Bruna Maria
Esperei que meu namorado saísse no dia seguinte, para poder bater de frente, com a piranha da Yolanda. Por mais que João pedisse que eu não fosse arrumar confusão, não dava mais. Ela tinha que respeitar o meu homem e procurar outro. Não foi difícil descobrir o endereço daquela nojenta, ela morava com o seu pai.
Fiquei algum tempo do lado de fora da casa aguardando que ela aparecesse e quando finalmente isso aconteceu, agarrei seu cabelo falso que estava preso em um rabo de cavalo.
— Pensou mesmo que daria em cima de um homem comprometido e ficaria por isso mesmo? — questionei, puxando seu cabelo com mais força. — Estou cansada de você piranha! Por que não procura um homem solteiro? Responde!
— Aí! Para que essa violência? Quando foi que aprendeu espanhol? Vi João primeiro! Ele me pertence e não a você que chegou agora!
Esforcei-me muito pra melhorar no espanhol e aquele era o momento de mostrar tudo que aprendi.
— Ele não pertence a você como uma posse! Como pode falar dele assim? Vocês são primos, sua filha da puta! — esbravejei, derrubando ela no chão e chutando seu estômago. — De onde venho piranha a gente assa no espetinho! Levanta, anda! Quero te dar a surra que seus pais nunca te deram!
— Não fale assim comigo sua selvagem! Socorro! Alguém me ajuda! Estou sendo atacada! — berrou, tentando se arrastar até o portão de sua casa, no entanto, consegui detê-la puxando-a pelos cabelos.
— Levanta pra apanhar com honra vadia! Nunca mais se ofereça pro meu namorado outra vez, tá ouvindo? — alertei, cuspindo em seu rosto e em seguida dando um tapa estalado na sua cara de sirigaita.
Eu estava fora de mim Yolanda tinha que entender na porrada que João tinha uma mulher e que ela não aceitaria outra tentar roubá-lo.
— Vou te denunciar na delegacia por agressão sua sonsa! — resmungou, agarrando meus cabelos com as duas mãos. — Não vou apanhar de graça de uma mulherzinha insignificante feito você!
Rolamos no chão atracadas e trocamos muitas ofensas. Os seguranças da casa de Yolanda apareceram para separar a nossa briga repleta de baixaria. Após isso voltei para casa do meu namorado mancando, porém, de alma lavada por ter dado tudo que aquela piranha merecia.
— O que você faz em casa? — perguntei, deixando meu sorriso de vitoriosa murchar.
— Vim correndo quando os seguranças me ligaram dizendo que você tinha sumido! Droga! Você foi atrás dela, não foi? Seus braços estão arranhados!
Olhei para os meus braços e era verdade, aquela maldita tinha me marcado toda. Como mentir para ele sendo que as evidências eram claras? Não queria aborrecê-lo, entretanto, mentir seria pior.
— Não tinha como eu não fazê-la sentir na pele a minha fúria. Desculpa-me por te decepcionar, mas não conseguiria fingir que nada acontecera, Yolanda teve o que mereceu por ser uma oferecida.
João não esperava que eu fosse assumir, posso afirmar que ele não ficou feliz em ouvir da minha boca o que já desconfiava, porém, ele tinha que entender o meu lado, era uma situação difícil e ele também não ajudou em nada. Ele poderia muito bem ter mantido aquela piranha longe de nós dois desde o início, mas não fez!
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