Loucos Por Ela Capítulo 49

Continuação…
Felipe
— Como assim o meu irmão? O que ele faz aqui? — Perguntou completamente desesperada e eu voltei e comecei a pegar as roupas do chão.
— Drøga! Esqueci que ele queria me passar os detalhes da reunião, antes de viajar. — Me lembrei nervoso enquanto vestia a bermuda e ela começou a se vestir também.
— E agora, o que vamos fazer? — A campainha tocou novamente.
— Vai para o meu quarto. Eu tenho que atender ele. — Pronuncio recolhendo as almofadas que derrubamos.
— Parabéns, Felipe! — Ela resmungou caminhando em direção ao meu quarto e eu vesti a camiseta, recomponho-me e fui abrir a porta.
Antes de atender, dei uma olhada rápida pela sala, para ver se estava tudo em ordem como de costume, verifiquei se fechei o zíper de minha bermuda e em seguida, abri.
— Demorou, hein cara! Estava quase desistindo. — Falou em tom de brincadeira e eu tentei parecer calmo e inventei uma desculpa qualquer, que justificasse minha demora.
— Eu estava no banho. Entre! — Ele assim faz, eu fecho a porta e sigo para o bar. — Quer beber alguma? — Ofereci, já servindo um copo para mim.
— Não, obrigado. Quem aparenta estar precisando é você! Aconteceu alguma coisa? Parece nervoso. — Notou, sentando-se no sofá.
Mas que mërda! Eu estou tentando me manter calmo, mas na situação que estou é impossível.
— Na verdade, sim. Um problema com o que eu tinha para resolver, mas não importa… Vamos ao que interessa! — Voltei para a sala e me sentei também.
Ele começou a falar sobre a reunião, mas eu não prestei atenção em nada. Em meus pensamentos só existia Allana e eu só conseguia pensar em como ela deve estar aflita lá sozinha e para completar, ainda saiu brava comigo!
"Por que ele tinha que aparecer agora?" Me pergunto internamente enquanto olho sentido ao corredor a todo instante e balançando a perna sem parar.
— Felipe, está me ouvindo? — Me chamou, intrigado e eu menti descaradamente, pois não ouvi nada.
— Sim. Estou!
— Então quando estiver pronto, você me envia por e-mail.
— Claro, conte com isso! — Concordei sem saber do que se tratava e ele se levantou e eu o acompanhei.
— Vamos nos falando! — Estendeu-me a mão e eu fiz o mesmo, agradecendo a Deus por sua saída.
Nos afastamos da sala em direção a porta e de repente, ele parou e virou-se para mim.
— Estou te achando muito agitado. Tem algo que queira me falar?
— Não. É só um problema aí, mas estou resolvendo.
— Entendi! — Ele se calou por um momento e baixou o olhar, então voltou a me interrogar, encarando seriamente. — Por acaso minha irmã esteve, ou está aqui?
Sua pergunta me deixou totalmente desconcertado e meu coração parecia que ia saltar do peito. Mesmo assim, rebati sua pergunta com outra e em tom despreocupado.
— E por que ela estaria?
— Porque este é o celular dela! — Falou movendo a cabeça para a mesa e voltou a mim.
Eu não acredito que esquecemos esse malditø celular aqui... Quando Allana souber, vai surtar!
O encarei por um instante e como o homem que sou, decidi assumir e falar o que de fato aconteceu... Que eu menti para que ela viesse até aqui.
— Fui interrompido por ele, que falou me olhando com cara de quem estava querendo me
— Vai chamá-la!
— Já te falei de minhas intenções com Allana. Deixa ela fora disso. Vamos conversar nós dois. — Relatei tentando aliviar para ela, mas ele é insistente. Pelo visto a teimosia é de família!
— Felipe, eu não estou pedindo! Vai chamar a minha irmã e vamos conversar nós três. — Esturrou, me olhando fixo.
Me vi encurralado pela situação e sendo assim, não tive outra alternativa, senão buscá-la.
Engoli seco e sem falar mais nada, caminhei em direção ao meu quarto.
Ao entrar, vi Allana agitada, andando de um lado para o
— Ele já foi? — Interpelou, vindo até mim com um semblante preocupado e eu neguei mexendo a cabeça.
— Não.
— E porque não está lá com ele? — Voltou a interrogar, ansiosa por uma resposta e como não encontrei uma maneira mais "leve" de falar, esclareci de uma vez.
— Ele viu seu celular e mandou te
— Ai não pode ser! — Exclamou sentando-se na beirada da cama e eu fui até ela e me abaixei.
se preocupe, eu já havia conversado com ele. — Falei e ela me olhou confusa, então continuei. — Eu contei a ele tudo o que sinto e disse que minhas intenções com você são sérias.
olhar de quem queria me matär,
Você fez o quê? Como você praticamente me pede em namoro para o meu irmão, se nem eu estava sabendo de nada? Você está louco? — Perguntou me encarando brava e só aí eu percebi que
Calma, não foi assim. — Encarei seus olhos e ela levantou
Eu não devia ter vindo
fala isso. As coisas não são como você está pensando. Seu irmão foi me questionar depois de uma conversa que teve com você. E não seria correto de minha parte negar, depois dele ter me confrontado. — Expliquei, e ela não disse nada. Mas pelo menos
aproximei e lhe dei um abraço, então seus braços rodearem meu pescoço
que ir, ele está esperando. — Pude sentir sua cabeça sinalizando sim e então nos afastamos. Dei-lhe um beijo calmo e lhe estendi a mão. Ela segurou apertou um pouco, mas em seguida soltou e andou na frente. Segui logo atrás e em poucos segundos, estávamos cara a cara nós
que não me disse ontem quando te perguntei, Allana? — Gustavo a questionou completamente sério e ela tentou se
— Gus, depois conversamos.
nada! E você Felipe, por que escondeu que
ia responder, ela se
não estamos! — Falou curta e grossa fazendo com que nós dois a olhassemos confusos e continuou. — Gustavo, eu não tenho que te dar satisfações de quem eu me relaciono. Nem para o nosso pai eu me explico. Você é meu irmão, não meu marido! — Dada a resposta para ele, foi a minha vez de ouvir. — E você Felipe, não me lembro de ter te jurado amor eterno. — Expressou brava, pegou o celular e
juro que não entendo essa mulher! O irmão a pressiona e quem se føde sou eu? Estávamos numa boa ainda a pouco, ela até assumiu o que sente e agora isso? Como pode ser