• MEU SOGRO • romance Capítulo 51

"Esqueça os piores momentos da sua vida e faça os melhores se tornarem inesquecíveis." — Autor desconhecido

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Ainda assimilando tudo que ouviu fica abismado.

— Você tem um irmão? — Sem entender pergunta.

— Sim. — Tímida confirma.

— Berriere cadê ele? Amor ele pode ser um alvo também. — Preocupado declara o óbvio.

— Na Suíça. Quando ouvi falar do império, sabia que ele estava cuidando de tudo, ele viveu com os lobos Bronck se tem uma coisa que sabe fazer é se defender. — Sorrindo comenta com carinho do seu irmão.

— Como assim Berrie? Vocês se falam?

— Há alguns anos que não nos falamos. — Triste se lembra do motivo pelo qual não procurou seu irmão. — Ele é somente filho da minha mãe, não tem o sobrenome Williams. Mantemos pouco contato, na verdade, quase nenhum.

— Por quê? — Curioso questiona tentando entender.

Já que estão conversando abertamente, resolve falar o real motivo de não manter contato com seu irmão caçula.

— Kamael surtou julgando que ele era um amante, na época eu não tinha acesso a telefone, há uns 2 anos e meio atrás, sempre fui muito reclusa por opção minha mesma.

Tentando entender as confissões senta para ver se essas informações podem se encaixar nessa situação caótica em que estão vivendo.

— Espera, porque não contou ao Kamael que ele era seu irmão? — Investiga vendo sua mente entrar em colapso.

— Eu disse, mas ele não acreditou. — Se abraça lembrando da briga feia que tiveram. — Pois meu irmão não tem meu sobrenome Bronck, só o nome de solteira da minha mãe, Bovederes.

— Puta merda, você tem um irmão cacete. — Exclama apavorado.

— Sim, mas o que tem demais nisso? É meu irmão caçula.

Balançando a cabeça negativamente, constatando a melhor solução para seu principal medo e se levanta.

— Ele pode te proteger até tudo se resolver Berrie, onde o encontramos? Está na Britânia?! Hum! Mudarei a rota e vamos te deixar com ele.

— NÃO! — Grita. — Não colocarei ele nisso.

— Pelo amor de Deus, você tem noção de como está minha cabeça? Você é minha maior preocupação se... e se eu te perder porra! — Nervoso se explica.

— Imagino meu amor, mas não sairei de perto de você. — Se junta a ele de pé e o abraça.

— Não, você nem imagina. Eu não quero te perder, você está me ouvindo? — Cego de desespero não percebeu do que foi chamado. — Não posso perder outro amor, estou há 4 horas nesse voo me culpando por trazer você comigo. Desceremos dessa porra de avião e você terá um alvo nas costas. Sei que você é inocente até demais e acho isso lindo, mas eles não estão para brincadeira e vão te matar.

Tomado pelo pânico se solta dos braços dela e dá um soco na parede assustando-a.

— O que eu fiz? Não devia tê-la trazido comigo. — Andando de um lado para o outro em pânico se culpa. — Eles vão tentar...

Ela o segura e puxa seu rosto para encará-la.

— Calma amor, daremos um jeito. Vem cá Bronck, não fica com raiva de mim. — O abraça mais uma vez.

— Não estou com raiva de você Berrie, só estou desesperado e com muito medo de te perder. Você não sabe, mas me apaixonei por você no segundo em que te vi deitada naquela cama de hospital. — Desabafa. — Não acreditava que poderia ter me rendido tão facilmente a uma mulher que acabara de perder o marido e por ironia era o meu filho. Tentei controlar esse sentimento o máximo que pude até entender que o destino tem maneiras estranhas de nos surpreender.

— Comigo, foi ainda pior Bronck, você acha o quê? Que não gosto de você? Comecei a questionar como aturei todo esse tempo um homem que não me amava, que mal me tocava... como pude aceitar isso... pensa que foi fácil me apaixonar pelo meu sogro? — Irritada grita com ele. — Responde! Acabei de perder o homem que amei e no dia seguinte, acordei com você me abraçando. Foi ali que entendi que nunca fui amada, com um simples abraço, a droga de um abraço abriu meus olhos. Você pensa que gosto de ser a ingênua?

— Eu... — sem graça fica sem saber o que dizer.

— De ver você e a Carmem rindo de mim? Não, eu não gosto, porque é doloroso. — Chorando, conta sua versão da história. — Me sinto um lixo.

— Nunca tive a intenção de magoar você, eu sou um idiota. — Agora percebe como é sensível meu amor.

— Eu sei, mas magoou, estou cansada de ser a fraca, a ingênua... olha pra mim... você me vê como uma criança. Prefere se afastar, me mandar morar com meu irmão do que me dar a oportunidade de evoluir e amadurecer. — Aos berros bota para fora tudo que está sentindo.

— Berrie me perdoa, não me julgue, eu te amo... só... me recuso te perder.

— Te conheço muito bem para saber que não faz por mal, mas ainda assim machuca... você não sabe o que é oral? Não sabe o que é sexo? — Chorando continua... — eu não sei nada, com 31 anos não sei fazer sexo e isso é frustrante... Kamael foi um péssimo marido.

— Berrie... sinto muito. — Sem saber o que fazer tenta se retratar.

— Fui usada e manipulada, acreditando que tudo que vivia era normal e quando comecei finalmente tomar iniciativa, pois, saiba que a empresa estava falida. Pensei... vou trabalhar e ajudar meu marido, ele me protege, tem medo de me perder, mas posso ser útil. — Se sentando conta tudo a ele. — Aí descobri o quê? Que ele só queria meu dinheiro! Essa porra desse dinheiro maldito! Eu sou assim... tenho empatia por tudo e todos, não consigo ver uma pessoa sofrendo sem fazer o possível para ajudá-la Bronck. Essa sou eu, não posso mudar isso, no fundo, deixei ele fazer de mim essa pessoa medíocre e frágil... eu... somente eu sou a culpada desse ser humano frágil que me tornei. — Gargalhando ironiza. — Que merda de uma Williams eu me tornei, minha mãe deve sentir vergonha de mim.

Vendo que está se martirizando Bronck decide dar uma opinião sobre tudo que ouviu.

— Olha pra mim... não quero que mude! Você é perfeita do seu jeito. Só não aceito que seja fraca.

Segurando seu rosto em suas mãos lhe mostra a diferença dele para seu filho.

— Uma coisa é ter empatia e outra bem diferente é ser cega. Não vou te trancar em casa, tenho uma empresa em constante evolução... se for possível vou te empurrar para seu progresso, a vida é feita de fases, as coisas mudam, aprimoram e o ser humano tem obrigação de evoluir!

— Você vai me ajudar? — Tímida interroga.

— Claro! No meio empresarial você é jogada aos lobos e se não for forte vira comida. Você pode escolher... ENTRAR NESSA COMO OVELHA OU CAIR NA MATILHA DE LOBOS MATAR O ALFA E VOLTAR LÍDER DA ALCATEIA. — Sincero deixa a par de tudo.

— Vou conseguir. — Determinada se revela.

— Pessoas se aproveitarão de você, aprenda a separar o joio do trigo. Amo sua inocência, a maneira de pensar que zumbi ou ET existam. O jeito como escreve bocheta, pica-pau. Tudo isso faz parte da sua essência. — Explica seguido de um beijo. — Contudo, se não mudar sofrerá muito... o que Kamael fez, não será nada perto das pessoas que conhecerá, eles serão piores, vão entrar na sua mente e acabar com você. Eu, Carmem, Brian e Andrews somos seus amigos quer ser meiga? Só com a sua família. Saiu de casa tenha a obrigação de ser forte... nem todo mundo é seu amigo.

Assustada pensa em tudo que ouviu, não quer desistir da sua evolução já que tem gostado de estar no controle. Assente para continuar.

— Sou um homem bom, ajudo quem realmente precisa, mas não acredito em tudo que me dizem, meu sexto sentido é meu companheiro e me diz pra confiar cegamente e você deveria ativar essa voz interior, fará bem para você, posso estar maluco, mas tenho certeza que te amo. Morreria por você e não quero te perder! — Se declara. — Se não estou demostrando o suficiente, vou me empenhar mais. Quero que se sinta amada como verdadeiramente eu te amo.

— Você me ama? — Feliz pergunta.

— Claro, você pensa que estou com medo de quê? De perder o seu dinheiro?! Daria todo o meu para te ver bem. Nada disso enche os meus olhos. Eu só quero viver isso aqui. — Balança a mão apontando para ambos. — Quero viver esse amor com você. Agora vem cá.

Se deitam ele a beija com amor.

— Você e o meu neto são tudo que tenho. Faremos o jogo deles, deixaremos que pensem que estão dando as cartas e iremos pegar um por um. Estamos em desvantagem e teremos que ser cautelosos.

— O que você sugere? — Investiga deitando em seu peito.

Juntos bolam um plano e com cuidado ajustam tudo para que nada saia errado.