• MEU SOGRO • romance Capítulo 54

"Seja o piloto de suas histórias e voe o mais alto que conseguir."

— Autor desconhecido

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Durante um bom tempo o voo é silencioso, Bronck está agradecendo a Deus por sua amada estar viva e fica sorrindo quando admira seu neto dormindo. Se solta e pega o menino no colo e vai para o quarto de modo a dar-lhes um momento a sós.

— Oi, você pode me ajudar por favor? — Sussurrando faz a vítima para Berriere.

— Estou cansada, mal me aguento tive uma noite bem agitada. — Sorrindo se nega fazer qualquer coisa para ela. — Sinto muito não vou poder.

— Preciso de ajuda. Terei que gritar meu sogro para você vir me ajudar? — Rude a ameaça.

— Pode gritar, fica à-vontade ele não é meu pai. — Se solta, chega para frente e fala baixo. — Aqui entre nós... pode até querer me dar umas palmadas... porém, não são de disciplina. — Se recosta sorrindo. — Ele é desse jeito!

— Não sou sua inimiga Berrinda. — Chama seu nome errado de propósito.

— Me dando apelidos? Ai que legal, vou te chamar de Katchora. — Declara sorrindo.

— Olha aqui sua... — grita com ela.

— Estou olhando. — Para provocar ainda mais cruza os braços fazendo-a ranger os dentes e fica calada.

Depois de um longo tempo Berriere se levanta e pega uma garrafa de água. Com sede Katharine fica olhando pensando em pedir um pouco enquanto a observa beber a água e voltar para seu lugar.

— Poderia me dar um pouco, por favor. — Calma pergunta.

Após beber a água quase toda lhe entrega a garrafa com um restinho.

— É sério isso? O resto! — Alterada reclama.

— Você não pediu quando eu estava em pé, estou com uma dor aqui. — Informa pressionando a lombar. — Não sabia que podia praticar certas posições... hum! De yoga é claro. — Bem sarcástica se explica.

— Podemos ser amigas, posso te ajudar a se vestir não precisa dessa rivalidade. — Sorrindo rebate.

— Não entendi. — Berriere exclama.

— Você tem um jeito estranho de se vestir. — Zombando aponta para suas roupas.

— Você acha essa roupa estranha? Elas custam mais caro do que essa que está em seu corpo. — Rebate com tranquilidade. — Já que estamos em terapia de grupo direi o que penso sobre você. — Debochada solta seus longos cabelos hidratados. — Também posso te ajudar com uma coisa...

— Duvido muito... olha para mim, de longe mal vista sou melhor que você. — Perdendo a linha rebate ríspida.

— Só um corpo, enfim, Katchora... não é sobre isso. Você é barulhenta demais. — Ataca com a verdade.

— Não entendi! — Doida para bater nela interroga.

— Você parece aquelas cadelas de rua, que vai para o canil e fica latindo para chamar atenção... para conseguir ser adotada. — Com um sorriso de boca fechada debocha.

— Hã? — Não acredita na audácia dela.

— Você é desse tipo de cadela barulhenta. — Enfatiza.

— Realmente gosto de estar no centro das atenções. — Afirma.

— Percebi. Faz showzinho de graça para pouco público. — Retruca cruzando as pernas.

— Já você é o tipo sonsa e calada né?

— Já ouviu aquele ditado antigo?!

Pessoas que não fazem barulho são perigosas. — Menciona sorrindo. — Toda pessoa que tem a psicopatia é visivelmente calma, gostam de escolher bem suas vítimas e geralmente quando as matam tem sempre um sorriso no rosto... hum! Esse não é o meu caso. — Olhando para as janelas finaliza. — Eu sou somente sonsa.

— Você não me mete medo, não seja ridícula. — Declara a enfrentando.

— Não preciso disso Katchora, fruta podre cai sozinha. — Deixa claro que não abaixará a cabeça e sorrir para ela.

Fecha seus olhos para não esboçar sua felicidade por colocá-la em seu lugar... está cochilando quando escuta a porta do quarto abrindo.

— Kauã dormiu. — Comenta se juntando a ela.

— Seu filho é lindo Katchora. — Berriere fala sorrindo.

— Que isso? — Sem entender Bronck questiona.

— Apelido né amiga? — Cínica pergunta.

— É sim. — Sussurra como se estivesse passando mal.

— O que houve com sua voz? Estava falando bem ainda agora. — Animada com a mentira investiga.

A fim de acabar com as provações Bronck a beija, como quem implora para que cale a boca. Esse gesto deixa Katharine de boca aberta, pois foi um beijo longo.

— Vou me deitar com aquele anjinho, estou cansada. — Berriere diz se levantando.

— Vai sim, amor. — Lhe dá um selinho e segue para o quarto fechando a porta atrás dela.

"Entro no quarto observo a miniatura do Kamael dormindo, que menino lindo! Ele é branquinho, tem os cabelos lisos como os do pai e avô, olhos verdes, também tem covinhas como o Bronck. Percebe seus pés pretos e fica chocada como a mãe está limpa e o menino todo sujo."

O endireita na cama se juntando a ele mesmo com um cheiro enjoado de suor, o puxa para perto envolvendo com seu braço e ali pega no sono.

(...)

Na cabine central Bronck resolve conversar com a mãe de seu neto.

— Que loucura! — Provoca olhando para ela.

— Hum! O quê? — Com a voz baixa pergunta.

— A explosão. — Parece que foi proposital.

— Nem me fala...

Seu motorista sai da cabine do piloto e se aproxima deles.

— Sr. Bronck posso me juntar a vocês? — Cristophe sonda.

— Claro! Sente-se meu amigo. — Aponta para a cadeira ao seu lado.

— Obrigado.

Senta e seguem conversando. Bronck pega em sua bolsa o contrato que Bartra lhe deu e chega conclusão que vale muito a pena.

"Promoverei um encontro em Seattle. Mandarei meu jatinho buscá-lo... não saio da cidade tão cedo."

— Seattle é um lugar bom? — Katharine sonda.

"Que ódio dessa mentirosa, sei que é de Seattle. Entraremos no jogo deles."

— É sim, você ficará em minha casa até a da piscina ficar pronta para vocês. Tenho que arrumar um bom médico para cuidar de você. A propósito, como nunca desconfiou do Kamael? Sinto muito por ser enganada. — Confessa para observar o que dirá.

— Preciso me recuperar, tomar as rédeas da minha vida. Kamael era muito possessivo. — Chorando desabafa.

Comovido se senta ao seu lado. Toma um susto quando o abraça.

"Que mulher maluca!"

— Calma, sei que é difícil, mas vai ficar tudo bem sinto falta dele também. — Afirma.

Se afastando alisa seu rosto o pegando desprevenido.

— Vocês são muito parecidos. — Enfatiza próxima demais.

— Era meu filho... — rebate se afastando. — Minha cópia, mas na versão jumbo.

— Verdade vocês são idênticos.

— Ok. Me solta, por favor. — Pede já que está quase beijando seus lábios.

— Desculpa. — Fala com sua voz normal.

Sai de perto dela e volta para seu lugar se dando conta que a mesma esqueceu totalmente da persona de doente.

"Isso será divertido e meu netinho tem a boca solta, tenho que vigiar o que falo perto dele."

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