Loucos Por Ela Capítulo 79

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Felipe

Apesar de não ter o mesmo conforto que o carro, não tenho dúvidas que fiz a escolha certa em viajar sobre duas rodas. Gastei bem menos tempo para chegar ao meu destino final e confesso que conduzir uma moto desse porte, causa um turbilhão de emoções.

Sentir o vento atenuando no rosto e o corpo totalmente livre de tudo que nos prende a vida, é uma mistura de alegria, prazer, medo, relaxamento, liberdade, adrenalina, status, aventura e poder, que me fizeram esquecer todos os meus problemas enquanto estava pilotando.

2 horas depois cheguei na propriedade e Gustavo saiu para me receber.

— Quem é vivo, aparece! — Brincou vindo em minha direção e me cumprimentou com um aperto de mãos, seguido de um abraço. — E aí, cara?! Que bom que veio.

— Como vai, Gustavo?! — Retribuí a saudação.

— E essa moto aí? — Perguntou enquanto admirava.

— Comprei essa semana…

— Aí sim… depois quero dar uma volta, hein!

— Quando quiser! — Afirmei e ele sorriu.

— Agora vamos entrar porque todos estão esperando.

— Vamos lá…

Seguimos para o interior do imóvel e a satisfação no rosto de minha mãe ao me ver cruzar a porta, me fez ganhar o dia.

— Sabia que não iria nos decepcionar! — Proferiu ao me abraçar.

— Eu jamais faria isso, mãe! — Dei um beijo em sua testa e comecei a cumprimentar os demais.

— Estou feliz que tenha reconsiderado, filho! Essa data não seria a mesma sem você. — Foi a vez de meu pai se expressar e eu assenti sorrindo.

— Eu sei, pai... Não podia falhar com vocês!

— Faço minhas as palavras de Humberto! Afinal, a ideia de nos reunir, foi sua. — Adrian ressaltou ao me dar dois toques no ombro.

— E sem dúvidas essa é a ocasião mais propícia para isso! — Dona Helena aproximou-se visivelmente alegre e apertou minha mão. — Que bom que está aqui conosco, querido!

Essa calorosa recepção me deu a total certeza de que é aqui mesmo que eu deveria estar.

— É um prazer tê-los aqui comemorando essa data tão importante para meus pais. — Correspondi aos cumprimentos. — Agora peço licença, mas vou deixar as coisas no quarto.

Acho que eles já devem saber do fim da minha relação com sua filha e para manter o clima agradável me retirei logo dali e Ayla me acompanhou.

— Não vi o carro do Fabrício na garagem... Por que ele não veio? — Interroguei enquanto caminhávamos no corredor.

— Terminamos! — A tranquilidade como ela respondeu, me fez acreditar que as mulheres estão cada vez mais frias e sinceramente, não sei se isso é bom ou ruim.

— Vejo que gostava muito dele, né?! — Ao anotar a ironia, ela revirou os olhos.

— Aí, ele era muito chato! Eu não podia conversar nem brincar com ninguém que sempre fazia cara feia. Foi melhor assim... Agora eu só quero curtir! — Vão começar as minhas dores de cabeça com essa mocinha.

Vai com calma aí, senhorita! Você pode ter terminado com ele, mas eu ainda sou seu irmão mais velho, não se esqueça. — Adverti e ela reclamou.

— Não começa, hein! — Sorri ao ouvi-la contestar e paramos em frente à minha suíte.

E Kate, onde está? — Perguntei curioso por não tê-la visto.

No quarto com Allana… — Anunciou, indicando a porta que estava atrás de si mesma e como minha irmã é muito brincalhona, fiquei

— Tá falando sério?

— Uhum… — Pressionou os lábios e confirmou mexendo a

— Droga! — Exclamei em voz alta, sem ao menos perceber e claro que ela não perdeu tempo em bancar a engraçadinha.

— Esse tal de amor é um vício mesmo! — Falou bem perto de meu ouvido e saiu correndo. — Te espero para andarmos de lancha.

"Ela não tem jeito!"

Como não me deu tempo nenhum para falar nada, entrei no quarto e fui tirar as coisas da mochila. Eu sempre deixo algumas coisas aqui, então trouxe só o essencial e logo terminei de arrumar tudo. Em seguida, comecei a trocar de roupa.

Tirei a calça jeans e a jaqueta que havia colocado para pilotar e vesti um look de praia; bermuda rosa, camisa e tênis brancos e um boné preto e saí do quarto.

Fui em direção a piscina e vi Ayla e Gustavo conversando, mas nem sinal de Kate, muito menos de sua amiga.

— Irmão, vem aqui com a gente! — Convidou ao me ver chegando e eu me juntei a eles.

a conversar e logo quem apareceu foi minha outra

Quase acreditei que você não viria! — Aproximou-se sorrindo e me

É, eu pensei melhor… — Expliquei retribuindo gesto de afeto e

E Allana, onde está? — Dirigiu-se

disse que já

sabendo que mais cedo ou mais tarde nosso encontro será inevitável, naquele momento achei melhor sair dali antes que

vou ver como está a preparação do barco. Você vem,

— Vou ficar por aqui mesmo...

— Ok! Com licença.

afastei a uma distância que não pudessem me ver, dando graças a Deus que ele não quis me acompanhar, porque a verdade é que eu também não fui verificar

tempo caminhando aos arredores da residência e ao retornar me deparei com os três no

E aí, vamos ou não? — Pronunciei enquanto

ainda não apareceu... vamos esperá-la? — Ayla inquiriu e Gustavo tomou a