• MEU SOGRO • romance Capítulo 57

"Julgar uma pessoa não define quem ela é, define quem você é!"

— Autor desconhecido

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Pensando na surra que deu na Katharine fica preocupada se a machucou, pois, bateu com força.

— Hum! Ela está bem? — Pergunta e não se arrepende, já que teve fortes motivos para agredi-la daquela forma. — Por via das dúvidas deixei a vassoura ungida lá na porta, vai que preciso usá-la novamente!

Curioso pergunta o real motivo das vassouradas abençoadas.

— Agora me conta a verdade amor, o que realmente aconteceu para você tomar essa atitude? — Alisando suas costas a olha.

Lembrando do jeito que ficou com medo de ir para o chão e como tentou se defender a fez chorar.

— Ele me disse que o colocava para dormir no chão Bronck. No chão, você acredita?! — Chorando revela. — Acordou chorando por sonhar com o pai, perguntei o porquê do chorinho, mas não queria me contar com medo que o colocasse para dormir no chão. Isso leva a crer ser algo recorrente e o menino estava com muito medo quando fiz carinho até me empurrou.

— Agora ele está conosco amor, você está alterada demais, sei que quer protegê-lo é só uma criança, mas temos que manter o plano, você sabe que suas atitudes podem te colocar em perigo e não quero te perder... juntos vamos resolver tudo sem sair do plano.

Confessa já que percebeu desde que a conheceu que estão se ajudando descaradamente e teme que descubram que sabem do plano e não é isso que ele quer.

— Tudo bem vou me controlar, mas se judiar dele novamente bato nela novamente. — Protetora deixa claro que não vão passar pano nas maldades com o menino.

— Estou tão feliz de você estar viva. — Se levanta e a puxa para lhe abraçar.

— Claro que estou, não será umas vassouradas que vai me matar querido. — Sorrir sem saber do ocorrido.

"Não tive coragem de revelar para ela sobre a explosão. Conto mais tarde."

— Eu te amo mulher da vassoura ungida. — Admite seguido de um beijo apaixonado.

— Eu também te amo homem do pica-pau.

Ambos começam a sorrir, o beijando volta para cama abraça o Kauã e tenta dormir. Como não consegue, fica abraçado a eles e a cena da casa explodindo não sai da sua cabeça. Sabe que ela está bem, mas não contar que a casa explodiu e foi armação, isso o preocupava. Às 08:00 se levanta vai até a Kathe e a porta está trancada.

— Katharine. — Chama.

— Já vou. — Responde com uma voz sonolenta.

Assim que abre a porta percebe que está de calcinha e sutiã e fica extremamente envergonhado.

— Desculpa volto outra hora.

— Pode entrar, o demônio me deixou dolorida. — Debochando professa.

— Preciso que coloque uma roupa e venha até a sala, necessito conversar com você. — Exige sério deixando claro que não gostou da atitude dela.

— Ok, já vou, me dá um segundo.

Vai até à cozinha e prepara duas xícaras de café e retorna para a sala, encontra ela sentada olhando suas pernas que estão começando ficar roxas.

— Vamos conversar um pouco.

Ela assente e aceita a xícara, por um longo tempo ficam em silêncio só bebendo o café.

— Obrigada pelo café. — Agradece com uma voz baixa.

— Por nada. — Decidido obter mais informações a questiona. — Me conta um pouco sobre você.

— Eu era uma mulher elegante, não esse lixo que sou hoje, minha vida era boa e rica. — Desanimada sorrir.

— Você não é lixo Katharine. — A repreende.

— Não sei como criar meu filho, me tornei uma mulher amarga, sem paciência, sem vida. — Você pode até não acreditar... o amava muito Bronck, mas ele também a amava. — Menciona fazendo gesto para o andar de cima se referindo a Berriere. — Teve dias dele não ir nos ver, eu já tinha o Kauã e isso me deixou triste. Chorando pensa que falou demais e fica calada.

— Sinto muito. — Bronck sibila sincero.

— Ele me enganou, jurou amor, falou que sairia de casa e não saía, um dia simplesmente falou que ia pegar meu filho e contaria tudo para ela e tentaria salvar seu casamento. — Com raiva desabafa. — Quando engravidei me largou ainda mais e tudo era o Kauã. — Pronuncia o nome do próprio filho com raiva. Me tornei ciumenta. Kamael era o homem da minha vida, meu homem, era meu amor.

— Ciúmes do próprio filho? — Balbucia, infelizmente chega ao ouvido dela.

Furiosa por ver que mais uma vez Berriere tem tudo que deseja, resolve ferir o ego do seu sogro.

— Sabe o que comentava diariamente Bronck? — Curioso a encara.

— Não, até ontem nem sabia da existência de vocês. — Sincero admite.

— Serei um pai melhor que o meu. Vou te seguir onde você for, irei a todos os seus jogos. Ele te odiava.

"Se queria acabar com meu dia, conseguiu."

Puxa pela memória e constata que realmente não esteve presente em alguns jogos, mas sabe que nunca foi um pai ruim, ou era o que acreditava.

— Sempre afirmava, eu nunca vou falhar como pai. — Com um sorriso contava admirando sua cara mudar.

Ele se levanta e sai da sala, volta para o seu quarto, entra no banheiro apressado para ter sua privacidade e chorar sozinho.

— Que merda de pai eu fui para meu filho... — sozinho chora em silêncio.

Está de cabeça baixa quando ainda sonolento Kauã entra no banheiro.

— Vovô. — Sua voz baixa o faz levantar a cabeça.

— Oi! Enxugando as lágrimas responde.

— Tá tudo bem? — Coçando os olhos se aproxima.

— Vem cá com o vovô. — O puxa para um abraço.

— Eu te amo sabia. — Abraçado a ele volta a chorar.

— Quero te contar um segredo. — Animado Kauã dialoga.

— Conta pro vovô, prometo que vou guardá-lo com a minha vida.

— Papai disse que você era o máximo, que não foi um pai presente, mas deu tudo para ele. Que foi egoísta de brigar com você, a mamãe dizia que ele se tornou um fraco depois de casar com a puta de merda. — Conta tudo que ouvia frequentemente dos lábios do pai.

— Você não pode xingar Kauã, é feio. — O repreende.

— Eu não xinguei, foi o papai, toda noite ele falava isso... não fui eu vovô... hum! Er... eu te contei um segredo e você não pode repetir pra ninguém tá bom. — Sussurra o fazendo rir.

O abraça forte e se levanta, Kauã sai correndo de volta para o quarto seguido de um grito.

— Acorda. — Grita pulando em cima dela.

— Oi!

— Estou com fome. — Abraçando declara.

— Eu faço seu café, deixa só escovar meus dentes. — Se levanta e vai para o banheiro.

— Dê uma fruta, hoje vamos à casa do seu tio-avô. — Explica a ele.

— Eba! Vou passear de novo. — Animado pula na cama.

— E a Katchora? — Do banheiro pergunta.

— Vou deixá-la em casa, vamos só nos três.

Após um banho que foi uma luta para dar no menino, porque não queria de jeito nenhum. Os três se arrumam para ir para a casa do Brian.

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