"Sentir demais é uma dádiva, não uma maldição."
— Autor desconhecido
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05:00...
Berriere acorda com o chorinho baixo do Kauã, fica observando para ver se voltará a dormir, mas não o faz e o quarto está começando a clarear. Ele cobre a cabeça e se encolhe todo.
— O que foi meu anjinho, está com medo? — Puxando-o com dificuldade para seus braços o acalenta. — Fala comigo.
Kauã fica em silêncio por um bom tempo só chorando e Berriere liga a luz do abajur.
— Conversa comigo meu amor. — Tenta mais uma vez.
— Sonhei com o papai. — Escutar isso a deixou triste.
— Oh meu amor, sinto muito. — Se senta para o colocar em seu colo.
Ele fica desesperado com medo.
— Não me bota para dormir no chão por favor, eu não gosto. — Chorando implora. — É muito frio.
Sem entender tenta acalmá-lo e o puxa, mas a empurra.
— Kauã para. — Pede firme. — Como assim no chão meu amor?
Piscando os olhinhos vermelhos, senta na cama com sua carinha triste.
— Quando acordo assim... chorando com saudades do papai... — sua voz sai baixinha e chorosa quase não escutou. — A mamãe me coloca para dormir no chão.
Ouvir aquilo a deixou tão furiosa que Berriere dá um tapa ardido no Bronck para acordá-lo.
— Bronck! — Assustado cai da cama. — Acorda!
— Meu Deus! Terremoto, ataque zumbi... — arregalando os olhos a encara. — Oi? O que foi amor?
— Acorda! — Com uma voz raivosa ordena.
— Estou aqui. — Ainda sem entender o que o atingiu se senta na beira da cama.
— Vovô. — A voz chorosa dele chama sua atenção.
— Oi, o que aconteceu? — Se deitando com cuidado o coloca deitado com ele. — O que foi meu neto?
Com medo de contar Kauã o abraça e fica quieto.
— Vou lá embaixo beber um pouco de água e pegar um pouco para o Kauã, fica aqui por favor. — Decidida questionar a Katharine se levanta.
— Tudo bem, eu estou aqui. — Se acomoda com ele para voltar a dormir. — Vem, vamos dormir ainda está cedo.
— Me balança no bumbum, meu papai fazia isso até eu dormir. — Pede sonolento.
— Claro. — Feliz por saber que Kamael era um bom pai balança seu neto.
(...)
Na cozinha Berriere bebe um pouco de água.
— Como ela trata uma criança assim! — Suspira indignada.
Olha para o canto avista uma vassoura e decidida fazer algo, coloca um caneco para encher de água fria direto da bica.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: • MEU SOGRO •
Ótima história. Amor, paixão, aventura, suspense e superação. Parabéns à autora....
Muito bom a história parabéns !! AMEI...