Maria Eduarda
Dois meses depois…
Aqui estou, indo de encontro ao meu príncipe encantado. Ao vê-lo ali na minha frente, firme e forte, nem parecia que chegou a ficar entre a vida e a morte. E começo a me lembrar do que aconteceu dois meses atrás.
Os médicos chegaram a dizer na época que talvez ele não sobrevivesse, e Deus sabe como aquilo acabou comigo. Acabei desmaiando no chão e fui socorrida pelas enfermeiras, que chamaram o médico de plantão.
— Senhora Vitorino?
— Sim… — respondo, e tento me sentar, e não consigo. Vejo que estava com soro na veia e acho estranho.
— Senhora, tenta ficar deitada um pouco — ouço a enfermeira dizer.
— O que houve?
— A senhora não se lembra de nada?
— Lembro que falaram que o meu noivo estava correndo risco de vida —sussurro, com medo de ter ouvido mal.
— É verdade, seu noivo está em estado crítico — o médico comenta, e começo a chorar.
— Doutor, é muito grave o que ele tem?
— Me desculpa, senhora, é grave o seu estado.
— Eu quero ver ele!
— No momento ele não pode receber visita de ninguém.
— Por favor, doutor, eu preciso ver ele!
— Senhora, seu noivo neste momento está recebendo uma transfusão de sangue.
— Então é grave, doutor?
— Por enquanto sim, e a senhora precisa descansar.
— Descansar? O meu noivo está numa sala recebendo sangue e o senhor está pedindo calma? — já estou quase gritando, nervosa.
— Sim, a senhora precisa descansar, por causa do seu estado.
— Do que o senhor está falando?
— A senhora está grávida!
— Grávida?! — sussurro, e levo as minhas mãos automaticamente ao meu ventre.
— Sim, a senhora está grávida, e pela expressão do seu rosto imagino que para a senhora é um choque.
— Sim… — sussurro, e as minhas mãos ficam ali em meu ventre, querendo sentir algo, mas eu sabia que ainda era cedo.
— Recomendo que a senhora procure logo um obstetra e comece a fazer o pré-natal.
— Doutor, por favor, me deixa ver o meu noivo!
— Eu vou ver se consigo e te aviso, OK? Tenta descansar um pouco, que daqui a pouco volto para ver como está.
— OK.
Volto a me deitar com ajuda da enfermeira e peço para avisarem a minha irmã.
— Por favor, meu príncipe, se recupera logo, que tenho que te contar que em breve vai nascer o nosso filho, o fruto do nosso amor — faço uma prece.
Agora estava ali, depois de dois meses, caminhando pela igreja, usando um vestido branco e carregando um buquê de rosas vermelhas que combinavam com os meus cabelos, segundo a minha irmã.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu CEO Possessivo