• MEU SOGRO • romance Capítulo 53

Às vezes é necessário perder o chão para descobrir que é possível voar." — Autor desconhecido.

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Alec entra desesperado.

— Ela veio junto? — Kathe pergunta.

— Você realmente explodirá a casa com ela dentro mesmo sabendo o quanto a amo Kathe? Eu sumo com ela não faça isso comigo. — Suplica aflito.

ー Sim. O dispositivo está no meu celular, assim que eu chegar perto da casa farei isso. Ouvi dizer que entrou e ainda não saiu. — Comenta toda animada.

— Por favor, não faça isso. Serão duas mortes nas suas costas Kathe. Te imploro eu a amo. — Tenta mais uma vez.

— Anda, me leva para o carro no colo, estou muito doente. — Ordena.

— Você é o diabo. — A ofende.

— Diaba. — Gargalhando em seu colo repousa a cabeça toda feliz.

Ele a carrega e a leva para o carro.

— Deixa que abro a porta para ela. — Cavalheiro como sempre faz o que disse.

— Obrigada. — Sibila como quem sente dor.

Ao entrar no carro Cristophe faz o trajeto de volta a casa da Berriere. Durante todo o caminho sentado no banco do passageiro do carro Bronck sente uma agonia em seu peito. Respira fundo louco para ver sua amada, assim que está perto da casa levanta o rosto para olhar o imóvel quando a casa explode. Como estão a duas casas de distância o carro é atingido por estilhaços e o chão treme com a proporção da explosão.

— Berriere... — Balbucia extasiado. — Minha... — sai do carro como se o mundo estivesse em câmera lenta.

Bronck leva questão de milésimos para assimilar o que está acontecendo, mas em seu subconsciente tudo passa em câmera lenta, como se um segundo fosse uma hora caminha em direção a explosão quando outra secundária empurra ele para trás o fazendo cair.

Tomado pela adrenalina se levanta e corre para a casa em chamas. Com o susto Cristophe fica em estado de choque paralisado. Tenta se levantar, mas seu corpo não responde ele quer ajudar seu patrão, contudo, não consegue sair do lugar.

— Morre vadia. — Kathe comemora.

Com medo Kauã se aproxima da mãe.

— Mamãe o que foi isso? — Chorando pergunta.

— Cala sua boca nojento. — Ela o repreende falando em seu ouvido. — Você está fedendo.

— Para! Cadê o papai? Estou com medo, quero meu papai. — Chorando tenta sair do apertão que sua mãe dá em seu pequeno braço.

— Seu pai será o seu vovô. — Puxa ele ainda mais para perto. — Passarei até a cuidar de você nojento. — Depois o solta empurrando para longe.

Kauã começa a chorar...

(...)

— Puta merda. — Bronck xinga baixinho parando o mais próximo que consegue do local em chamas. — Não estou acreditando nisso... perdi a mulher da minha vida pela segunda vez. Não suportarei essa perda, não vou aguentar. — Pega seu celular e disca para Brian.

No segundo toque ele atende.

— Oi! — Sorrindo para Carmem atende.

— Brian eu... — chorando tenta informar o que aconteceu.

— O que aconteceu Bronck? — Fica preocupado já que nunca o viu ou ouviu chorar. — Conversa comigo irmão!

— A casa... — meio aéreo tenta explicar.

— Bronck fale comigo por favor. — Grita com ele preocupado.

— A casa da Berrie explodiu e ela estava dentro. — Finalmente consegue contar o que aconteceu.

— Para de brincadeira mano. — Seu tom de voz acaba o entregando. — Não acredito nisso.

— Perdi tudo que mais amei nessa vida, a Rose, o Kamael e agora Berrie. O que será de mim? — Chorando inconformado questiona.

— Estou indo para Londres. — Abalado tenta falar com seu melhor amigo. — Sinto muito.

— Socorro, eu quero minha Berrie de volta... — confessa entre as lágrimas. — Eu só a quero de volta.

— Estou indo, não faça nenhuma besteira, irmão estou indo te buscar. — Os gritos de Carmem invadem a ligação.

Não vendo outra saída para aliviar sua dor pensa em correr e se jogar no meio da casa em chamas e fazer dela o último lugar em que estivesse com alguém que amou, se levanta e se despede do seu amigo.

— Eu te amo Brian, faça um grande favor para mim... cuida do meu neto. — Decidido joga seu celular longe.

Dar dois passos curtos em direção ao fogo, sem ver por onde anda tropeça em uma pedra e cai.

— Não acredito que estou vivendo isso pela 3.ª vez na vida. Não, eu não posso acreditar nisso, não consigo nem pensar. — Tenta se levantar, mas é impedido por seu neto.

— Vovô! — Pulando em seu colo chora. — Vovô...

— Vai ficar com a sua mãe. — Arrisca o afastar, porém, ele o segura firme no pescoço.

— Não. — A criança pequena e magra segura firme no pescoço.

— Vovô não está bem agora, vai ficar com a sua mãe. — Implora que a criança o solte.

Kauã segura seu rosto e Bronck contempla a imagem do seu filho.

— Eu te amo sabia Kamael... eu te amo muito. — Se agarra a criança.

Sabendo ser seu neto, apenas aproveita nele a oportunidade de dizer o quanto amou seu filho.

— Mentira, ninguém me ama. — A criança admite. — Eu sou nojento.

— Para com isso meu filho, eu te amo. — Com sinceridade confirma.

— Quero meu papai. — Chorando desabafa. — Ele cuidava de mim.

— Eu também queria seu pai aqui. Só assim ela estaria viva. Meu neto, a vida do vovô acabou. — O abraçando desabafa e ali os dois permanecem...

Seattle...

Chorando Carmem está agarrada ao Brian. Estão em casa e Mikael está em pé escorado no sofá observando os dois chorando e caminha até eles.

— Papa. — Fala subindo no coloco dele.

— Não acredito que ela se foi amor. — Chorando abraça os dois. — Meu irmão... preciso ir buscar meu irmão.

— Ela não morreu Brian... tenho certeza! — Se levanta. — Ela está bem... — grita assustando o Mikael.

— Sinto muito, mas o Bronck viu tudo querida.

— Cala sua boca, minha amiga não iria me deixar sem dizer o quanto é importante para mim. Não! Para por favor. — Carmem grita não se conformando com a perda e seus gritos chamaram a atenção do Andrews.

— O que aconteceu? — Assustado pega Mikael do colo de Brian.

— Nada... ela está bem. Está viva, para com isso amor. Como pode?! — Andrews liga as pontas, mas precisa ter certeza.

— Calma, conta o que aconteceu? — Com uma voz séria exige explicações.

— A casa da Berrie explodiu com ela dentro. — Ouvir isso o faz respirar fundo.

— Não! — Afirma usando a razão e sai da sala com o Mikael no colo.

— Viu... ele disse que não Brian. Como pode? — Tentando acreditar no que diz e concordar com Andrews.

— O Bronck viu tudo Carmem. — Mais uma vez Brian relata.

Enquanto isso Andrews volta com um telefone no ouvido.

— Olá meu bem, onde você está? — Indaga para a pessoa do outro lado da linha.

— No hangar, vim de Uber, deixei uma mensagem avisando ao Bronck para vim direto para cá. — Berriere conta tranquilamente.

— Entre no jatinho meu amor, por favor. — Andrews pede sem a deixar preocupada.

— Estou aqui dentro deitada, tentando ligar para o Bronck e nada. Só escuto a mensagem que o celular está desligado. — Relata toda inocente.

Brian e Carmem estão nervosos próximo a ele aguardando por informações.

— Já falo com ele, fica aí. — Se despede e desliga. — Ela está no hangar. O número do motorista do Bronck alguém tem?

— Eu. — Carmem responde pegando o número. — Aqui.

— Me dá... — Liga para o homem que leva um século para atender. — Alô! Cristophe?

— Alô! — Atente com uma voz estranha.

— Passa o telefone para o Bronck por favor. — Pede educadamente.

— Ele está passando por... — tenta descrever, mas Andrews o interrompe.

— Agora! — Exige.

— Ok...

Em Londres...

Saindo do carro caminha até o local onde Bronck está devastado e chorando muito.

— O que é Cristophe?! — Sem forças contesta.

— Sinto muito... é que tem uma pessoa exigindo falar com o senhor, toma. — Arrisca lhe entregar o telefone.

— Não quero atender ninguém! — Chorando desabafa.

— É de Seattle. — Estimula mais uma vez.

Pensando ser seu irmão resolve atender.

— Oi! Brian... — desmotivado suspira.

— Berriere está no hangar e não sabe o que aconteceu. Mantenha a calma e sem alarde de ninguém... só vá de encontro a ela ok? Saia de Londres agora e deixa que eu mesmo avisarei a embaixada do ocorrido e abrirei uma investigação sigilosa. — Explica tranquilamente dando 100% de confiança do que diz.

— Ela está viva?! — Sussurra feliz com Kauã cochilando em seu colo.

— Sim, saia imediatamente daí, não sabemos se você também é um alvo. — Furioso desliga.

Levanta se tremendo todo, não sabe como ainda está viva, mas nesse momento era para estar morto só pelo susto que levou.

— Como fizeram isso comigo? — Suspira. — Vem meu neto, vamos para casa.

Louco para ter certeza que está viva, entrega a criança para Cristophe.

— Deixa que eu dirijo. — Avisa entrando no banco do motorista.

Olha para Katharine que está com uma cara bem animada para quem presenciou uma explosão. Colocando o menino no banco de trás Cristophe se junta a ele no banco do passageiro. Liga o carro e sai feito um louco dirigindo a toda velocidade, indo em direção ao hangar.

— O que aconteceu?! — Pergunta preocupada já que percebeu que não está respeitando nenhum sinal.

— Vovô... estou com medo! — Kauã revela chorando.

— Fica com sua mãe.

— Quero você, ela não me ama. — Chorando afirma.

— Já estamos chegando. — Responde entrando no hangar.

Procura e não a encontra deduz que está no jatinho, assim que para o carro dá uma ordem a Cristophe.

— Pegue-a e a coloque no avião porque não consegue andar. — Informa com base no que viu.

— Ela anda sim, vovô. — Kauã confirma desmentindo o avô.

— Às vezes e com muita dificuldade. — Alega tentando amenizar a situação.

— Ment... — nervoso sai do carro sem dar muita atenção para a conversa de seu neto, carregando-o no colo que gargalha e corre para dentro do jatinho.

Ao entrar no mesmo vai direto para o quarto e consegue respirar assim que a encontra deitada cochilando.

— Puta que pariu é verdade. — Suspira pegando em seu pé e a puxado para a ponta.

— O que foi? — Assustada grita.

— Vamos embora daqui! — Anuncia a enchendo de beijos. — Eu te amo!

Assim que se recupera do susto vai com ele para a cabine principal e dá de cara com Katharine, que a encara sem entender o porquê está com uma cara nada boa.

— Vovô, vamos passear? — Interroga todo animado.

— Vamos sim! — Responde o colocando na cadeira.

— Oi, meu lindo. — Berriere fala brincando com Kauã.

Bronck a beija nos lábios mais uma vez.

— Ela é a vovó? — Sorrindo pergunta.

— Sim. É o amor da vida do vovô igual a você. — Aliviado declara todo feliz para seu neto.

— Você me ama também? — Olhando encantado para Berriere questiona.

Kathe está revirando os olhos de raiva.

— Claro que te amo, você é lindo sabia?! — Ele se solta e pula no colo dela.

— Então, eu também te amo. — Confessa sorrindo.

Todos se sentam e colocam o sinto. Bronck repara na cara da mãe do seu neto e resolve investigar o porquê do mau-humor.

— Você está bem? — Sonda para entender sua feição.

— Dores fortes. — Kauã escuta e faz cara de choro.

— O que foi meu neto?

— Quero o papai. — Declara.

— Já te disse que seu pai foi para o céu. — Estressada Kathe o repreende.

— A gente vai ver ele né? Estamos indo para o céu. — Inocente pergunta.

Calma... Berriere o explica contendo as lágrimas enquanto o jatinho ganha velocidade na pista.

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