Bruna Maria
Não ficamos muito tempo no hotel, meu namorado conseguiu um lugar para ficarmos. Era uma casinha simples, mas muito aconchegante de um dos seus amigos. Fizemos compras, precisávamos de roupas e comida, João conseguiu rapidamente contratar novos seguranças e eu não sabia o que tinha acontecido com os anteriores que eu já conhecia, no entanto, também não tive coragem de perguntar.
Tentei não demonstrar o quanto ainda estava abalada, não queria que meu namorado ficasse ainda mais preocupado comigo. Por mais difícil que fosse, eu precisava aguentar e não entrar mais em pânico. Tudo que ele menos merecia naquele momento era ter que lidar comigo. Era uma situação complicada e se eu pudesse aliviar suas preocupações era isso que faria.
— Eu suponho que podemos preparar uma coisa gostosa para nós dois. Dessa vez vou para a cozinha e você fica no sofá, porque se você ficar me observando enquanto estou cozinhando, não conseguirei me concentrar. Posso deixar a comida queimar e não é isso que queremos não é mesmo?
— Não me importaria de comer algo queimado, o que conta mais é a companhia e essa tenho, a melhor de todas, na verdade, que é você! Se você quer cozinhar, deixarei você cozinhar e ficarei afastado, pelo menos tentarei ficar. É difícil permanecer longe de quem amo por muito tempo.
João era um namorado super fofo e safado nas horas certas. Não sei como ele conseguia ainda ser descontraído após toda a situação que estávamos vivendo, mas me senti feliz por saber que ele gostava de estar comigo.
— Vai logo antes que eu te agarre e não deixe você sair dessa cozinha! — comentei, maliciosa.
— Você sabe né que se você quiser a qualquer momento, a qualquer hora e em qualquer lugar...
Ele não negava fogo, o que era muito satisfatório, era algo único da característica dele, mas fazermos amor naquelas circunstâncias não seria a melhor escolha. Tínhamos que nos concentrar no que estávamos vivendo e encontrarmos uma saída segura para todos.
— Sei amorzinho o quanto você tem um fogo, entretanto, não é o momento. Estou tentando focar em outras coisas, esquecer tudo isso que está acontecendo, mas está sendo bem difícil, devo confessar, porém, juntos conseguiremos passar por essas coisas. — desabafei, não que fosse mudar alguma coisa, mas aliviava o que eu estava guardando só para mim.
— Você está tentando ser forte, sei disso, entretanto, você não precisa ser. Estamos passando por muitas dificuldades ultimamente, mas com a ajuda certa, vamos desmascarar o meu tio Juliano. Não entendo como não conseguimos ainda. A polícia está envolvida, existem investigadores particulares também, que contratei e até agora nada. É como se estivéssemos nadando contra a correnteza.
Eu estava desconfiada na questão da polícia ter envolvimento de alguma forma na dificuldade de desmascararmos logo aquele homem. Tinha algo naquele delegado que não me descia na garganta, mas eu não sabia o que era.
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