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Loucos Por Ela romance Capítulo 77

Continuação…

Felipe

Ao adentrarmos na concessionária, me deparei com uma moto preta de aros dourados, posicionada em um relevo bem no centro da loja e foi exatamente essa que me chamou atenção.

— Boa tarde! Posso ajudá-los? — O funcionário aproximou-se de nós.

— Boa tarde! Pode sim... O que me diz sobre aquela ali? — Perguntei, olhando na direção do veículo e ele sorriu.

— Você tem bom gosto, rapaz... Aquela ali é lançamento! — Evidenciou e nos convidou a acompanhá-lo para detalhar a explicação. — Essa é a CBR 1000 RR. A nova versão do motor é de 11,5kgf.m a 12.500rpm e tem uma potência de impressionantes 216,2cv a 14.500rpm.

— Qual a velocidade máxima? — Interroguei, ainda mais interessado.

— Chega até 329,5 km/h. — Confesso que ao ouvir a resposta, fiquei com vontade de pilotar.

— Eu vou levar! — Informei e meu amigo olhou apavorado.

— Excelente escolha! Vou preparar a documentação . Com licença! — O vendedor se retirou e Caio não perdeu tempo.

— Cara, você tá ficando louco? Comprar essa moto é suicídio!

— Não exagera! Claro que eu não vou andar nessa velocidade.

— E para que você quer isso então? Só para gastar à toa?

— É uma distração! — Comuniquei e o mesmo assentiu.

— Claro... Ser o chefe tem suas vantagens... Está entediado? Compre algo de 160 mil para se distrair! — Ele não perde a oportunidade de me alfinetar. — Faça-me o favor né, Felipe! Se cada briga com Allana resultar em uma compra desse valor, você vai falir!

— Primeiro: com Allana não foi nenhuma briga. Segundo: já faziam meses que eu queria comprar uma moto, mas não encontrei nada que despertou meu interesse. Terceiro: o dinheiro é o de menos! Você é o vice diretor e se não gasta é porque não quer, mas condições você tem, então cale a boca ou não vai dirigir.

— Não tá mais aqui quem falou! — Foi impossível não rir com essa expressão.

Depois que finalizei a compra, ele entrou no carro e eu subi na moto, então voltamos para a empresa.

— Segura aí! — Joguei as chaves assim que estacionamos. — Anda e depois me fala o que achou. — Todo empolgado, ligou a moto e saiu e eu fui para minha sala.

Camila ainda estava em horário de almoço, então deixei um bilhete em sua mesa avisando que fosse até meu escritório assim que chegasse e entrei.

— Mãe… o que faz aqui? — Me surpreendi ao vê-la.

— Eu estava te esperando! — Pelo tom, entendi o motivo da visita. — Kate disse que você não quer viajar conosco amanhã porque terminou com Allana. Isso é verdade?

— É sim...

— E o que houve? — Eu não queria ter que explicar.

— Mãe… não me interprete mal, mas não quero falar sobre isso. — Ela compreendeu.

— Bom, seja lá o que tenha acontecido, não justifica você não querer comemorar com seu pai e comigo, nosso aniversário de casamento.

— Tá bom, desculpa… — Voltou a ficar sério. — Posso dar minha opinião? — Assenti e fiquei esperando a baboseira que viria a seguir. — Eu acho que você deveria ir! — Agora quem riu, fui eu.

— E por que você acha isso?

— Seus pais ficarão chateados se você não for. Vocês passam essa data juntos todos os anos, esse não tem que ser diferente, muito menos por causa de uma briga com a namorada.

Outra vez esse papo! Mas tenho que admitir… o que ele disse realmente faz sentido.

Permaneci quieto por um momento, pensando no jeito que minha mãe saiu daqui e talvez todos tenham razão, mas se eu for, vou acabar estragando o fim de semana de todo mundo com o péssimo humor que eu ando ultimamente.

— Não vai me convencer! — Reforcei e pude ouvir sua respiração pesada.

— E depois quer achar ruim sobre a teimosia de Allana! Quer saber? Eu vou para minha sala. — Meu amigo saiu e eu voltei ao trabalho.

Como amanhã é feriado e não vai ter nada aberto, saí mais cedo para cortar o cabelo, porque seria a quinzena rotineira e depois fui para o apartamento, tomei banho, pedi uma pizza e coloquei uma série para assistir..

...

Hoje é sexta e eu acordei bem cedo, mas fiquei na cama por mais um tempo mexendo no celular. Quando levantei, fiz minha rotina matinal e depois preparei meu café da manhã.

Sentei para me alimentar e só conseguia pensar em tudo que Caio disse e em como minha mãe ficou depois da nossa conversa. Coloquei a louça na lavadora e fui para meu quarto.

Fiquei alguns minutos parado no closet, analisando se iria fazer a coisa certa e como não cheguei a nenhuma conclusão, somente me troquei, peguei mais uma algumas peças de roupas e algumas coisas pessoais e guardei na mochila, coloquei nas costas, peguei minhas chaves e meu capacete e desci.

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