Me Casei com O Marido em Coma romance Capítulo 60

A garota tinha coragem de falar sobre evidências. Não importa os outros acreditam em Quitéria ou não...

Mas o fato era que Yara contratou alguém para machucá-la. Por que Quitéria se importaria com evidências ou com o que os outros pensavam?

Não bastava que ela soubesse os fatos?

De qualquer forma, a garota sempre foi vingativa e não gostava que os outros a passassem para trás. O que mais a irritava era quando tentavam se aproveitar dela para levar a melhor.

No passado, ninguém ousava tocar nela, já que ela era a filha caçula da família Su.

Agora... Quem ousasse encostar um dedo nela perderia a mão.

Yara ficou chocada diante do olhar imponente de Quitéria. Ela recuou por instinto e acabou tropeçando e caindo no chão.

"Você... não pode me bater! A gente tá na faculdade agora, e a união estudantil e o reitor não vão te deixar barato... Você não quer se formar na Allord University?"

Yara não esperava que Quitéria fosse reagir de forma tão direta e com tamanha arrogância, mas não era indefesa. Se a garota quisesse bater nela, deveria estar ciente das consequências.

Quitéria parou por um momento ao ouvir o que ela disse, mas aí caiu na gargalhada.

“Parece que você não me investigou direito. Não me supreende que tenha mandado uns inúteis atrás de mim... Não foi difícil quebrar os braços e pernas deles, então acha que alguém vai ficar sabendo que te bati?"

Após dizer isso, Quitéria se agachou na frente de Yara. O lindo sorriso dela era gentil, mas Yara sentiu um arrepio percorrer seu corpo todo.

Ela estava com tanto medo que começou a tremer. A única coisa que pôde fazer foi abrir a boca e sussurrar: "Fica... longe. Não chega perto de mim".

"Não precisa ter medo. Acabei de te ver cair no chão e quero te ajudar. Afinal, somos colegas de classe, então precisamos ser amigáveis e ajudar uma à outra."

O sorriso no rosto de Quitéria era muito gentil, mas Yara estava apavorada.

Quem acreditaria que ela tinha boas intenções quando dava um sorriso tão diabólico?

Yara tentou fugir e quase deu um grito. A garota não estava arrogante como de costume.

Ela não conseguiu correr muito. Um dos outros alunos da Allord University ouviu alguém cair na água e gritou: “Socorro, Yara, caiu na água!”

Os admiradores da garota vieram correndo, atropelando uns aos outros. Quitéria não estava a fim de ver a garota se afogando, portanto virou-se. Foi aí que se deparou com Julio.

“Julio, você por aqui...”

Ela dava um sorriso doce e inocente, que constrastava muito com a crueldade que tinha acabado de demonstrar. Era como se o que havia acabado de acontecer não passasse de uma ilusão.

Quitéria, na frente dele, era uma garota esbelta, alta, bonita, gentil e bastante feminina. Se Julio não tivesse visto com os próprios olhos que ela quebrou os braços e as pernas de dois homens fortes em um piscar de olhos, jamais acreditaria que aquela pessoa tão adorável podia ser tão ágil e implacável.

Ele desviou o olhar, passou por ela e pegou o pincel no chão.

O jovem não sabia se era por medo do que a garota era capaz de fazer, porém, quando pensou em como ela era habilidosa com as mãos, afastou-se um pouco por instinto.

Quitéria ficou ali, piscando com inocência. Ela pegou outro pincel e voltou a desenhar.

“Eu vi o que aconteceu naquele dia e também ouvi o que acabou de acontecer.”

Foi o que Julio disse em voz baixa, de lábios franzidos. A garota se virou, surpresa, e olhou para ele, sem entender.

'Aonde ele quer chegar?', pensou ela.

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