Meu melhor erro romance Capítulo 12

Resumo de Capítulo 11: Meu melhor erro

Resumo do capítulo Capítulo 11 do livro Meu melhor erro de Letícia Nogueira

Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 11, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Meu melhor erro. Com a escrita envolvente de Letícia Nogueira, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

Gabriela

Acordei na segunda feira bem cedo por falta de sono, resolvi que iria arrumar as

roupinhas que havia ganho no dia anterior.

Comecei colocando tudo sobre a cama e

dobrando, depois arrumei nas gavetas do meu guarda roupa.

Fui tomar um banho, aliás, era dia de

trabalhar. Vesti uma calça linho branca com uma camisa com uma frase " Se eu soubesse o que eu sei hoje, eu erraria tudo exatamente igual" e peguei um moletom confortável, segunda e sexta era dia

de supervisão, andar para cima e para baixo na fábrica, e tem setores frios, isso era bem cansativo, então pedia uma roupa confortável.

Prendi o cabelo num rabo de cavalo apertado e coloquei meu all Star azul. Estava pronta pra mais um dia de trabalho. Quando olhei no relógio notei que se não saísse agora ia chegar atrasada, corri para o

estacionamento do prédio.

Saí ultrapassando todos os barbeiros que

tinham pelo caminho, e cheguei cinco

minutos antes de bater meu cartão, estava

sem fome, então seguiria logo para minha

sala. Peguei o elevador e apertei o botão do

meu andar, já falei que odeio a demora dessa geringonça? Adiantaria o trabalho de muita gente se ele fosse mais rápido.

Quando a porta estava prestes a fechar, uma mão se colocou no meio das portas. Bati o pé de raiva, que logo se esvaiu quando um lindo sorriso surgiu. Foi liberado em São Paulo o uso das máscaras ontem, eu ainda estou com a minha tenho que protege o meu bebê de todas as maneiras possíveis, mas com certeza o Diogo fica aí dá mais bonito sem máscara, ele caminhou para dentro do elevador, segurando uma mochila preta no ombro coberto por uma jaqueta de couro.

— Bom dia. — ele falou abrindo um sorriso branco e largo.

— Bom dia...

Ele encarou a porta a nossa frente que demoraria mais dois anos para fechar agora, bufei e olhei o relógio, estava perdendo tempo de trabalho. Só não iria subir de escada porque meus pés precisavam ser mantidos intactos para o restante do dia.

— Fiquei te esperando naquele dia, acho que você quer ficar retido no último ano. — puxei assunto brincando.

— Não deu tempo de ir até sua sala, mas

ficaria muito feliz se o convite ainda estivesse de pé.

—  Pelo bem da fábrica vou lhe dar mais uma chance. — balancei a cabeça.

— Altruísta você. — ergueu uma das

sobrancelhas.

O elevador começou a se movimentar, aleluia, Notei que ele não tinha apertado nenhum botão. Apontei para o painel.

— Vai ficar aonde?

— No refeitório.

Meus olhos gordos de grávida apertaram

o botão do oitavo andar, já me imaginava

pegando um pão com manteiga bem

quentinho, com um café com leite. Minha boca se encheu de água e eu desejei que

aquele elevador voasse. Incrível como meu

estômago deu sinal de vida do nada.

— Acho que vou dar uma passadinha por lá

também.

Virei de costas para me olhar no espelho,

passei a mão no cabelo e ajeitei a bolsa

no meu ombro. Depois encarei o reflexo

de Diogo, suas costas largas eram bem

atrativas, seu cabelo pedia que dedos fossem entrelaçados ali. Por pouco não suspirei.

Descemos no oitavo andar e caminhamos lado a lado até a mesa onde ficava a o Buffet para o café da manhã. O refeitório era muito grande, e todos os operários, desde altos cargos a não tão altos assim, se esbarravam por ali. Isso era uma das coisas que me fazia gostar de trabalhar ali, por mais que fossem muitos funcionários, dava pra notar que todos olhavam de igual para igual.

Durante minha faculdade fiz estágio em outra industria, era automobilística, assim como a maioria das fábricas, havia um refeitório, e a divisão "social" era nítida.

Sempre os chefes em um canto, estagiários e operários do outro. Sorri enquanto pegava um pão com manteiga que parecia super quentinho, gostava de trabalhar ali, ainda mais quando.notava que não havia essa segregação social.

— Você já comeu um desse? — Diogo me tirou do transe, apontando para um bolinho verde.

— Não sou muito fă de coisas verde. — fiz

careta.

— Juro que desse você vai até voltar para

buscar mais. — ele falou já colocando um no meu prato. — Ah, e essa torta de frango também — colocou no meu prato e no dele.

—Desse jeito vamos acabar comendo tudo. — falei ao ver ele colocando um pedaço de bolo de cenoura.

— Comer é a melhor coisa que existe, então. E não tenho culpa se a comida daqui é gostosa, em casa eu só como comida congelada, é um alívio comer comida de verdade.

— Isso eu tenho que concordar, comer é vida.

Entrei no embalo dele e acabei indo me sentar a mesa com uma bandeija cheia de coisas.

Acrescentei mais um pão com salsicha, suco

de maracujá misturado com de laranja (Diogo me obrigou a isso), um pedaço de bolo de laranja ( que não suporto, mas quando sentir o cheiro me deu muita vontade de comer) e um mini croissant.

Se eu estava achando meu prato grande demais, é porque não tinha visto a conclusão do dele. Ele sentou a minha frente, fazendo nossos joelhos esbarrar em baixo da mesa.

— Vai, come o bolinho, adoro ver a reação de todos quando descobrem que essa coisa verde e feia é gostosa. — cruzou as mãos embaixo do queixo me encarando.

Peguei o bolinho verde com a mão e dei uma mordida com receio, mas não me arrependi, parecia levar couve, bacon e queijo nos ingredientes.

— Isso. É. Muito. Bom. — falei pausadamente enquanto mastigava.

— Eu avisei. E nossa sorte é que todos acham que é ruim e sempre sobra.

— Minhas manhãs apenas com pão e

manteiga acabaram. — sorri. — Daqui alguns dias vão ter que fazer uma porta maior.

— Que isso! Você tem cara daquelas magrelas que comem para burro e não engordam.

— Agora vou engordar. — bebi o suco

misturado. — Isso também é bom. — falei sorrindo.

— Ah é verdade, por causa da gravidez. — ele falou e fiquei em choque.

— Que? — arregalei os olhos e quase cuspi o suco na cara dele. — Como...

— Eu tenho você no Facebook. — deu de

ombros.

Minhas bochechas queimaram e eu abaixei

o rosto, tinha esquecido que o pessoal da

fábrica também me tinha na rede social.

Bebi um gole do café com leite e olhei para os lados morrendo de vergonha, queria abrir um buraco no chão e enfiar minha cara.

Disfarçando peguei o celular e mandei

uma mensagem para o Lucas.

" Onde eu estava com a cabeça para deixar você posta aquela foto na minha conta, agora o Diego me contou que viu e com certeza todos estão comendo, Lucas você é um filho da mãe desgraçado"

Quando me preparava para levantar, Diogo

pegou minha mão.

— Espera...— ele falou.

— Preciso ir, tenho que começar a trabalhar.

— Estou sobre sua supervisão hoje, logo onde você for eu vou.

— Tudo bem. — bufei. — Vamos pegar um

epilético enquanto gritava. Mas ele nem sabia o que dizia, eu cantava muito bem e dançava melhor ainda!

E falando no Lucas, meu celular começou a

vibrar fazendo o rádio apitar. Tinha que ser ele pra atrapalhar minha música viu.

Atendi e coloque no viva voz.

— E aí, barrigudinha?

— Oi Acendino. — comecei a rir enquanto ele bufava

— Gabriela você sabe que eu odeio que me chame assim — ele fala chateado, e posso imagina a cara dele reclamando.

— Calma moço — Falei voltando a rir enquanto ele bufava do outro lado da linha.

—Para de rir dona Gabriela! — reclamou. — Quem é esse tal de Diogo?

— Nossa, quanta consideração, mandei

mensagem de manhã e você só viu agora?

— Drama mandou abraços. Tive um dia muito cheio nem tive tempo de comer, estou morto. Mas enfim, quem é esse que

está falando da sua gravidez?

— Ele não está falando da minha gravidez, ele só sabe, assim como o pessoal da fábrica

toda deve saber. — apertei o volante quando o farol abriu. — E ele é um estagiário muito gato que trabalha lá.

— Se acostume a ficar com vergonha então,

porque eu ainda vou postar muitas fotos da sua barriga. — riu. — Aliás, amanhã te pego exatamente às duas da tarde.

— Eu sei dirigir, Lucas, podemos nos encontrar no hospital.

— Não, eu vou te buscar mesmo assim. —

Podia até prever que ele revirava os olhos

enquanto falava isso.

— Mas eu posso ir sozinha eu sei dirigir e aliás, eu dirijo melhor que você.

— Voce está toda engraçadinha hoje né?

— Na verdade eu estou morta de cansaço,

estou num transito do caramba, querendo

chegar logo na padaria e comer a pizza de

escarola.

— Fala não, to morrendo de fome e tem tipo só tem ovo para comer.

— Até faria um convite, mas eu realmente

quero comer uma pizza sozinha, nosso filho está querendo muito está pizza passei a tarde toda a desejando.

— A gente cria os amigos por anos, pra que

isso aconteça. Vai ter volta barrigudinha. — ele falou e comecei a rir. — Mas eu vou te buscar temos que economizar já viu os preços das fraldas, explicar a sua mãe filho que o papai vai buscar vocês desta vez — ele falou e acabei rir.

— Está bem você venceu, e te desejo um bom arroz com ovo pra você.

— Sem coração. — ele falou e tive que rir.- Vou resolver umas coisinhas agora, estou cheio de coisa para resolver, beijos barrigudinha.

— Beijo, e bonito vai comer se não eu vou aí te arrancar a força do seus processos — falei e ele sorriu, não seria a primeira vez que faria isso de obrigada ela a parar de trabalhar um pouco.

— Eu vou comer sim, beijo.

Ele desligou e eu segui meu caminho para a

pizza que meu estômago tanto implorava.

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Continua....

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