Meu melhor erro romance Capítulo 24

Resumo de Capítulo 23: Meu melhor erro

Resumo de Capítulo 23 – Uma virada em Meu melhor erro de Letícia Nogueira

Capítulo 23 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Meu melhor erro, escrito por Letícia Nogueira. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

Gabriela

Mandei inúmeros currículos para empresas, até conseguiria uma entrevista, porém seria descartada ao falar da minha condição de grávida.

Lucas até tem condições para sustentar a mim e ao nosso filho, mas ficar naquele apartamento sem fazer nada o dia inteiro iria com toda certeza me deixar doida. Sem contar que a bonitinha da namorada do Lucas estava me tirando do sério.

-.Sério qual é o problema de vocês - a Sarah falou abrindo os armários da cozinha

— Só ignora - o Lucas falou baixinho sentando do meu lado e ficando na minha barriga.

– Sério como vocês conseguem deixa a casa neste estado, eu gosto das minhas coisas organizadas.

– Sarah relaxa vai a Gabi não pode se estressar - o Lucas falou e beijou a minha barriga e depois beijou a minha testa - Eu vou trabalhar viu, qualquer coisa vocês me chama - ele falou e passou pela Sarah a beijando. - A casa está ótima, e a casa também é da Gabriela, então deixa ela em paz - o Lucas falou antes de entrar no escritório.

A sara só podia ter TOC, se incomodava com tudo. Nunca fui das mais organizadas, mas caramba, o que um chinelo fora do lugar iria causar a alguém? Estava prestes a mandar ela ir tomar em um lindo lugar. Sabia bem que a implicância não era com meu chinelo, ou com minha forma de guardar os pratos e sim comigo mesmo. Desde quando me mudei ela dormia todos os dias lá, acho que tinha abandonado tudo que tinha pra fazer e estava vivendo apenas para me infernizar.

Morando uma semana naquele apartamento eu já estava me declarando com estresse louco e doida para matar aquela menina abusada. Por sorte no sábado descobri que no último andar daquele bloco tinha um espaço onde os moradores podiam fazer uma área recreativa, como um jardim, ou uma pracinha.

Decidi que passaria meu tempo lá, para não matar aquela lambisgóia que dava palpite até na minha roupa. Comprei algumas sementes e terra para plantar e dar origem a um jardim, eu tinha um jardim na casa da minha avó Marta, ela ama as flores e as plantas sempre me acalmaram principalmente as flores.

Tudo ainda estava muito feio quando resolvi começar a cuidar daquele jardim, mas teria que começar de algum jeito né. Varre as folhas e poeira, que eram trazidas pelo vento que naquela altura se mostrava muito presente.

Tive que pensar em uma forma para que as flores não fossem atingidas diretamente pelo sol, chuva e vento. Pesquisei na internet formas baratas de fazer uma estufa.

E projetei um jardim e resolvi fazer uma estufa com matérias  recicláveis, eu tinha visto uma maneira para trabalhar com garrafas de plástico, passei a semana indo no lixo reciclado do condomínio, encontrei até uns canos de PVC, comprei umas coisas um fitas e um plástico, tintas e grampeador.

Coloquei minhas habilidades de design a prova, eu fiz um pequena máquina com dois fios que eu esqueça com eletricidade para me ajuda a corta a cabeça e o fundo das garrafas para ficar só os cilindros e fui juntando eles para fazer a parede com os canos eu fiz a base e depois de cortar ficou mais fácil de juntar todas as garrafas pets. E com o plástico e prendi com fita adesiva daquela de pedreiro o teto.

Cansada me sentei em uma cadeira que levei lá pra cima, até que tinha ficado bonitinha minha estufa. A longo prazo poderia

convencer mais moradoras a ajudar naquele jardim.

Estava bem frio lá em cima, e minha calça legging com minha blusa na altura do umbigo, não colabora para derrotar meu

frio que chegava junto com a noite.

As luzes do terraço acenderam me assustando, mas relaxei quando Lucas surgiu segurando duas xícaras e um cobertor em

volta do seu cocorpo.

- Ficou legal sua oca. - me entregou uma xícara que continha um chá.

- Haha, sem graça. - fiz uma careta.

- Vamos para casa, você deve estar cansada e está esfriando ainda mais.

- Prefiro ficar, mas tarde eu vou, não aguento mais ficar trancada…

- Fiz a tal sopa que a senhora do mercado me ensinou, tem certeza que não vai querer?

- Você quem fez? - sorri.

- Sim.

Estendeu a mão e eu aceitei. Deixei a cadeira próximo a porta que dava entrada para o prédio novamente, onde havia uma cobertura e uma escada estreita que levava até o elevador. Pedro passou o braço e consequentemente o cobertor sobre meus ombros e eu meu braço por sua cintura.

– A Sara não está aí?

— Não.

Disfarço meu sorriso de alívio. Finalmente um dia de paz. Fui tomar um banho para tirar todo o suor do meu corpo e então ir comer a sopa do Lucas.

Vesti o pijama mais quente que eu tinha e fui para o sofá, onde Lucas estava segurando meu prato. Sentei e estendi a mão para pegar o prato, porém ele afastou de mim.

– Por que você está toda tristinha ultimamente? Até parece que não está gostando de morar comigo.

– Estou me sentindo inútil passando o dia todo aqui.

Como se eu fosse uma criança ele colocou uma colher de sopa na frente da minha boca, que abri e ele colocou a cocolher-.

- Você nem está parecendo minha Gabizinha, está comendo pouco, quietinha. - me deu outra colher. - Você não é inútil, minha linda.

- Eu fico nesse apartamento 24 horas por dia, já conheço todas as manchas no azulejo da cozinha. Na verdade eu já até as tirei

anteontem.

Ele soprou um pouco da sopa e embaçou meus óculos. Sorri e tirei para limpar.

- Eu escrevi a gente em um curso de grávidas. Toda sexta feira!

- Me perdoa, Lucas.

Lucas segurou minha cintura com seus braços enquanto eu alisava seu pescoço. Sequei algumas lágrimas minhas e meu

amigo se afastou para que eu sentasse ao seu lado e apoiei minha cabeça em seu cocolo.

- Você não fez nada de errado, baixinha.

- Eu não sou baixinha. - solucei.

Sorrindo ele afagou meu cabelo, e fez carinho em meu rosto.

-Você é baixinha sim e é linda também. E não me peça desculpas viu? Está tudo bem.

- Eu destruí sua vida.

-Gabriela Gonzalez de Sá, parou! Isso não destruiu em nada minha vida, pelo contrário. Agora eu tenho minha melhor amiga morando comigo, esperando meu filho que eu já amo mais que tudo, ele se abaixou e beijou minha testa, - Nunca vou te deixar, nem a você nem ao nosso filho, este com certeza foi o meu melhor erro, nada foi programado, mas eu não imagino a minha vida sem vocês.

Assenti e apertei seu abdômen. Chorei mais um pouco, mas me sentindo mais segura, ele tinha esse poder. Sequei minhas lágrimas e Sorri para ele Obrigada.

Para me vingar fui bagunçar seu cabelo, porém ele foi mais rápido do que eu segurando meu braço acima da minha cabeça. Seus joelhos prenderam meu quadril e ele me encarou firme.

– Gabi! Não vai, por favor.

– Está tudo bem Lucas, eu só vou passar o feriado na cada dos meus pais. - abri um sorriso.

– Estou pedindo por favor. - ele segurou meu braço e levantou a cabeça mostrando

inúmeras lágrimas.

Não aguentei e o puxei para meus braços.

Ele se curvou deitando a cabeça sobre meu ombro, afaguei seus cabelos pretos e peguei sua mão, o puxando para sentar no chão

Comigo.

– Não posso ver você assim. Não está dando certo isso Lucas. - ele encostou sua cabeça em

mim enquanto eu afagava seu cabelo.

— Mas você e meu filho não têm culpa disso. Por favor eu preciso de vocês perto de mim. - ele pediu com os olhos cheios de lágrimas.e o nosso bebê começou a se mexer.

– Eu também não quero ficar longe de você, mas não dá está muito difícil eu estou uma pilha de nervos todo dia eu tenho que ouvi ela por horas e horas reclamando e é melhor esperar a poeira abaixa, e eu aproveito e passo uns dias com a minha mãe…

Ele colocou as duas mãos na cabeça e puxou os cabelo, segurei uma delas e limpei as lágrimas da maçã do seu rosto.

— Se eu terminar com a Sara agora você fica, por favor eu preciso de vocês - ele falou com os olhos cheios de.lagrimas.

– Não faça nada que você possa se arrepender depois.

- Eu estou tão confuso, Gabi.

Levantei e estendi a mão para ele levantar também.

— Você precisa respirar.

Fomos para o telhado, onde minha pequena estufa estava sendo montada. O vento estava forte, mas a visão de lá de cima era linda e calmava qualquer um. Peguei sua mão e o levei para o parapeito, era lindo a cidade daquele ângulo.

- Aqui em cima é muito bonito, como eu nunca tinha visto isso?

— As pessoas tendem a parar quando veem algo feio. Ninguém se aproxima do parapeito depois de olhar o vazio que rodeia esse lugar.

- Por isso o jardim, chamar atenção para a beleza do lugar. - ele me encarou. - Você é genial.

Ele falou olhando para aquela paisagem de luzes.

 

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Continua...

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