Mamãe, não deixe o papai romance Capítulo 158

Ela estava com muito medo naquela escuridão, especialmente por estar em um lugar desconhecido onde não havia ninguém por perto. Seu temor era de morrer se fosse deixada lá sozinha.

O seu abraço repentino amolecera o coração de Lance, e ele também estava com medo.

Ele ficara preocupado por Carley ter sido enviada a um lugar perigoso, e por isso correra para lá. Quem sabe o teria acontecido se ele tivesse chegado minutos depois?

"Você disse naquele dia que me ofereceria um jantar, e eu fiquei com receio de que desistisse da ideia, então voltei antes. Você não vai desistir, vai?"

Carley negou com a cabeça, ainda abraçada nele. Ela sempre desejara mantê-lo distante, não querendo mais vê-lo na sua frente, mas naquele momento, a presença dele era incrivelmente reconfortante.

"Eu não vou desistir. Pode ter certeza de que você terá o seu jantar."

"Que bom. Pelo menos meus esforços para te encontrar não foram em vão. Não tenha medo, estou aqui. Vou dar um jeito da gente sair daqui."

Lance teve que primeiro acalmar as suas emoções conflitantes, para depois analisar a situação. A chuva estava ficando mais forte, então ele tinha que tirá-los dali o mais rápido possível. Quando ele e Aaren chegaram ao acampamento temporário, ficaram sabendo que Carley havia partido, e não conseguiram entrar em contato com ela. Por isso, ele e o assistente se separaram para procurá-la.

Carley se levantou com cuidado, apoiando-se na parede. "Este buraco parece um pouco profundo. Não consigo sentir o topo."

"Não brinca, eu também não consigo sentir. Teremos que dar um jeito."

Lance pegou o seu telefone e descobriu que estava sem sinal, então ligou a lanterna, esperando chamar a atenção de alguém. Carley o mirou e o viu vestido em um estilo não convencional, usando uma máscara, uma jaqueta jeans e um par de botas dr. Martens, exalando um ar rebelde.

Mas naquele dia, ela o estava achando o máximo, e já estava pensando se não deveria mudar de opinião sobre ele.

Da mesma forma que ela fizera com Lance, a quem ela costumava taxar de grande vilão...

Para! Como ela poderia compará-lo com Lance? Eles eram duas pessoas completamente diferentes.

Depois de acenar com a lanterna por um tempo sem resposta, Lance não teve escolha a não ser se agachar e dar um tapinha no ombro. "Monte em cima de mim e veja se consegue sair."

Carley respirou fundo e subiu com cuidado no ombro dele, então, quando ele se levantou com seu um metro e oitenta e dois de altura, ela conseguiu de fato alcançar a borda do buraco. No entanto, ela não conseguia se sustentar com o cotovelo.

"Não consigo me apoiar no cotovelo pra sair."

"Tudo bem, vou conseguir!"

"Então, vou te empurrar para cima quando eu contar até três."

"Ok!" Carley respirou fundo, acreditando que, trabalhando juntos, sairia de lá.

"Um, dois, três, pra cima!" Lance a empurrou com força, levantando a parte superior do corpo de Carley até a borda do buraco. Ela, por sua vez, pôs força nas mãos e conseguiu sair, sorrindo aliviada.

"Sam, eu realmente consegui..."

Lance jogou o telefone para cima, lembrando-a. "Parece um pouco perigoso aqui, então fique onde está e não se mexa. Ligue para alguém e acenda a lanterna para que possam nos encontrar."

Carley assentiu, sem saber o que teria acontecido com ela se Sam não estivesse lá naquele dia.

E desde quando ela começara a ser tão obediente com ele? Enfim, isso não importava. Não havia sinal no telefone, então ela começou a acenar com a lanterna do celular.