Juliano Gonzalez
Cada nova frustração com mais violência descontava em terceiros. Meus sobrinhos continuavam vivos e eu não conseguiria o que sempre quis, a fortuna do meu falecido irmão, enquanto eles estivessem vivos não poderia usar o documento assinado pelo meu irmão que eu herdaria sua fortuna caso acontecesse alguma coisa com seus filhos e esposa.
Todos eram para morrer naquele aeroporto, no entanto, o assassino de aluguel que contratei não foi rápido o suficiente antes de ser capturado. Fora anos manipulando situações e tentando me livrar daqueles dois moleques. Teresa a tia deles acabou me flagrando em uma conversa comprometedora no dia do jantar de comemoração do retorno do meu sobrinho João.
Tentei me explicar e ela não quis saber de nada. Falou que me denunciaria para polícia, portanto, tive que me livrar dela com minhas próprias mãos. Nunca gostei de sujar minhas mãos, entretanto, foi necessário. Ter assassinado a tia dos meus sobrinhos e fingido ser um suicídio, acreditei que ninguém suspeitaria de nada, porém, me enganei, pois, meu sobrinho desconfiou de tudo e resolveu fazer suas próprias investigações.
Yolanda uma das minhas filhas adentrou a sala de estar em um péssimo estado. Nunca tinha visto minha menina naquele estado.
— Papai, apanhei da namorada do João! O senhor precisa fazer alguma coisa, papai! Olha como ela me deixou!
A brasileira entrou para minha lista negra por ter agredido minha filha. Uma mulher sem classe como ela deveria ter ficado no Brasil, mas como não ficou precisava ser eliminada.
— Por que deixou que ela te batesse assim? Não revidou por quê? Yolanda, você é muito mais alta que ela e forte! Eu não te criei para apanhar de uma qualquer! — exalte-me por minha filha ter chegado naquele ponto. Tantos homens e ela tinha que ter se apaixonado pelo primo? Era mais um dos motivos que queria assassiná-lo!
— Mas, papai, ela me pegou de surpresa! Não sabia o que fazer! Quando decidi me defender os seguranças chegaram e nos separaram...
Desculpas era isso que ela acabara me dando. Minha filha era uma decepção, não queria admitir, mas ela era.
— Yolanda! Para de me dar desculpas! Você precisa fazer alguma coisa! Não quero que aquela mulher pense que você é fraca! — esbravejei lhe dando um tapa no rosto. — Seja forte! Engole esse choro de menina mimada e vire a mulher que esperava que você fosse na sua idade! Estou cansado de resolver os problemas seus e dos seus irmãos!
— Eu não sei o que fazer, papai... — murmurou, cabisbaixa.
— Como não sabe o que fazer? Você tem os recursos para dar uma lição naquela mulherzinha! Não quero você reclamando pelos cantos e me pedindo ajuda, entendeu? O problema é seu! Resolva como uma mulher adulta!
Minha vontade era de sugerir que ela a matasse, no entanto, a escolha era dela do que seria feito contra a namorada do meu sobrinho. Yolanda jamais me daria orgulho, não tinha nem dúvidas.
— O senhor nunca falou assim antes! Por que não quer me ajudar? — questionou-me de cara feia.
— Quem pensa que sou? Seu salvador? Cresça! Você pode se virar sozinha!
— Não acredito, papai, que deixará tudo nas minhas costas! Não pensei que o senhor fosse um pai tão ruim assim! — resmungou, saindo da minha frente bastante irritada.
Ser pai era a tarefa mais difícil que me submeti a viver. Tudo era sempre uma aventura e não posso dizer que era bom. Meus filhos eram dor de cabeça e estar sempre cuidando de todos eles, era desgastante.
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