Meu melhor erro romance Capítulo 27

Resumo de Capítulo 26: Meu melhor erro

Resumo do capítulo Capítulo 26 do livro Meu melhor erro de Letícia Nogueira

Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 26, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Meu melhor erro. Com a escrita envolvente de Letícia Nogueira, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

Lucas

– Ah esse Lucas!- ouvi a voz do meu pai. Abri os olhos sentindo uma dor de cabeça do cão. Meu pai estava na porta do quarto junto de Rick. -Ele acordou.

-Aí minha cabeça.- reclamei de dor

- Vai beber mais, filhote. -Rick entrou no quarto me entregando uma aspirina e um copo de água.- Agora nos conte o que levou você a entrar nessa fossa.

-Vå tomar um banho antes, você está fedendo a álcool.- seu Marcelo falou apontando para o corredor.

Obedeci meu pai sem nem reclamar. Minha cabeça latejava enquanto eu passava o sabonete pelo meu corpo. Ai que ressaca do caramba, isso porque quase não bebi. Em outras épocas já tinha sido mais forte em relação a bebida. Me sequei com uma toalha que Rick tinha deixado pendurada no boxe e vesti um short e camiseta que deveria ser dele também. Olhei minha cara no espelho, olheiras e decepção explicava tudo ali. Bufei e saí do banheiro.

Meu pai e meu irmão estavam no andar de baixo, sentados à mesa tomando café. Seu Marcelo lia um jornal e me encarava com um olhar reprovador. Olhei para Rick e quis xingá-lo por ter chamado meu pai. Quando eu sentei, minuciosamente ele deixou o jornal ao lado da xícara e bebeu um gole de café, sempre me fitando com os olhos azuis.

- Vai contar o que aconteceu? Ou vou ter que atender o seu celular e descobrir? - meu irmão perguntou.

– Quem está me ligando?- por costume levei a mão até o bolso, mas não encontrei meu celular.

-A pergunta seria, qual delas está ligando, né Lucas?- ele falou delicadamente, o que me assustava e muito, se inclinou para frente apoiando os cotovelos na mesa e entrelaçando os dedos.- Não criei filho meu para ser cafajeste não. Ou você está com uma, ou está com outra.

- Calma, eu não estou entendendo.- falei piscando inúmeras vezes.

- Eu não tenho nada a ver com isso. - Rick ergueu as mãos na altura dos ombros.

- Sara me ligou essa noite e me contou uma história, é verdade Lucas?

Coloquei a mão na cabeça e cocei meu cabelo. Como eu podia estar começando a odiar minha namorada? Suspirei e com muita paciência fiz uma pergunta ao meu pai.

-O que ela disse? - perguntei já impaciente.

-Que pegou você e a Gabriela juntos e que depois você largou ela sozinha.l

-Pai, desde quando eu e Gabriela  somos amigos?

-Há muito tempo, mas ela está grávida de um filho seu e está desculpa de melhores amigos não está servindo mais.

— Pai me escuta pelo amor de Deus, sim eu engravidei a Gabriela, e nós estávamos bêbados, agora me diga pai.quantas vezes o senhor me pegou com a Gabriela se batendo, brigando e brincando?-a cara séria dele suavizou um pouco mais.- Eu estava fazendo cócegas nela quando Sara chegou e começou a falar tanta coisa, ela praticamente... - minha garganta travou. - Praticamente amaldiçoou meu filho por ciúmes idiota. Eu não sei se aguento mais isso.

- Aí Lucas.- Rick falou.- Você gosta dessa garota?

- Pior de tudo é que eu gosto. - coloquei café em uma xícara.- Eu estou muito confuso. Ontem, quando fui levar a Gabriela  para a casa dos pais dela, eu...- olhei para a xícara lembrando.

– Você foi em Santos ontem só levar a Gabriela.

– Ela não queria ficar e não ia deixa ela ir sozinha, está não é a primeira vez que vou a santos só levar ela mas só que - coloquei a mão na minha cabeça de novo lembrando do que eu fiz - Eu quase a beijei.

Ao constatar isso meu coração disparou e a vontade de voltar no tempo me consumiu.

– Lucas!- meu pai falou nervoso.

-Até que enfim mano!- meu irmão apertou meu ombro sorrindo.

-Olha, sempre desejei que vocês ficassem juntos, mas não vai ser da maneira errada. Se você quer isso mesmo, seja honesto com as duas.-suspirou.

- Mas eu acho que a Gabriela me considera apenas como um amigo mesmo, melhor não criar esperanças em relação a ela. Já Sara apesar de tudo ela parece gosta de mim de verdade, mesmo passado por isso tudo porque sei que não é fácil para ela me ver com a Gabi sabendo que ela está grávida do meu filho.

- Mas e você? Seu coração gosta de quem?

Apenas balancei a cabeça, que doía demais. Essa pergunta do meu pai era uma ótima pergunta, pena que minha cabeça estava uma confusão doida e me impedia de responder. Precisava voltar a dormir e acordar só na semana que vem, quem sabe assim tudo estaria resolvido.

— Quando Maria volta?- perguntei.

- Vou buscá-la à tarde.

-Preciso buscar meu carro. --coloquei as mãos na cabeça e emite um som parecido com um ronronar.

Passei a manhã toda com meu pai e meu irmão, conversamos mais e eles me encheram de conselhos do tipo "você precisa saber o que sente por elas". Estava mais aliviado quando Rick me deixou em frente ao bar para pegar meu carro.

Dirigi mais tranquilo para casa, ao som de uma música velha, que era a cara da Gabriela. Só de lembrar da Gabriela faz o meu coração acelerar

Deixei meu carro do lado de fora do prédio, pretendia sair mais tarde. A quadra e a piscina do prédio estavam cheias por ser um feriado. Senti uma imensa vontade de dar um mergulho, seria ótimo para curar a ressaca.

Cheguei na minha casa querendo ir logo procurar uma bermuda.

Para estragar meus planos, Sara estava sentada no sofá, estática, com as pernas cruzadas, as mãos sobre seus joelhos e seus olhos fixos na televisão desligada. Parei ainda sem fechar a porta.

– O que você está fazendo aqui? - perguntei sem acreditar.

- Esperando.- falou em seu tom de voz mais doce.

- Esperando o que? - fechei a porta com muito receio.

- Meu namorado voltar para casa.

-Claro que eu voltaria, essa é a minha casa.

- Poderia ser nossa. - Ela abriu um sorriso que me deu muito medo, respirei fundo e fui até ela e coloquei meus braços em volta do seu corpo gelado e o sorriso dela aumentou.a

– Mas ela não é nossa Sara ela é a minha casa - O sorriso dela sumiu.

– Mas podíamos da um passo maior nesta relação - dk falou se levantando e me beijando  com muita intensidade me surpreendendo.

Usando um macacão roxo, a pequenina de cabelos loiros balançava as mãozinhas e as perninhas. Passei a mão pelo seu cabelo ainda ralo e ela abriu a boca como se sorrisse.

- Ela é tão linda - falei virando para olhar uma Gabriela sorridente de braços cruzados.

- Ela tem os seus olhos.

Dei um beijo na neném e peguei na mão da Gabi, a puxando para a poltrona. Ela se sentou no meu colo e passou as mãos por meu pescoço. Alisei suas costas e a puxei para um beijo demorado.

-Obrigado por me dar um presente como este.

Ela respondeu com outro beijo e para me deixar mais feliz ainda sorriu no meio deste.

Ela não fazia ideia do quanto eu a amava.

Passei a mão por seus cabelos e beijei seu pescoço. A neném soltou um pequeno grunhido e nós rimos.

-Acho que ela está com ciúmes.

- Na verdade, acho que estamos atrapalhando.o sono precioso dela, melhor irmos para o nosso quarto.

- Melhor- respondeu se levantando.

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Um trovão me acordou de quase uma ilusão do paraíso. Olhei pela porta da sacada e vi o céu sendo iluminado por raios e uma chuva forte caindo. Ao meu lado na cama estava Sara.

Suspirei e levantei para fechar as janelas. Fui para a sala e peguei meu celular, ainda era onze horas da noite. E pelo visto depois daquele sonho, eu não conseguiria dormir tão cedo. Acessei ao meu aplicativo de mensagens e encontrei várias.

Ainda com a cabeça no sonho fui respondendo ao mecânico que avisava que o gol vermelho da Gabriela estava pronto, um grupo de amigos quue marcava uma pequena festa de reencontro, minha mãe que me perguntava como meu bebê estava, minha prima me dando os parabéns pela novidade e por último meu irmão tocando num assunto delicado: meus sentimentos.

De uma hora pra outra eu queria tanto que aquele sonho fosse realidade, nunca tinha desejado tanto ter uma família daquele jeito como naquele momento. Mas não podia nem arriscar perder o que já tinha por querer ter algo mais.

Eu não fazia ideia do que estava sentindo pela baixinha, nem sei se queria sentir algo mais do que o sentimento de amizade. Mas desde aquele momento no carro do dia anterior eu estava desejando ter ela em meus braços. Aí que ideia era essa?

Suspirei e fui até a conversa dela, ela não tinha entrado há um bom tempo já. Abria foto dela e fiquei olhando, ela sorrindo espontaneamente, com o cabelo para um lado, e os olhos atentos para seu ventre onde tinha sua mão parada. Voltei para a conversa e digite uma mensagem.

Lucas Fraga: "Boa noite, mamãe do meu filho. Queria me desculpar por ontem, prometo que não irá se repetir, eu estava de cabeça quente e sei lá acho que seus hormônios estão me afetando também kkk. Enfim, me desculpa e volta logo, acho que essa chuva vai destruir sua estufa, ela vai precisar de cuidados."

Passei por cima dos meus desejos e sentimentos, Gabriela não parecia querer nada comigo, e eu não ia arriscar ficar longe dela e do meu filho por causa dos meus caprichos. Respirei fundo e enviei a mensagem.

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Continua…

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