O Silencio no carro dos Sartorelli era incomodo e inquietante. Desde que haviam saído do escritório do advogado nenhuma palavra fora dita. Emma estava curiosa com a situação, mas optou por permanecer em silencio. Lorenzzo tinha as faces avermelhadas, enquanto Giovanna respirava com dificuldade como estivesse prestes a explodir.
–Amanhã não irá para o colégio – Giovanna disse assim que entraram em casa, minutos depois.
–Por quê? – Emma perguntou curiosa. Aquela era a primeira vez em que sua mãe lhe pedia para faltar aula.
–Voltaremos naquele advogado e você vai assinar um documento. Não precisa saber o que é, apenas coloque o seu nome e tudo estará acabado. – ao ver Emma fazer a menção de falar, Giovanna ergue a mão e falou séria – não é de sua conta o motivo disto. Apenas faça o que eu mando.
Emma assentiu em silencio e foi para o seu quarto, enquanto Giovanna deixava as lagrimas fluírem pelo seu rosto de forma inquietante.
***
Raquel caminhou ate o sofá, onde Raoul estava sentado, sentou em seu colo e o beijou apaixonadamente. Ele havia ido procurá-la em sua casa, algo que nunca acontecia.
–Ocorreu tudo bem hoje? - perguntou entre os beijos que davam.
–Esplendidamente bem – Raoul falou a tirando de cima de si. Ajeitou a sua blusa e sorriu para a mulher confusa ao seu lado – não vim me divertir hoje.
–Então o que quer?
–Preciso de alguém para vigiar os passos de uma pessoa.
–De quem?
–Isso não é conveniente no momento – falou misterioso – apenas ache alguém e quando encontrar me mantenha em contato com ele.
Raquel assentiu desconfiada, mas deu de ombros ao vê-lo ir em sua direção e a beijar, levando-a em seguida para o seu quarto.
–Não disse que não veio se divertir? – ela perguntou sorrindo.
–As prioridades mudam. – falou sedutor ao retirar a roupa dela.
***
No dia seguinte Giovanna mostrava-se mais deprimida após a volta do escritório do advogado onde Emma havia assinado um documento e ido embora em seguida. Ninguém explicou-lhe sobre o que era ou o motivo de estar fazendo aquilo.
–Mamma, algo está acontecendo? – Emma perguntou com ingenuidade ao ver Giovanna sentar no sofá com o olhar perdido. Ela ainda não conseguia acreditar no que havia feito com a sua própria filha. Em um impulso, segurou Emma pelo braço e a puxou fazendo-a cair em seu colo.
–Me perdoe, minha filha – Giovanna rogou chorando – um dia... irá saber a verdade e talvez me odeie por isso, mas peço que tenha compaixão e me perdoe.
–Nunca ficarei brava com a senhora – Emma falou confortando-a. –mas saiba que estarei aqui se precisar falar sobre qualquer coisa.
–Obrigada... – murmurou sem graça. Soltou Emma e a olhou carinhosamente – é melhor ir estudar, não acha?
–Eu vou, mas... Caroline me pediu para sair com ela hoje a noite. Eu posso?
–Pode sim. Será bom uma distração. Apenas deixe o endereço e algum numero pra contato. E diga-me a hora que irei buscá-la.
–Obrigada mamma.
Giovanna viu a sua filha sorrir e ir para o quarto e sentiu naquele momento um leve alento em sua alma.
–Farei de tudo para que nada lhe aconteça, Emma.
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