Annelise
4 anos depois
Chase bagunçou o cabelo de Thomas pela terceira vez enquanto ele tentava se concentrar no desenho. Os fios castanhos médios de Thomas pareciam arrepiados, e somente quando Chase foi até a porta, Thom olhou para mim, por cima do ombro, e sorriu.
Tínhamos combinado que quem fizesse o melhor desenho ganharia um presente especial de Chase. Eu rabisquei algo no pedaço de papel, e Chase cruzou os braços, impaciente. Ele voltou, andando na nossa direção e expirou audivelmente, colocando as mãos nos quadris.
— Acha mesmo que vão vir? Já é tarde. Kathryn disse que estaria aqui em duas horas. — Eu levantei a cabeça, e Chase, mais uma vez, bagunçou o cabelo de Thomas, que o encarou impacientemente.
Parece que tinha herdado o mal humor do pai.
Eu sorri.
Peguei um biscoito e comi um pedaço.
— Você sabe… é Nova York. Sempre há atrasos. — Chase me encarou, então sentou-se no sofá e recostou a coluna. — Ficou até tarde de novo trabalhando?
Ele fez que sim.
— Pensei que tivéssemos conversado sobre isso. — Eu disse, voltando minha atenção para meu desenho. O giz de cera estava escorregadio na minha mão. Olhei para Thomas, que cobriu seus traços coloridos.
— Não pode ver! — Disse ele. Eu pisquei. —O papai disse que roubar é errado.
— Não estou roubando. E ele disse que trapacear é errado, seu abusado. — Resmunguei.
Thom bufou.
— Papai! A mamãe está trapacenando! — Eu ri, olhando para Chase.
Ele abriu um sorriso, e quando percebeu que Thom iria continuar insistindo, bateu no espaço ao seu lado. Nosso filho correu, sentou-se e olhou para Chase.
Deus, eles eram iguais.
— Trapaceando — corrigiu Chase. — E a mamãe não está trapaceando. Ela só ficou curiosa.
— Curiosa?
Ele assentiu.
— Igual quando vejo você desenhando aquelas coisas?
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