João Gonzalez
Após uma fuga em alta velocidade paramos em um hotel e aluguei um dos quartos. Minha sorte foi que deixava sempre cartões de débito no veículo. Bruna deitou na cama e ficou encolhida até pegar no sono. Telefonei do hotel para polícia e o delegado veio pessoalmente conversar comigo.
Infelizmente as notícias não eram das melhores, os criminosos assassinaram meus seguranças e destruíram muitas coisas na minha casa, além disso, ainda me deixaram um recado ameaçador.
— Delegado, agora acredita que querem me assassinar? — questionei, ele que ficou pensativo.
— Isso tem que ter uma investigação mais profunda. Foram muitos homens assassinados. Você disse que seu tio irmão do seu pai está envolvido em tudo, mas, não conseguimos provas até agora de nada. Ele parece ser um homem correto em seus negócios financeiros. — comentou, me deixando ainda mais frustrado.
Homem correto? Era tudo fachada ele escondia bem as suas podridões isso sim!
— Quero que tudo isso seja resolvido antes que o pior possa acontecer, meu tio Juliano Gonzalez, não tem nada de correto. Apenas está escondendo o que vem fazendo durante anos. Você precisa tomar providências e investigar melhor!
Exaltei-me um pouco exigindo sua competência. Não aguentava mais passar por aquelas coisas. Eu queria viver a minha vida ao lado do meu irmão e da minha namorada, sem ter que me preocupar com nossas vidas em perigo.
— Entendo o senhor, mas estamos tentando dar o nosso melhor. Sinto muito se você acredita que não seja o suficiente.
Claro que ele não sentia muito, não era a vida dele, era a minha vida. Ele tinha que fazer o trabalho dele da melhor maneira possível ou eu não continuaria muito tempo vivo se as coisas não mudassem.
— Por favor, fiquem de olho mais um pouco no meu tio. A minha mulher ficou em pânico e acabou adormecendo no quarto. Sinceramente não quero passar por isso outra vez, foi por muito pouco que não fomos vítimas daqueles criminosos também.
O delegado e sua turma de policiais saíram do hotel me dando a esperança de que o que ocorreu não aconteceria mais uma vez. Telefonei para o meu irmão Samuel, ele precisava saber de tudo.
— Vocês precisam voltar para o Brasil, não dá mais para continuarem no México. Ele não desistirá, João, até acabar com todos nós. Vocês estarem no nosso país não é mais seguro. Não quero receber uma ligação com a notícia de que você e minha cunhada foram assassinados. — desabafou ele.
— Não podemos passar a vida inteira fugindo, você entende? Fugir agora só adiará os planos do nosso tio. Como você mesmo disse, ele não vai desistir, portanto, é melhor permanecer no México e continuar tentando desmascará-lo.
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