Gabriela
Estamos no terraço, ele não parava de olhar para frente.
— Você é incrível sabia
Falando isso Lucas passou o braço por minha cintura e me abraçou forte. Entrelacei meus
dedos em seu cabelo e retribui aquele abraço. Meu amigo não estava bem, e eu daria um
jeito dele ficar.
-Quer ir passear? Ir pra balada? Você quer encher a cara? Eu dirijo, vamos sair como nos velhos tempos - falei e ele
Abriu um sorriso.
- Encher a cara seria uma boa. Apesar de não resolver muita coisa. - suspirou. - Acho que vou terminar com ela, vai ser o melhor.
-Lucas. - peguei seu rosto entre minhas mãos. - Você gosta dela, não faça isso. Esfria a cabeça, eu vou dar um tempo para vocès
resolverem tudo isso. Não toma nenhuma decisão sem pensar antes. - fiquei na ponta do pé e puxei seu rosto pra baixo, e dei um beijo
em sua testa. - Estou aqui viu.
-Eu tenho que pensar ele ou nela - ele falou tocando na minha barriga e o nosso bebê chutou.
-Esfria a cabeça para tomar está decisão.
- Você é a melhor amiga que existe. E por favor, me desculpe por tudo isso.
- Você não fez nada de errado. Mas de verdade, deixa eu passar esse feriado na casa dos meus pais. Até vocês resolverem tudo isso.
- Você promete que vai voltar?
- Prometo.
-Então tudo bem. Posso ao menos te levar lá? Está tarde para você ir para Santos…
- Pode, não vai ser fácil achar um ônibus hoje.
- Escutou filhinho a mamãe, mas faz ela sentir saudade do papai logo. - ele falou com calma fazendo carinho. - É tão bom sentir ele ele.
— Sim, acalma o papai.
— Tem certeza que você quer ir…
— Sim e vai me fazer bem, fica um pouco com a minha mãe, estou com saudades também.
— Está bem, vamos.
Respirando fundo ele pegou minha mão e fomos para as escadas. Fiquei esperando em frente ao elevador enquanto ele ia buscar suas chaves e a carteira.
Minhas costas estavam reclamando por ficar curvada durante todo dia para montar a estufa. Encostei na parede e segurei meus
joelhos tentando fazer o incômodo passar.
- Vamos? - chamou o elevador. - Está se sentindo bem?
– Dor nas costas.
Fomos para o carro, coloquei uma música que amo e o Lucas já ia trocar.
– Ah não Gabi - ele falou fazendo bico.
– É SIa…
– Eu prefiro uma sertanejo um sofrência…
– Mas eu quero Sia, e eu ganho…
— Como assim você ganhou?
— Dois contra um, eu ganho.
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