolou no chão com um estrondo, virando-se algumas vezes.

Zane, que estava encarregado de empurrar o balanço, ficou muito assustado.

Ele correu em direção a Christy, mas foi impiedosamente empurrado para o lado por uma grande mão, e caiu no chão.

"Saia da minha frente! Estou lhe dizendo, se alguma coisa acontecer com a minha filha, sua família vai pagar um alto preço por isso!"

Christy estava desmaiada, então Amelia a levantou desesperada e saiu correndo para pegar um táxi.

As crianças estavam sozinhas ali, e nenhuma delas jamais havia se deparado com aquele tipo de situação. Os pais se aproximaram quando ouviram o barulho, mas quando chegaram, Amelia já tinha ido para o hospital com Christy.

As crianças contaram o que havia acontecido.

"Zaney empurrou o balanço muito alto, então Christy caiu do balanço!"

"Zaney e Christy brigaram a semana inteira. Ele deve ter se vingado dela de propósito!"

"Foi Christy quem insistiu em brincar no balanço, mas Zaney não queria. Ela implorou para ele empurrá-la. Como você pode culpá-lo?"

As crianças conversavam e descreviam a cena entre si.

Quando Thalia chegou, viu Zane sentado no chão com os olhos marejados e se sentindo injustiçado.

"Mamãe, eu não..."

"Eu sei que você não fez nada." Thalia o pegou no colo. "Mas a sua melhor amiga caiu e se machucou. O que acha de irmos ao hospital visitá-la?"

O diretor se aproximou com expressão de remorso. "Eu acabei de verificar o balanço. A corda rompeu por falta de manutenção. A culpa é do jardim de infância. Não tem nada a ver com o Zaney... Pais, depois desse acontecimento, acredito que não podemos continuar essa excursão. "

Todas as mães compreenderam a situação. "Diretor, é melhor você ir ao hospital para ver se Christy está bem."

"Já percebemos que a família de Christy é abastada. Toda vez que vou ao jardim de infância pegar meu filho, vejo Christy entrando em um carro de luxo, com um motorista particular e uma babá. Eles devem ser ricos.  Diretor, é melhor você procurar a mãe dela para resolver a situação o mais rápido possível, para que ela não entre com alguma ação contra o jardim de infância."

O diretor assentiu com a cabeça e soltou um longo suspiro.

Thalia se aproximou e falou, "Irei ao hospital com você para visitar Christy. Zaney está relacionado ao acidente. Quero me desculpar com eles pessoalmente."

Zane pegou a mão da mãe, parecendo triste.

Ele sabia que teria que se desculpar mesmo que aquele assunto não tivesse nada a ver com ele, mas estava assustado por saber o quão brava era a mãe de Christy. Ele estava com medo de que sua mãe levasse a culpa por causa dele...

O diretor logo providenciou um carro e ligou para Amelia se desculpando e fazendo algumas promessas. Depois, ele pediu o endereço do hospital.

Amelia desligou o telefone com raiva e, sssim que se virou, viu Christy a fitando com olhos marejados.

"A paciente caiu na grama e teve uma concussão leve. O joelho dela sangrou um pouco também, mas não é nada sério. Ela pode ir para casa depois de três horas de observação no hospital." O médico prescreveu um remédio para a menina e saiu do quarto.

"Mãe, não foi culpa do Zaney. Eu implorei que ele brincasse comigo, que empurrasse o balanço para mim... Mãe, por favor, não culpe Zaney. Ele é muito bom. Eu gosto de ser amiga dele..."

"Você pode colocar algum juízo nessa cabeça?"

Percebendo que a filha estava bem, Amelia descarregou o que queria falar antes: "Quantas vezes eu já te disse que seu tio é o presidente da Matthews Corporation? Tantas pessoas querem te bajular, mas você fica correndo atrás daquele menino descaradamente. Aquele Zaney quer usar você para chegar perto do seu tio, para prejudicá-lo."

"Zaney não está fazendo isso. Mãe, não o calunie assim!"

"Quantos anos você tem? Como você sabe que ele não está fazendo isso? Talvez esteja sendo influenciado pelos pais! Christy, não é fácil criar você. Por que você não me obedece? Se você continuar atrás desse Zaney, vou transferi-la de escola amanhã mesmo! "

A menina começou a chorar depois de ser repreendida. "Mãe, eu te odeio! Eu quero o tio Adam! Só quero o meu tio!"

Ao ouvi-la chorar, Amelia ficou chateada, então jogou o telefone para a filha e disse: "Se você quer seu tio, ligue para ele!".

Christy soluçou e ligou para Adam.

"Tio... eu me machuquei. Está doendo muito. Você pode vir ao hospital me ver? Estou lamentável. Tio, venha. Não posso esperar nem mais um segundo..."

Ninguém sabia o que havia sido respondido do outro lado da linha, mas Christy finalmente sorriu. "Ok, tio, vou esperar você chegar."

Ao vê-la daquele jeito, o coração de Amelia amoleceu de novo.

Ela passara por um processo de divórcio com o ex-marido por mais de meio ano e, durante aquele período, Christy também sofrera muito.

Ela achara que ninguém mais no mundo poderia atuar como figura paterna na vida da filha, mas, inesperadamente, seu irmão, que sempre fora frio e indiferente, era muito paciente com a menina. Fora além das expectativas dela.

Ela achava que ele odiava crianças. Do contrário, por que ele não tinha tido filhos depois de ter ficado casado por três anos?

Alguém bateu à porta.

Amelia se virou para ver quem era e logo mudou de humor, ficando séria.

O diretor estava parado na porta do quarto com um sorriso. "Mãe da Christy, estamos aqui para fazer uma visita. Ela está bem?"

Rindo com desdém, Amelia os bloqueou na porta. "Não é da conta de vocês se minha filha está bem ou não. Vou mandar alguém ao jardim de infância para fazer a transferência dela amanhã mesmo. Espero que o senhor coopere comigo."

O rosto do diretor de repente ficou pálido. "Mãe da Christy, podemos conversar direito se houver algo errado. Não é muito precipitado transferi-la para outro jardim de infância?"

"Não é precipitado." Amelia olhou para as duas pessoas atrás do diretor. "Você tem algumas ovelhas negras no seu jardim de infância. Não posso deixar minha filha se machucar ou se prejudicar mais."

Vendo o comportamento de Amelia, Thalia logo mudou de postura.

Ela não se importava se a mãe de Christy a caluniasse, mas não permitiria que fizesse aquilo com seu filho.

Ela deu um passo à frente e se curvou, depois disse devagar: "O acidente aconteceu quando eles estavam brincando nos balanços hoje. Um dos motivos para que ele acontecesse foi a insistência de Christy em brincar, e o outro motivo foi que o balanço precisava de manutenção. Mesmo não tendo nada a ver com o meu filho, vim até aqui me desculpar com você. Mãe da Christy, não seja tão rude e cruel. Gosto muito da Christy, mas com uma mãe como você... Desculpe, mas não deixarei o meu filho brincar com a sua filha de novo. Sinto muito por não entrar no quarto para vê-la. Adeus".

Thalia pegou Zane no colo e saiu.

Amelia nunca havia sido tratada daquela forma antes e estava muito zangada. "Tal mãe, tal filho. São realmente inúteis!"

O diretor não esperava que as coisas acabassem daquela forma, então disse, apressado: "Christy já se adaptou às crianças e aos professores no jardim de infância e pode ter dificuldades se você transferi-la de escola. Por favor, pense no assunto com cuidado."

Sem se atrever a permanecer lá, o diretor deixou as frutas e as flores que comprara no quarto e foi embora.

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