Continuação…
Felipe
— Como assim o meu irmão? O que ele faz aqui? — Perguntou completamente desesperada e eu voltei e comecei a pegar as roupas do chão.
— Drøga! Esqueci que ele queria me passar os detalhes da reunião, antes de viajar. — Me lembrei nervoso enquanto vestia a bermuda e ela começou a se vestir também.
— E agora, o que vamos fazer? — A campainha tocou novamente.
— Vai para o meu quarto. Eu tenho que atender ele. — Pronuncio recolhendo as almofadas que derrubamos.
— Parabéns, Felipe! — Ela resmungou caminhando em direção ao meu quarto e eu vesti a camiseta, recomponho-me e fui abrir a porta.
Antes de atender, dei uma olhada rápida pela sala, para ver se estava tudo em ordem como de costume, verifiquei se fechei o zíper de minha bermuda e em seguida, abri.
— Demorou, hein cara! Estava quase desistindo. — Falou em tom de brincadeira e eu tentei parecer calmo e inventei uma desculpa qualquer, que justificasse minha demora.
— Eu estava no banho. Entre! — Ele assim faz, eu fecho a porta e sigo para o bar. — Quer beber alguma? — Ofereci, já servindo um copo para mim.
— Não, obrigado. Quem aparenta estar precisando é você! Aconteceu alguma coisa? Parece nervoso. — Notou, sentando-se no sofá.
Mas que mërda! Eu estou tentando me manter calmo, mas na situação que estou é impossível.
— Na verdade, sim. Um problema com o que eu tinha para resolver, mas não importa… Vamos ao que interessa! — Voltei para a sala e me sentei também.
Ele começou a falar sobre a reunião, mas eu não prestei atenção em nada. Em meus pensamentos só existia Allana e eu só conseguia pensar em como ela deve estar aflita lá sozinha e para completar, ainda saiu brava comigo!
"Por que ele tinha que aparecer agora?" Me pergunto internamente enquanto olho sentido ao corredor a todo instante e balançando a perna sem parar.
— Felipe, está me ouvindo? — Me chamou, intrigado e eu menti descaradamente, pois não ouvi nada.
— Sim. Estou!
— Então quando estiver pronto, você me envia por e-mail.
— Claro, conte com isso! — Concordei sem saber do que se tratava e ele se levantou e eu o acompanhei.
— Vamos nos falando! — Estendeu-me a mão e eu fiz o mesmo, agradecendo a Deus por sua saída.
Nos afastamos da sala em direção a porta e de repente, ele parou e virou-se para mim.
— Estou te achando muito agitado. Tem algo que queira me falar?
— Não. É só um problema aí, mas estou resolvendo.
— Entendi! — Ele se calou por um momento e baixou o olhar, então voltou a me interrogar, encarando seriamente. — Por acaso minha irmã esteve, ou está aqui?
Sua pergunta me deixou totalmente desconcertado e meu coração parecia que ia saltar do peito. Mesmo assim, rebati sua pergunta com outra e em tom despreocupado.
— E por que ela estaria?
— Porque este é o celular dela! — Falou movendo a cabeça para a mesa e voltou a mim.
Eu não acredito que esquecemos esse malditø celular aqui... Quando Allana souber, vai surtar!
O encarei por um instante e como o homem que sou, decidi assumir e falar o que de fato aconteceu... Que eu menti para que ela viesse até aqui.
— Gustavo… — Fui interrompido por ele, que falou me olhando com cara de quem estava querendo me matär.
— Vai chamá-la!
— Já te falei de minhas intenções com Allana. Deixa ela fora disso. Vamos conversar nós dois. — Relatei tentando aliviar para ela, mas ele é insistente. Pelo visto a teimosia é de família!
— Felipe, eu não estou pedindo! Vai chamar a minha irmã e vamos conversar nós três. — Esturrou, me olhando fixo.
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